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É já hoje o último dia de votações no Sapo do Ano!
Já votaram?
O Último é finalista na categoria de Opinião!
Ontem ao vir para casa, deparei-me com este deposito de publicidade de um prédio.
Um conjunto de catálogos depositados à espera que alguém (?) pegasse neles. Hoje em dia fala-se tanto em desperdício, em reduzir os resíduos e numa economia mais verde. E depois vemos estes comportamentos.
Podem argumentar que é para as criancinhas não escolherem os brinquedos a olharem para ecrãs e apesar de não ser a única marca a matar árvores a imprimir catálogos que vão para o lixo, não deixo de discordar.
Seguindo o desafio da rede SAPO, escolhi este foto para "Paisagens de Portugal".
Tirei-a em Agosto, após 8 horas de caminhada e a descer o monte.
Albufeira do Rio Caldo, Gerês.
Enquanto só se fala da conquista de Jorge Jesus no Brasil (e fico orgulhoso por isso!), Hermínio Loureiro foi acusado de corrupção.
Quando abri a wiipédia e vi o seu currículo, a sua teia de poder é assustadora:
- Ex presidente da CM de Oliveira de Azemeis
- Ex deputado do PSD
- Ex secretário de Estado
- Ex presidente da Liga de Futebol
- Vice Presidente da Federação Portuguesa de Futebol
- Presidente da Fundação la Salette
- Vice Presidente do Comité Olimpico Português
...
Parece um polvo que mexe em tudo o que é poder (política, futebol, obras, ...). Está a acusado de muitos crimes que envolvem corrupção, más práticas de contratação pública, pagamentos não-éticos de despesas partidárias, cunhas para "filhos de amigos", ....
Não se sabe se é culpado ou não, mas os media e o povo português preferem falar do Jorge Jesus.
Costumo falar muitas vezes deste tema, mas ignorar é ainda pior :(
No sábado à noite, fui ao cinema.
Já há mais de dois anos que não ia. Geralmente, o preço e o facto de não ser um grande apreciador, levam a que não pretira essa opção.
Fui ver "Os órfãos de Brooklyn".
Não li a sinopse e só ao fim de cerca de 30 minutos de filme é que comecei a perceber a história. Não gosto muito deste tipo de filmes, em que o espetador não percebe o que se passa nem a que se agarrar para não adormecer. E sobretudo quando o final fica em aberto, depois de toda a história se focar no evento que lhe dá origem. Parece incompleto. Qual é a piada?
À parte disso, faz parte do estilo que gosto: mistério, detetives e uma mensagem a passar. Foca a discriminação da comunidade racial nos EUA nos anos 60, a pressão imobiliária e os jogos de poder.
A MJP convidou-me a falar sobre a liberdade, a quem agradeço desde já :)
Felizmente sempre vivi num país livre. Apenas conheço essa realidade.
Para mim liberdade é emitirmos a nossa opinião, lermos os livros, vermos os filmes, interagir e tomar as opções que muito bem entendermos. Sem constrangimentos ou medos.
Porém, considero que o maior risco ...
"Sair da zona de conforto" é uma expressão muitas vezes usada para uma mudança.
A questão é até que ponto esta saída deve ser radical e ficarmos sem rede.
Em tempos, um ex-primeiro ministro português acusou o povo que o elegeu de ser piegas por não querer emigrar e estar sempre a queixar-se. Acho que a atitude perante uma mudança depende de várias coisas.
Uma é personalidade da pessoa, outra é a situação familiar, profissional ou emocional da pessoa e por fim a rede que a pessoa vai ter nessa mudança. Essa rede no trapézio que a vida e as situações inesperadas deve ser sempre o meio termo. Ter alguma segurança nunca fez mal a ninguém, mas estar protegido (pelos pais ou "padrinhos") também não leva a lado ninguém.
O que acabará primeira a sua construção, o Pavilhão do Gelo ou a Ala Pediátrica do Hospital São João?
Para quê gastar dinheiros públicos num "pavilhão" que não há necessidade nenhuma em Portugal?
Com os nossos comboios velhos e obsoletos, os transportes públicos degradados, a saúde cada vez pior com falta de médicos e medicamentos nos hospitais, a dívida pública que não baixa, a prioridade é ... a construção do Pavilhão do Gelo???
Mais uma vez se fala da emigração de portugueses diplomados que aumentou em 2018. Continua com uma % muito elevada e numa altura em que fala se se deve ou não chumbar os alunos até ao 9º ano.
Nos últimos dois/três anos têm chegado a Portugal várias multinacionais com "serviços partilhados", "centros de competências" e outros nomes bonitos, que têm contratado pessoas licenciadas (maioritariamente pessoas de economia/gestão/engenharia e informática). Com isto, tem-se verificado um maior dinamismo do mercado de trabalho, levando até a um aumento dos salários nestas áreas. O problema é o resto.
Se a população está mais letrada, essa percentagem faz sentido aumentar. Mas há áreas onde os salários continuam muito baixos, em que a remuneração por hora é muito baixa e onde há muita precariedade. Naturalmente que não há respostas nem alternativas senão procurar melhor lá fora.
O caso da saúde é mais paradigmático, mas existem outros ainda piores.
E com isto, vamos aos chumbos dos alunos. Será esse um dos problemas da educação em Portugal? Se os profissionais portugueses são reconhecidos lá fora, será que a qualidade é assim tão má? Serão os chumbos um dos principais problemas da educação portuguesa?
Por vezes damos mais importância às coisas do que aquilo que elas têm, permitindo-lhes ganhar um peso não tem.
Foi o caso do bebé abandonado, é no futebol e é com André Ventura, por exemplo. Até na nossa vida pessoal, quantas vezes damos importância a pessoas que não o merecem?
Os nossos media, as redes sociais e os influencers, na falta de melhor, vão pelo caminho mais fácil e acessível para atingir os seus objetivos, seja ego ou audiências. Muito se fala do André Ventura. Nem que seja para dizer que se negoceia com todos, menos com ele. Acho até demais e ele agradece a notoriedade. Nem precisa de se esforçar muito. Basta dizer umas bacoradas com uns microfones à frente, que logo toda a gente comenta, critica e dá-lhe (demasiado) palco. É isso que ele quer. Até ao Brasil já chegou a sua presença.
Enquanto toda a gente anda a discutir o que Andrézinho disse, ou escreveu na tese, ou protestou, ou que nem sequer quer contacto com ele, outros assuntos vão ficando para trás na agenda, como a corrupção, a deficiente resposta nos transportes públicos ou o caos da saúde.
P.S.: A propósito dos partidos, uma deputada foi ao Parlamento protestar com o Primeiro Ministro que "não se pode falar de amor", sugerindo passar de 635 € para 900 €. É com amor que se fazer o empregador aumentar 50% os seus custos? Nem todos os que pagam o salário mínimo são egoístas, como lagostas e andam de Porsche. Uns sim, mas a maioria não. Não sei se ria não sei se chore...
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