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Esta cena passou-se domingo no Lidl.
Do nada, oiço bem alto:
- Oh filha da puta, ou paras de andar atrás de mim, ou chamo o meu marido para te foder os cornos.
Olho e vejo o segurança, três mulheres de etnia cigana de saias e já dois colabodores de reposição no mesmo corredor.
O segurança tranquilo e sorridente, responde
- Estou a fazer a ronda normal.
- Estás o caralho.
Fez-se o silêncio tenso e as mulheres saíram sem compras e o alarme não tocou.
Como não quero ser acusado de nada, deixo para vocês os comentários.
Num passatempo, ganhei há umas semanas um mês grátis numa grande cadeia nacional de ginásios, o Fitness Hut.
Quando estava a ir para o ginásio e com base em experiências anteriores as minhas expetativas eram as de que os ginásios das grandes cadeias têm muita oferta de máquinas, salas e equipamentos, mas pecam na personalização do atendimento tratando as pessoas como número.
Vamos lá sucintamente relatar a minha experiência.
Pontos positivos:
- Diversidade de equipamentos
A grande mais valia das grandes cadeias é o nº de passadeiras, máquinas, pesos, cross fit corners e espaço para treino. Uma grande área à escolha.
- Abdominais hora-a-hora
Ora aí está uma boa política da cadeia. A todas as horas certas, 10 minutinhos de exercício dados pelo monitor de serviço.
- Balneários espaçosos com todas as valências.
- Marcação de aulas por app
É bom porque assim quem chega atrasado pode ir e tem lugar se marcar antecipadamente, mas quem marca e depois não vai está a tirar o lugar a outros.
- Virtual Class
Nunca tinha experimentado. Põem um vídeo numa versão americana e o pessoal segue os exercícios. Pessoalmente prefiro aulas presenciais.
Pontos negativos:
- Não há receção.
Quando lá cheguei no primeiro dia, não havia ninguém à porta. Havia uns torniquetes para inserir o código que recebi no email até que apareceu um segurança para me tirar uma foto e dar detalhes mínimos.
- Não há nr. de telefone
A data que indiquei de início na resposta ao passatempo foi anterior ao envio do código pelo que precisava de saber qual o ultimo dia de acesso. Quis ligar a perguntar, não há número (claro ... se não tem rececionista). Mandei um email ninguém respondeu. Por fim, lá consegui falar com uma pessoa.
- Não há qualquer personalização de tratamento
Com base em duas ou três métricas de entrada que o monitor de serviço me perguntou no 1º dia, enviaram-me o plano de treinos definido pelo programa deles por email. Não é possível imprimir lá. Como não quero estar com o telemóvel, tive que o imprimir em casa. Lá ninguém deu por mim nas horas que lá estive nem nas aulas a que fui era uma migalha.
Com tanta despersoanlização, ninguém vendeu PT nem houve avaliação física.
Moral da história: fui experimentar, mas prefiro o meu que é mais familiar, mais pequenino a um preço razoável. Pode não ter tanta máquina, mas ao menos sinto-me mais acolhido. A parte de não haver receção nem contacto não faz qualquer sentido.
Se há coisa que desteto é o processo de compra de calças.
Este ano estava mesmo a precisar de umas calças mais fresquitas de Verão. Aproveitei o quente dia de sábado para ir um centro comercial. Mas serei só eu que detesto comprar calças?
1º Escolher a calça e o tamanho. Dúvida existencial: levo já dois tamanhos? Dois modelos?
2º Ver se há provador livre
3º descalça sapatilhas
4º despir calças e ficar com a roupa interior ao léu
5º vestir calças
6º calçar sapatilhas
6º caminhar e pedir opinião
7º limpar o suor do calor que se faz sentir nos provadores
8º tirar sapatilhas
9º tirar calças e ficar com a roupa interior ao léu
10º vestir calças
...
nº Depois de n processos e depois de acertar no tamanho, apercebemo-nos que nos esquecemos se a baínha está ok. :////
Na noite de eleições falou-se na importância da abstenção a propósito das eleições.
Talvez o único dia em 4 anos --> 1/ 1.460
E isso diz bem da classe política portuguesa. Cinge-se à banalidade. Hoje, uma semana depois, já ninguém fala disso. A público, esta semana, vieram casos gravíssimos da promiscuidade política envolvendo câmaras municipais e hospitais pagos por todos nós. Os casos sucedem-se.
Por isso, achei uma profunda hipocrisia ouvir os lideres partidários manifestarem preocupação com a abstenção apenas na noite eleitoral quando as câmaras estavam focadas nestes. Na verdade não sei se estão. Vieram com esse discurso porque ficava bonito e de facto é grave. Lembrei-me de imediato do concerto de violino que davam no filme Titanic quando o navio afundava
Ainda em Março, tinha partilhado no blog a propósito de nomeações para cargos empresariais de políticos sem perfil e alertava para a abestação.
Quanto a mim, fui votar. Fui cumprir o meu direito e dever cívico.
Se acredito na classe política? Não. Há as exceções, mas a grande maioria olha para o seu umbigo e sobretudo os seus crimes não são punidos devidamente.
Quanto às desculpas do tempo de praia e do futebol, presunção e água benta cada um toma a que quer. Para ambos os lados.
Fala-se também da Geração Z que é alheada da política. Ouvi um discurso de um líder partidário na noite eleitoral que é o mesmo discurso de há vinte atrás. Um discurso velho, desinteressante e desatualizado. Não admira que Jerónimo esteja a perder espaço.
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