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Como seria de esperar no desconfinamento, vem a discussão sobre o que é e o que não é permitido ao nível dos eventos de massas.
Acima de tudo, deve prevalecer o bom senso. Pensar na saúde das pessoas em vez do umbigo!
- 1º Maio
A polémica estalou com as comemorações do 1º de Maio.
Ainda com o vírus bem vivo, umas centrais sindicais sindicais optaram por cancelar as comemorações presenciais como a UGT. Outras, ávidas por marcar agenda e justificar as quotas dos seus pagantes e mostrar serviço, trouxeram em autocarros pessoas de outros concelhos. Criaram um espetáculo estranho que parecia uma mega aula de ginástica no Parque Eduardo VII. Não concordei com isso primeiro porque foi injusto para todos outros 99,9% dos portugueses que não puderam sair do concelho para visitar familiares ou outras coisas, porque houve autocarros a transportar pessoas sem ser por primeira necessidade e porque havia o risco bem elevado de saúde pública. Mesmo para os outros sindicatos foi injusto. Pareceu-me haver portugueses de segunda e o lobby da CGTP de primeira. Tudo o "amén" do PR e Gov.
- 13 de Maio
Grande lição da Igreja Católica. Poderia também querer os donativos dos fieis mas teve o bom senso de cancelar as comemorações de Fátima. Poderia exercer os seus lobbies e a ministra da Saúde lá abriu a porta, mas não o fez e muito bem.
- Festivais e Feiras
Todos cancelados com muito prejuízo e muitos postos de trabalho e ganhos (mesmo informais) em causa sobretudo pequenos comerciantes, artesãos e produtores.
Já com bilhetes vendidos, nalguns casos seria impossível limitar as lotação.
Conheço a realidade da Feira Medieval de Santa Maria da Feira, e fui um prejuízo ENORME para toda a região - artesões, coletividades, produtores, restaurantes, hoteis , ...
- Festa do Avante
Depende de muita coisa com o que vai acontecer até lá. Não quero falar por antecipação. Os governantes não querem/podem ser anti democratas, mas mandaria o bom senso do PCP cancelar a festa e espero que assim seja. Se assim não for, vai parecer aproveitamento político e no limite uma estratégia semelhante à de Bolsonaro. O lobbie político em detrimento do de saúde.
Porém, aqui apela-se ao bom senso. Ainda não há detalhes e fala-se mais do que aquilo que está decidido. Dependerá da evolução do vírus e dos moldes em que será pensado o evento. Mas acima de tudo apelo ao bom senso! E atenção que caso o PCP entre em maluqueiras, que outros partidos não entrem e não façam festas do Pontal e afins... Aqui não é ser direita ou esquerda, é razoabilidade e igualdade.
PS: Em breve vou falar das corridas, dado ser "eventos" em que costumo participar.
Não sei se conhecem a Estrada Nacional da Azambuja.
Fui lá há uns anos em trabalho. Desde a saída do Carregado na A1 e passando-se o shopping Campera, são largos quilómetros de entrepostos logísticos de um lado e do outro com as grandes cadeias de supermercados identificadas.
Comentei com o meu interlocutor na altura que nunca tinha visto tanta concentração de armazéns numa equipa estrada.
Ele alertou que em casa de acidente naquela estrada, toda a zona sul do país ficava sem abastecimento. Hoje ainda me lembro desse comentário que partilho.
E agora, com 100 casos de COVID detetados numa empresa aviária naquela estrada?
Estão a soar os alarmes ...
Lá diz o povo que não se deve ter os ovos todos debaixo da mesma galinha, ou neste caso, ter os entrepostos logísticos todos na mesma estrada.
Sou daquelas pessoas que não gosta de começar um livro sem acabar o anterior.
Um oficial em Malta de Mark Mills é daqueles livros cuja sinopse é interessante. Cativa. Mas quando se começa a ler, a coisa não puxa. Não há mistério, não há interesse, a história nem aquece nem arrefece. As páginas sucedem-se, com muito texto acessório e sem cativar. Não gostei da escrita nem da criatividade do autor.
Corre o Verão de 1942. Para os habitantes de Malta, sujeitos a bombardeamentos diários, os Britânicos representam a última linha de defesa contra os Nazis. Max Chadwick, o oficial de informação, tem como função assegurar que os Malteses recebem notícias que fortalecem a sua relação com os Britânicos.
Quando lhe apresentam provas de haver um oficial britânico a assassinar mulheres maltesas, Max tem, melhor do que ninguém, noção das consequências desastrosas que tal revelação acarretaria. Enquanto a violência dos ataques à ilha cresce de dia para dia, Max embarca numa investigação, à revelia de ordens superiores, às escondidas dos amigos e da mulher que ama.
Max sente-se, contudo, dividido entre princípios morais e o dever patriótico durante os seus esforços para descobrir o assassino… uma personagem esquiva, sempre um passo à frente do seu perseguidor.
Têm aqui outro feedback oposto do meu
Tinha tudo para ser uma história boa, mas não é. Não tornarei a ler este autor.
Sobre a necessidade do uso de máscara nos próximos tempos não há dúvidas.
Não é prático, os óculos embaciam, mas com o tempo vai lá.
Tem mesmo de ser por nós e pelos outros.
Nos próximos dias, acredito que venham as "hashtagss" e gifs a apelar ao uso de máscara.
O problema é que apesar de sermos conscientes desta necessidade e da obrigatoriedade do seu uso em transportes públicos, o seu fabrico em massa ainda não "permitiu" optimizar os custos (ou o preço de venda).
Aproveitamento? Falta de escala?
Na economia informal, multiplicam-se os casos de pessoas que costuram máscaras (embora não certificadas sempre protegem alguma coisa).
As marcas vão-se adaptar e o merchandising das empresas e clubes de futebol já criaram as suas cores. Está aqui uma espécie de oportunidade para as nossas empresas têxtil e calçado (e darem também o salto para online - eliminado margens desnecessárias para a distribuição)
Com estes preços, creio que as pessoas vão comprar umas 4 ou 5 reutilizáveis e vão dão para muitas lavagens... Tuturial aqui
PS: Já tinha lido a Claudia a queixar-se que tinha gasto mais nas compras. Cá em casa, gastamos mais nas compras de Maio. A minha mãe também acha as coisas mais caras, menos promoções e agora os gastos extra na máscara.
Fui este sábado ao supermercado e resolvi um dos problemas que me queixei quando fui ao horto.
Depois de pagar com Multibanco não tive onde desinfetar as mãos. Encontrei um desinfetante num supermercado e já está no carro, para a impossibilidade de não ter de andar comigo.
Porém permitam-me o comentário: custou 3 €. Serei só eu que acho caro 250 ml para um bem de primeira necessidade (ao menos é Made in Portugal!)? Pelo que vejo, até está um pouco abaixo da média...
Depois de 38695826 stories patrocinadas no Instagram de pessoas a vender máscaras (a certificação não é requisito), da sms do Continente, Pingo Doce e do Jumbo que só permitem entrar a partir de manhã nas lojas com máscara e da ameaça de multa nos transportes públicos, deixo o tutorial da versão impressa do JN de hoje.
À medida que o tempo vai passando e com este cenário de crise, consegue-se perceber a natureza de cada governante e quão perigosos podem ser. Perigosos porque as suas medidas e discursos influenciam muito milhões de pessoas e ordem mundial.
Nesta crise, na China, EUA e América Latina, tem sido uma verdadeira desgraça, mas com contornos diferentes.
- China
Claramente quer ser o dominar o mundo. Vai dando passos para lá chegar. Este vírus começou na China e teorias gravíssimas da conspiração não faltam. Porém, nota-se o esforço em: i) não ser claro na informação que passa percebendo-se um filtro na comunicação no sentido de subvalorizar o nº de chineses afetado; ii) estender a mão com máscaras e equipamentos aos restantes países.
- EUA
São dirigidos por um dirigente vaidoso, com o coração perto da boca que não reflete no que diz, mas Trump defende o seu país e a sua economia. Age muito mal ao desvalorizar a pandemia em nome da economia e para não perder pujança e força para a China. A sua reeleição vai depender muito do desemprego e de conseguir encontrar o medicamento ou vacina. .
Sobre o corte ao financiamento da OMS, é censurável, óbvio, mas algo de muito grave deve ter descoberto para decisão tão radical e que lhe custa a incompreensão dos nativos.
- Brasil e outros países da América Latina
A liderança é diferente de Trump. Não é económica. É militar. São países dirigidos por pessoas que querem o poder a qualquer custo. Com a polícia na rua. Sabem que ao fechar a economia, vai trazer pobreza e motins para as ruas e não conseguiram impôr o seu poder e controlar o povo. Assim, a funcionar vai havendo dinheiro e com a sua força, a população vai-se calando.
Chegam-nos imagens perigosas e surreais de valas comuns, cadáveres infetados atirados para a rua dignas de "quarto" ou quinto mundo.
No Brasil, o líder segue cada vez mais isolado. Primeiro saiu o Ministro da Saúde, agora o da Justiça por exigir separação de poderes.
- Europa
Muito fragmentada politicamente, os países com mais dificuldades em conter foram os mais populosos e os mediterrânicos. Com sistemas de saúde mais débeis e muito alicerçados no turismo, Portugal escapou, por enquanto.
Acho que esta pandemia veio revelar a essência de cada um dos grandes governantes e quem descobrir a vacina e medicamento será o rei neste planeta de cegos.
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