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Aterrou um avião em Beja e isso foi notícia o que diz bem do elefante branco pago com dinheiros públicos que é o aeroporto alentejano.
Porém, algumas pessoas viram, e bem, aqui uma oportunidade e finalmente começar a rentabilizar a estrutura.
Porque não investir a sério no Alentejo e fazer desse aeroporto uma alternativa ao de Lisboa, evitando gastar-se rios de dinheiro num novo no Montijo.
Vejamos, Beja fica a apenas 150 km de Lisboa.
Stanted fica a 1 hora de Londres e Beauvais fica a 1h 23m.
Qual é o escândalo?
Porque não apostar nos acessos feroviários entre Beja e Lisboa, encurtando a distância de viagem e descentralizar, resolvendo o problema. Porque não pensar o país como um todo e ter uma estratégia?
Isto porque descentralizar não tem de ser só do Tejo para cima. O Alentejo ia ganhar com isso, a Portela ia ganhar, os nossos cofres públicos iam ganhar. Só a elite burguesa lisboeta é que parece não gostar
Este sábado fui ao Porto de comboio (foto acima que tirei na estação s. bento).
Começou logo mal, como não tinha moedas para o bilhete, optei por pagar pelo Multibanco. Porém essa opção só dava "fora de serviço" depois de colocar o cartão. Tive de ir ao outro lado da linha, comprar noutra máquina que estranhamente não me deu o recibo (já não pude pedir fatura com contribuinte). Enfim ...
Durante a viagem, o revisor pede o bilhete a uma senhora.
De forma um pouco mal educada, mas sem insultuosa, a senhora começa a reclamar dos atrasos, apesar daquele comboio estar a horas. Dizia, e com razão, que se paga 40 e tal Euros de passe, tem de haver qualidade do serviço.
O revisor já um pouco irritado diz: "a senhora não é obrigada a vir. se não gosta, não ande comboio".
Perdeu a razão toda. Se até aqui, estava a ouvir uma reclamação sem ter culpa, borrou a pintura.
Se o utente paga tem direito à contraprestação.
Se existem horários é para serem cumpridos.
Todos nós subsidiamos o défice da CP (e os juros dos swaps) através de sucessivas injeções de capital público na Empresa.
O serviço tem de ter qualidade (não é "deve").
Há coisas que num contexto de amigos podem ser ditas, num contexto profissional não!
A CP deveria rever o seu serviço, mas também os disparates que os seus revisores respondem às queixas legitimas dos utentes.
PS: Sobre os acidentes nas cascatas do Gerês, estes são previsiveis porque as áreas são muito acidentadas, em particular a Cascata do Tahiti. Os alertas estão lá escritos, ao longe percebe-se bem os riscos. Porque é que as pessoas arriscam? Desrespeitam-se as regras do bom senso e os acidentes acontecem!!!
No domingo, fui com o grupo onde tenho ido à Serra da Freita às Sete Lagoas no Gerês.
A partida foi em Xertelo, que já pertence a Montalegre e é necessário andar pelo monte cerca de 7 km a pé.
É o último ponto de estrada em alcatrão para lá chegar. É possível também ir de carro até às lagoas, mas é muito inclinado e em terra batida, pelo que só quem tem cilindrada ou pouco amor à viatura pode levar.
O caminho pelo trilho é acessível, sem grandes riscos ou partes estreitas. Há poucas sombras, mas fomos de manhã.
Chegados às Lagoas, verificamos que tem uma hídrica da EDP que mede a quantidade de água que desce e a vista é muito bonita.
Aproveitamos para mergulhar. As lagoas parecem ser fundas e a água é muito fria :)
Depois de almoço, subimos o leito do rio e descobrimos uma nova lagoa mais acima, onde a água estava mais quente, mas também é mais escorregadia (porque é menos humanizada).
No regresso, o organizador do grupo resolveu "inovar" e fomos pelos trilhos do lado oposto do vale por onde descemos e foi um belo exercício de pernas, pois subimos e descemos as montanhas três vezes, com direito a conhecer um belo desfiladeiro mais à frente.
A nossa amiga Maria Araújo descreve muito bem e tem fotos muito bonitas, pois também já lá esteve.
Deixo as minhas fotos:
Cabril
Aldeia pelo caminho. A água do rio é espelhada. Límpida, linda, linda.
Xertelo
Lagoa mais acima
Desfiladeiro a que chegamos pelos trilhos
A história passou ao lado dos media portugueses (ao contrário do salvamento da Tailândia, com direito a enviados especiais - dá mais audiência).
Josephine é uma mulher camaronesa, refugiada proveninete da Líbia, que conseguiu o salvamento por parte das autoridades espanholas.
O rosto desta mulher diz tudo e faz-nos sentir pequeninos. Pequenos pela ignorância e desprezo com que abordamos o drama dos refugiados e cemitério que se tornou o Mar Mediterrâneo.
Trata-se de uma mulher que sobreviveu a um naufrágio e ficou dois dias abraçada a um pedaço de madeira, ao lado dos corpos de uma mulher e de uma criança. O caso ganhou maior visibilidade por ter sido salva por um basquetebolista popular.
É apenas mais um e aí é que está o problema!
Hoje quando abri as notícias paralisei ao ver o cenário de terror na Grécia. À memória vieram as imagens de Pedrogão Grande e dos incêndios de Outubro. Da fria Europa do norte chegam relatos anómalos do calor.
Muita coisa para refletir: as alterações climáticas, a inércia dos governantes mundiais perante as ondas de calor e de frio cada vez mais frequentes extremas e que afinal não é só por cá que há inoperância e impunidade sobre a mão criminosa nos incêndios.
A boa notícia chegou da Nigéria: a mutilação genital foi finalmente (e formalmente) proibida pelo Governo.
Uma lei não muda mentalidades nem crenças divinas num continente onde é prática este ato terrorista à Mulher, mas ajuda. Segundo as "estatísticas" 25% das mulheres foram vítimas.
Agora, espera-se que a legislação seja cumprida e dê mais legitimidade às denúncias e abolição desta prática.
Há duas semanas, no domingo, fui com o Grupo dos meus amigos a Drave - a aldeia mágica - Serra da Freita.
Trata-se de uma aldeia desabitada na Serra da Freita, apenas acessível a pé, mas que ainda mantém algumas casas que têm resistido ao tempo e tem a particularidade de serem todas em Xisto.
Mas atenção que apesar de desabitada, não estava abandonada. Vários grupos de escuteiros cuidam da aldeia e domingo andavam vários.
Desde o último ponto de estrada (aldeia de Regoufe) ainda são 8 km a pé pelo trilho, com poucas sombras, mas com segurança.
Lá chegados, existem várias mini cascatas e piscinas naturais onde ainda mergulhei e água é tão límpida que dá vontade de ficar a desfrutar. É uma alternativa zen e saudável para um domingo bem passado e sem pressas.
Reparei que não eramos o único grupo que lá estava. Apesar de ser inacessível, andava lá até bastantes pessoas.
Drave:
Aldeia de Regoufe
Caminho para Drave
Podemos discordar do modelo de negócio e da concorrência da Uber, mas isso não dá o direito de serem selvagens e começar a agredir os seus motoristas.
São pessoas que têm a sua profissão, remuneradas por isso, e não faz sentido serem perseguidos, quais criminosos, por taxistas. Estas atitudes anarquistas, violentas e descabidas têm de ser punidas, a bem da segurança de todos.
Não tenho nada contra os taxis e também podia falar das aldrabices que fazem a turistas e estrangeiros menos atentos nos aeroportos ...
Será que se fossem jogadores de futebol, já se chamaria de terrorismo?
Estes dois pesos e duas medidas da sociedade e imprensa portuguesa não estão corretos.
P.S.: Já em Set/16 e Out/16 já tinha falado sobre este assunto, mas a decência humana não melhora.
No meu último post antes da ausência, perguntei por receitas de peixe simples para fazer em casa ou levar na marmita.
Uma colega de trabalho sugeriu-me uma e foi a que fiz. Fui bem sucedido.
Fiz medalhões de pescada estufados/cozidos em estrujido com azeite e cenoura com delicias do mar. A acompanhar fiz arroz de ervilhas.
Tenho agora que experimentar o salmão que vocês sugeriram.
Sobre o salvamento da Tailândia, fiquei naturalmente feliz pelo êxito da operação.
Porém, vejo com estranheza o excesso de mediatismo com que se olha para a Tailândia (a TVI até enviou a sua diretora adjunta para fazer a reportagem e esta ainda se veio queixar/contar/seja lá o que quiser chamar, que, coitada, teve de dormir no chão).
Isto tendo em conta que há refugiados que todos os dias morrem nas águas do Mediterrâneo, alimentados por um sonho e ilusão europeia ou guerra civil da Nicarágua que fez 351 mortos ou a guerra na Síria. Ou seja, são mais vidas em causa, mas com muito menos atenção.
P.S.: Na Eritreia e Etiópia chegou ao fim o conflito entre os dois países. Esta boa notícia para o Mundo e para a Humanidade não abriu noticiário.
Há coisas que não nos deixam indiferentes e uma delas foi o facto de ser tornado público esta semana um idoso abandonado pela família nas urgências de um hospital público.
Não é de certeza absoluta caso único.
Este foi notícia, mas quantos mais haverá nesta situação?
Este é um problema social e que nos deixa refletir. Não sei se a família tem tempo e condições para o acolher e tratar dele, mas poderá haver pior sentimento do que nos sentirmos um empecilho que ninguém quer?
Secalhar a mesma família, mal a pessoa morra, salta logo para a herança.
Mas há o reverso da medalha: quantos idosos estão em casa dos filhos e são explorados financeiramente (usurpam-lhes a reforma) e quantos são mal tratados e espancados pelas famílias estúpidas e intolerantes. Não são denunciadas, mas existem. Por isso, no "deve e haver" nem sei o que será pior...
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