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A iniciativa era muito apelativa. Os franceses iriam sair para a rua vestidos com um colete amarelo protestar contra os impostos no combustível decretados pelo governo francês.
Uma manifestação pacífica que contou com a adesão e simpatia de muitos automobilistas. Chamou-me logo a atenção não ter havido confrontos dado o país em questão na primeira vez.
Esta semana, vimos que foi uma exceção e um grande sinal de alarme.
Uma causa meritória de pessoas bem intencionadas e livres, mas que viram as suas intenções defraudadas por anarquistas e verdadeiros hooligans que apenas tiveram intenção de armar confusão, pondo em cheque o motivo e demonstrando o barril de pólvora que é a sociedade parisiense.
Desde quando incendiar carros é uma forma de manifestação?
Desde quando pilhar lojas é uma forma de manifestação?
Desde quando apropriar-se de uma causa de insatisfação serve para semear o pânico?
As atitudes anarquistas e medonhas que vimos em Paris funciona como uma espécie de alerta terrorista e onde os manifestantes não se revêm. As pessoas podem discordar, mas isso não valida o que vimos nas TV's.
Por cá, vi uma foto partilhada do Facebook que comparava os preços de uma gasolineira em França com uma portuguesa, mas não esclarecia:
- qual a data da fotografia nem em Portugal nem em França;
- se a bomba francesa é low cost ou é da média;
Além disso a marca portuguesa escolhida foi a BP - uma insígnia caríssima em Portugal. Vi muita gente revoltada nas redes sociais pela pacatez do povo portugês em aceitar tudo dos seus governantes, mas não a questionar a comparabilidade dos preços.
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