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Com o aparecimento da vacina, já se estava que ia ver o xico-espertismo saloio.
O presidente da CM de Reguengos de Monsaraz aproveitou-se de um dos múltiplos cargos públicos que ocupa para passar à frente do resto das pessoas e se vacinar antes do tempo aqui. Este cidadão ainda por cima, foi objeto de severas críticas e desleixo na gestão que fez do vírus precisamente do lar que preside e que resultou em várias mortes.
Punição? Nenhuma, dado continua aí a prevaricar ainda mais.
A desculpa é o cargo que ocupa no lar. É o presidente (não é o auxiliar/geriatra), como se isso fosse desculpa para infringir as regras... Não acredito que ele anda diaramente a frequentar as instalações e a visitar nem a cuidar dos velhinhos. Para quem achava que vínhamos melhores pessoas depois da pandemia, cá está mais um exemplo de que não viemos!
Este é o exemplo que fere a dignidade do nosso país: a impunidade, as influências e o xico espertismo.
Mais um péssimo exemplo da classe política. É isto que contribui para a abstenção e para o aparecimento dos "Chegas" desta vida.
Já que falamos dos vícios da nossa sociedade, no blog sempre condenei violência. Por essa razão, condeno o que fizeram ao candidato André Ventura em Setúbal. Independentemente de não partilhar com algumas ideias, não pode ser atacado da forma como foi. Não é um exemplo democrático. E já agora, se os mesmos indivíduos/grupos que atacaram Ventura, tivessem atacado MRS, a cobertura mediática de ignoração seria a mesma?
Tomar decisões de pandemia não é fácil. Estamos todos de cabeça quente, cansados e sem saber lidar com o inesperado. Isso não justifica porém que se lancem informações confusas e desiquilibradas como está a acontecer atualmente.
Vou a um simples caso: o do passeio higiénico.
O Governo anuncia, via jornais, que haverá multas para quem se afastar da sua área de residência, sendo preciso "justificae". Assusta, avisando que quem não pagar na hora terá custos acrescidos e ainda tem que andar com identificação.
O problema, ou um dos, é que não especifica qual a distância permitida para passear ou correr!!! Que risco tem um cidadão ir a correr sozinho? Se estiver cansado, tem lá folgo para socializar.
Poderia falar dos outros problemas, como a saúde mental, o isolamento psicológico, o layoff, o teletrabalho prolongado (continuo a achar de Inverno temos mais dificuldade em desligar). Ou seja, nem sozinho quem precisa de o fazer...
Esta falta de informação, planeamento não é compreensível. Se definem uma regra, têm que a definir, não lançar o pânico.
Domingo fui votar.
Exerci o meu direito ao voto.
Na minha mesa estive 20 minutos à espera em pé e ao sol. Tinha 6 pessoas à minha frente, mas o facto de ser possível apenas um votante por mesa tornava o processo lento. Não percebi porque não havia mais em simultâneo como nas eleições normais. Se fossem dois não haveria risco acrescido...
Adicionalmente a atrasar estava a lacragem do boletim. Tira envelope, mete envelope, cola etiqueta, ...
Além disso, chamou-me atenção a existência de um candidato desconhecido. Um tal de Eduardo na 1ª linha.
Tanta coisa com o processo eleitoral, para o boletim nem vir preciso. Dispensava a impressão a cores mas um boletim com os candidatos corretos.
Enfim, salvou-se pelo menos o processo desburocrático de escolha do local de voto.
Sobre o crescente nº de infetados e o confinamentotrês notas:
- Já desisti de os ouvir, mas não percebo o que fazem tantos médicos como esta semana nas redações das televisões a comentar a pandemia. É que nem um nem dois. São vários. Se em vez de estarem a dar show off nas televisões e a encher o ego, estivessem a ajudar os colegas ...
- As escolas secundárias e universidades continuam abertas. mantenho o que escrevi sábado: não faz sentido
- Dizem os iluminados estudos de mobilidade e jornais lisboetas que o trânsito não diminuiu. Quem passa a Ponte Arrábida aqui no Porto, sabe perfeitamente que são as aulas que fazem baixar o trânsito. Aliás, nas férias escolares não há filas de trânsito. Portanto, as conclusões são óbvias: o trânsito não vai diminuir. Este jornalismo atrás do computador leva a notícias sem "sumo".
Amanhã exercerei o meu direito ao voto devido à facilidade do voto antecipado das pessoas em mobilidade. Não percebo porque não se institui esta facilidade antes, mas mais vale tarde do que nunca.
Depois de ouvir os insultos de um candidato ao referir a maquilhagem de uma candidata, senti-me a regredir na mentalidade. Se isso viesse de uma pessoa idosa que viveu na ditadura salazarista ainda se dava um desconto. Mas não. Veio de um candidato extremista de 38 anos que usa o insulto fácil e ódio nos seus discursos.
Não percebi se anti mulheres na política, se anti bloquista ou se um misto das duas coisas. Porém, ataques desta natureza já não se usam.
Posto isto, sei seguramente o que não quero para o meu país nem para o meu futuro.
Amanhã darei o passo para o que não quero.
Não votar e contribuir para a abstenção, é contribuir para que esta forma de fazer política ganhe força.
Enquanto isto, assistimos ao flagelo do COVID. Hoje ouvi alguém referir o "confinamento da treta" onde para mim não ficou claro porque as universidades e as escolas secundárias continuam abertas (um dos maiores contribuidores para os aglomerados de trânsito e transportes públicos). Mas tomar as melhores decisões não é fácil.
Aos anti-covid que se dizem "pela verdade", ficam as imagens das urgências.
Ficamos chocados com a invasão bárbara ao Capitólio.
Numa das nações mais civilizadas do Mundo e símbolo da democracia, vimos um conjunto de pessoas motivadas pelo terror, ódio, anarquismo e irracionalidade a destruir tudo à sua volta. Quem o incentivou com ordens, foi um líder de extrema direita que não quer largar o poder, valendo-se de tudo
.
O que nos pode ensinar?
A anti democracia da extrema direita. A dificuldade de renunciar a outras opiniões e a sair o poder.
Por isso, antes de os pormos lá, vejamos e aprendemos com este exemplo de há dias. É isto que queremos?
Pior, foi assim nos EUA e vai ser assim noutros países com líderes que seguem o mesmo extremismo e despotismo.
Vou voltar a escrever sobre isto.
Que mania irritante e vaidosa de algumas personalidades fazerem questão de colocar os seus livros nos fundos do comentário televisivo!
Ninguém vai ser melhor comentador ou manter a avença por ter uma biblioteca atrás!
Por falar em avenças, Susana Peralta já acumula noticiários com programas temáticos. Já Sebastião Bugalho foi "promovido" ao Expresso da Meia Noite e a cronista do DN.
Na semana passada vi um deputado do PS que nem conheço a comentar um debate na TVI24 e o Ribeiro Cristóvão na SICN com os seus livrinhos de fundo. Não há paciência.
Defendi que no Natal, sendo uma época de muito afeto na nossa cultura, as restrições deviam ser aligeiradas, a pensar na solidão dos que vivem sós.
O problema foi que algumas pessoas esqueceram que andava um vírus à solta (eu verifiquei no Instagram - nem aí houve contenção). Nada de máscaras, muitas pessoas nas fotos ...
A responsabilidade deveria ser individual. Uns protegeram-se, outros não. Agora, estão aí as consequências.
Ao nível dos negócios, o Natal acabou por ser o balão de oxigénio para aguentar os subsídios de Natal e as próximas semanas.
Vem aí o confinamento, com todos conscientes que é a única solução para baixar os casos, até pelo exemplo do que aconteceu em Março (se bem que aí estávamos na Primavera, com menos propensão para resfriados).
Desta vez, já estamos mais preparados para o confinamento, na medida em que já passamos por um. Porém, para quem já estava mal, seja mental, social ou financeiramente (pessoas e negócios) vai ser mais um prego num caixão difícil de desmontar.
As escolas, pelo menos, vão manter-se a funcionar, com alterações profundas em tudo o resto.
Vai ser a correria aos serviços nas próximas horas para assegurar o abastecimento para o próximo mês e vem aí em força o comércio online. As estruturas e alguns bens devem ter sido reforçados. Será que o fermento de padeiro vai esgotar?
Por outro lado, com o frio que está, vai custar menos ficar fechado em casa. Até vai saber melhor ficar na cama até tarde. O que vamos poupar em combustível para ir trabalhar, vamos gastar na electricidade.
Fiquei envergonhado com a aldrabice e mentira com que mostramos aos outros países europeus como funcionam as "cunhas", os compadrios e o tráfico de influências em Portugal.
No caso do procurador José Guerra, o Estado português, em consciência e com intenção, optou por falsificar o currículo de procurador, acrescentando e inventando atributos, cargos e trabalho falsos para justificar a escolha.
Em detrimento, ficou a competência de outra procuradora que tinha sido primeira opção eleita por um órgão independente.
Duas considerações:
- Este cenário ganhou importância e ainda mais gravidade por vir da Justiça e por nos expor à Europa
- estou convicto que não foi o primeiro nem será o único caso para cargos públicos onde a competência e mérito são preteridos às influências, compadrios e favores partidários.
Assim, toda a Europa ficou a saber o que é uma prática comum em Portugal e com isto houve apenas uma demissão, mas terá sido a pessoa correta? Quem ordenou esta falsificação foi demitido? Como diria, alguém depende do partido que o pôs lá ...
Seja como for, é uma vergonha que não é exceção!
Mas o que mudará daqui para a frente?
Descobri este livro na estante da sala do meu pai na noite da passagem de ano.
Esta história é uma fábula onde os animais personificam os atores políticos da ascenção ao poder da extrema esquerda. Dado o contexto histórico, a associação é direta à implementação do comunismo na Rússia durante a primeira metade do século XX.
A história passa-se numa quinta onde um porco inspirador tem o pensamento teórico do Rebelião: uma revolução em nome de uma quinta com mais liberdade, igualdade, qualidade de vida e felicidade. A ideia é todos os animais se juntarem e expulsarem os humanos exploradores, castradores e capitalistas.
Do pensamento, passa-se à ação depois da morte do porco mentor. Todos os animais atuam em conjunto sendo o processo liderado pelos porcos que se assumem como as personagens mais cultas, inteligentes e dinamizadoras do processo de Rebelião.
Com o tempo, os porcos tomam o poder, gerando-se uma disputa a dois. O argumento de que é preciso um líder forte leva a alianças estratégicas acabando por ganhar um deles, o Napoleão. A partir daí, começam os abusos de poder, as manipulações de comunicação, leis feitas à medida e os porcos a enriquecer e os outros animais escravos e submissos. Enquanto os primeiros se alimentam bem e têm boas condições de vida, são cortadas as rações aos outros animais, lembrando-se de que com os humanos capitalistas era e seria pior. Quem ousa trair ou criticar o líder porco, é assassinado pelos cães ao serviço do mesmo.
A ilusão prometida de felicidade e liberdade é substituída pela ganância do poder, manipulação e a teoria da conspiração dos opositores. Enquanto os "porcos" estão intocáveis, os outros animais definham manipulados, infelizes e impotentes.
Existe inclusivamente a personagem do cavalo. Um animal forte, trabalhador e leal que quando fraqueja é abatido.
A moral da história é clara: não há sistemas perfeitos e os vícios do poder político são transversais à extrema esquerda e à extrema direita.
Em conclusão, é um belíssima história que usando animais ajuda a compreender o que foi o Comunismo na Rússia do século passado e de como na hora da verdade os vícios são todos. Fiquei a saber entretanto que este livro faz parte do Plano Nacional de Leitura
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