Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Qual é o problema de uma pessoa se emocionar e chorar em público?
Aconteceu à ministra da Saúde, como aconteceu à ministra Constança Sousa no funeral de uma das vítimas do incêndio. Como pode acontecer a qualquer um de nós.
Os pior intencionados, com um misto de sexismo, caíram logo em cima. Não vejo mal nenhum. Independentemente de partidos, somos todos humanos! Estamos todos cansados com a pandemia, mais sensíveis, mais irritados. A Marta Temido está numa posição complicadíssima que nem nos seus piores pesadelos imaginou: ser ministra da Saúde em plena pandemia. Tomar decisões para ontem, dar a cara e a navegar "à vista".
Está lá desde Março a dar cara pelo menos. Tem cometido muitos erros, que já critiquei aqui no blog, mas uma coisa não tem nada a haver com a outra. Não lhe agradeço, porque não faz mais que a obrigação dela enquanto ministra, mas admiro a sua coragem e persistência.
Daí que não perceba a perseguição destes dias por ter chorado em público.
Depois, temos um outro ministro com apelido Cabrita que é bastante arrogante, teimoso e super protegido. Talvez por ter uma postura e discurso forte, parece que está tudo bem e acha que não tem de prestar contas a ninguém.
Dois pesos e duas medidas das nossas redes sociais censuradoras.
Regressou o confinamento e regressou o campeonato ridículo, bem à moda portuguesa, de ver quem e quais são os livros que os comentadores colocam de fundo nos comentários televisivos.
Este desfile de vaidades, repito, é ridículo.
Não deve ter sido André Ventura quem teve que "corrigir" esse pormenor, alguém acredita que a escolha não é verificada pelos intervenientes. Um elogio público, mais uma vez, a Manuela Ferreira Leite que foi das poucas em no 2º trimestre dispensou este disparate.
Agora, já dá para editar o fundo e escolher um figurativo ou até ocultar o nosso fundo real. Na minha empresa usamos o Microsoft Teams e é muito simples de mudar.
Vi que a economista Susana Peralta já ocultou o fundo do seu escritório. E Susana Peralta deve ser a campeã dos honorários televisivos porque ele está em todas as estações!!! Enfim ...
Aqui ficam os tutoriais.
ZOOM
TEAMS
Simples, não?
Por isso, sugiro aos comentadores ganharem juízo e deixar as aparências!
O que se passou na 3ª feira no jogo PSG- Basaksehir tem de ser falado e refletido.
O PSG (poderoso clube francês) abandonou o jogo em solidariedade a uma discriminação racista ao treinador adversário.
Podia ter ignorado e seguido o jogo.
Existem igualmente acusações de racismo proferido pelo adjunto aos árbitros romenos chamando-os de "ciganos". Tudo está errado!
Em Portugal, aconteceu um episódio racista em Guimarães, com Marega. Os da casa ignoraram, tal como o capitão da equipa caseira André André ("não me apercebi de nada"). O jogador afetado queria abandonar o jogo, mas inexplicavelmente não o deixaram, numa espécie de "tu és pago para jogar". Criaram-se campanhas com resultados duvidosos.
Um outro episódio foi passado na TVI num domingo à noite num programa chamado "roast" em que apelidaram de "macaco" um dos intervenientes de cor negra. A plateia riu-se. Eu mudei de imediato de canal e critiquei o programa aqui no blog. Dizem que é humor negro. Não é humor... É preconceito e grave!
Que valores queremos enquanto sociedade? Para passar aos mais novos?
Esta semana, houve coragem e determinação do PSG. Suspendeu-se o jogo! Esta decisão fez mais que muitas campanhas e hashtags. Foi em França e tem de se refletir.
Esperam-se consequências, mas já ser notícia em vez de ser ignorado e abafado já é um passo!
A Nala convidou-me para falar um pouco sobre o Natal no seu blog.
Neste Natal diferente, todos nós vamos passar algo novo, que nunca vivemos nem sentimos. Restrições de estarmos com os nossos, de abraçarmos e demonstrarmos afetos. Será que é a primeira vez que vamos realmente perceber a importância do lado emocional?
Este ano, vamos todos viver um Natal diferente para todas as gerações. Porém, não tão radicalmente como possamos estar a pensar. Explico o meu ponto de vista.
Ontem recebemos a notícia de mais um acidente mortal na estrada. A particularidade foi o facto de ter morrido uma jovem com o apelido mediático. Ontem também morreram 90 pessoas de COVID - será que alguma se chama "Carreira"?
Eis o que penso sobre isso.
- Uma morte lamenta-se sempre, mas quando é de uma pessoa com 21 anos custa mais. Porque contraria a lei natural da vida e porque tinha uma vida pela frente. Como a qualquer família, seja Silva ou Carreira, é uma dor horrível. Não sei o que é morrer um filho, mas deve ser um vazio atroz, muito atroz.
- Procurei e não encontro informação sobre a velocidade que o carro ia.
Será que algum dia vai ser pública?
- Ontem piquei duas vezes em zapping a CMTV à tarde. Numa das vezes estava Herman José a falar, na outra um cantor chamado Leandro. A estação ocupou a sua tarde a explorar a dor alheia.
É aquele momento em que todos se solidarizam e fazem questão de o mostrar.
Tenho dúvidas quanto à ética desta programação dado que a Cofina é ressabaida e perseguidora de todos os que compraram a TVI há semanas. Além de Cristina Ferreira, também Tony Carreira entrou no negócio...
Vejo agora, que foi líder de audiências. Ou seja, compensou-lhes a "emissão especial"... Mal esteve quem lhe deu audiência e quem lhe deu conteúdo, procurando aparecer com o seu depoimento.
- Marcelo Rebelo de Sousa
Critiquei o protagonismo que deu a Pedro Lima e critico agora novamente. A jovem de 21 anos nada contribuiu para o país para ter os lamentos personalizados do Presidente da República (a nota de pesar foi no site oficial da Presidência). Todos os dias morrem pessoas na estrada, agora de COVID e muitas delas vítimas de incompetência de médicos em hospitais. Não faz sentido, em véspera de eleições, esta marcação de terreno.
A mesma crítica se estende a Marques Mendes - quantas vezes terá ouvido um concerto do pai Tony?
Nesta viagem pela Madeira, o último dia foi reservado para conhecer o Curral das Freiras e o centro do Funchal
Curral das Freiras
Curioso nome: deve-se ao tempo dos corsários aquando dos saques que faziam no Funchal, em que as Freiras do Convento de Santa Clara, se vieram refugiar aqui, em propriedades pertencentes ao Convento. Trata-se de um povoado que está rodeado de montanhas por todos os lados.
Estava à espera de um pequeno conjunto de casas, mas em verdade, ainda são alguns metros quadrados e bastantes casas dispersas pelo sopé e as próprias montanhas.
O acesso ao miradouro é um pouco perigoso, com curvas apertadas e reduzida visibilidade.
Funchal
Reservamos pouco tempo, até para evitar cruzamento com muitas pessoas.
Quatro pontos obrigatórios:
- Mercado dos Lavradores
O grande mercado da cidade do Funchal, com produtos da região. Muito curioso que os vendedores dão a provar a fruta aos clientes, sobretudo as mais regionais como as anonas, mangas e maracujás. Dãpo inclusivamente uma colher descartável por cliente. Não resisti e trouxe várias sacas de rebuçados (um de cada sabor) de uma vendora "insistente"
- Passeio Marítimo
Liga a baixa do Funchal de uma ponta à outra junto ao mar. A vista sobre a encosta do Funchal é muito curiosa, porque todas as casas têm vista para o mar.
- Estátua Cristiano Ronaldo
Ir ao Funchal e não picar foto no CR7 não seria a mesma coisa. Não fui ao Museu mas fotografei a estátua. Chamou-me a atenção ao tamanho. O que está em excesso no centro dos calções, peca na altura. Estava à espera de uma estátua maior, sou sincero.
- Subida ao Monte
Fomos e viemos de teleférico, aproveitando o dia bonito e vista límpida que se tinha. A viagem custa 16 Euros e no Monte, além da Igreja e respetivo parque, existem 2 atrações: i) o Jardim Tropical Monte Palace do Joe Berardo (o objetivo era visitá-lo mas o preço fez desistir) e ii) a descida nos carros de madeira (eu não arrisquei porque tive medo).
A Luísa, nativa da Madeira e uma das maiores embaixadora do Sapo Blogs, também já postou sobre o Funchal. Uma outra perspetiva e fotos aqui e aqui.
Em resumo, foi a primeira vez que fui à Madeira em Outubro. Apesar do COVID achei um nº satisfatório de turistas quer na rua, nos restaurante e nos hoteis. O clima é muito incerto. Ora chove, como a seguir está sol, sendo muito aleatório até entre as cidades madeirenses. A temperatura é que estava sempre muito agradável. Os preços dos hoteis e afins nesta altura estão bastante acessíveis e recomendo vivamente a comer fora do zona do Lido. Conseguem-se preços muito bons para muita quantidade e sabor. Última nota para o declive das ruas - definitivamente não é para maçaricos na condução. Gostei muito da viagem e quiçá nestes tempos de vírus não repito mais cedo que possa pensar.
Da mesma viagem:
Partida - O Covid e aeroporto (Madeira e Porto)
Dia 1 - Turistando pela Madeira: Porto Moniz, Ribeira Brava e Calheta
Dia 2 - Turistando pela Madeira: Porto da Cruz, Santana e Garajau
Já que entramos no Natal, deixo aqui um cheirinho das luzes de Espinho
Sabemos pouco como vai ser o Natal. Sabemos apenas que vai ser restrito nas pessoas com quem vamos poder estar.
Ao nível de prendas, não comprei nenhuma na black friday. Os miminhos para a família serão como no ano passado no comércio tradicional, ou a produtores locais.
Para mim, se precisar de alguma coisa, será nos saldos.
Não tenho familiares na restauração, mas não é dificil de perceber o enorme impacto que as medidas restritivas estão a ter num sector tão gerador de emprego e fragmentado como este.
No início da pandemia, recordo-me de ter escrito que as restrições fariam alguns restaurantes e hotéis descerem à terra, dado os preços elevadíssimos que punham nas suas ementas, pagando baixos salários e desajustados à quantidade e qualidade dos pratos.
O problema, agora, é que já é demasiado tempo com limitações e não há barco que aguente (nem turistas para pagar os abusos nas ementas, sobretudo nas grandes cidades). A criatividade tão portuguesa tem surgido. Além da lotação cortada nos espaços, não há serviço aod fins de semana nem jantares de Natal.
Atrás vão por arrasto as sobremesas, as entradas (que sustentam muitas famílias dado que na sua maioria são hobbies de vizinhos), as bebidas, etc.
Perder um fim de semana, pode significar muito para um restaurante.
A revolta cresce quando vemos os milhões esbanjados em TAP, Novo Banco (por erros de ... "gestão") e em consultorias e afins que vão para os bolsos sempre dos mesmos.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.