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Duas coisas chamaram-me a atenção este fim de semana.
i) a agressão de dois membros do partido CH a um ex-homossexual em Viseu e a reação absurda do seu líder AV.
Em vez de condenar o óbvio, justifica as agressões gratuitas culpando a vítima pela sua opção sexual.
Deixo aqui o print-screen para não acharem que estou a mentir. Teria razão se tivesse havido provocações ou vitimização mas não foi o caso.
Mais uma vez, omito propositadamente os nomes para não entrar nas estatísticas de popularidade nos motores de busca.
Não percebo esta sociedade cada vez mais intolerante, agressiva e radical. O pior é quando vemos coligações políticas de toda a direita com estes partidos preconceituosos.
ii) Boaventura Sousa Santos foi indigitado para presidente da Conselho Nacional de Ética.
E quem é que nomeia para o Conselho? O seu ... filho. Ver aqui
Chegamos à república das bananas.
Nestes dias, li "A máquina de fazer espanhois" de Valter Hugo Mãe.
Aluguei este livro na biblioteca após uma sugestão da Andreia: um autor português com uma história portuguesa. O que me cativou? O protagonista ser um idoso enviado pela família para o lar após ter ficado viúvo.
O lar chama-se Casa Feliz Idade e toda a ação é relatada a partir da visão de um idoso "despachado" pela filha. Desde o dia em que chega, a negação inicial, o sentimento de abandono, de perda, de vitimização e as novas amizades que as pessoas são forçadas a ter. A história mostra que até para ser idoso é preciso ter sorte no lar que a família escolhe (e paga), nos auxiliares que se encontra e na ganância de quem o gere.
Assim, as personagens são os residentes do lar e as relações humanas que é possível construir na reta final da nossa vida, bem como as diferentes perspetivas dos utentes. Desde os que vêm como umas férias com os serviços de cuidado, os que vêm abandonados e os que são forçados.
Adicionalmente, é feito um exercício muito interessante de memória da personagem principal, quando pensando nas decisões mais importantes da sua vida, recorda o momento em que denunciou um dissidente à PIDE durante o Estado Novo.
Houve uma coisa que chamou a atenção neste livro: não haver travessões para diálogos nem letras maiúsculas no inicio das frases.
Não é comum, nem comercial e muito menos cinematográfico a escolha destas personagens e estes sítios tão esquecidos para uma história. Acaba por ser um livro de leitura portuguesa, forte mas bonita, sem traumas e que nos dá uma perspetiva que na correria do nosso dia a dia nem nos apercebemos. Só por isso já valeu a pena.
Review da Andreia aqui.
A diretora pedagógica do Colégio Ribadouro foi suspensa dois anos e o colégio forçado a encerrar por um devido ao empolamento de notas do ensino Secundário
Surpreende alguém? Ninguém.
Toda a gente sabe que quiser ir para Medicina, o ingresso no Colégio Ribadouro no Porto é uma importante ajuda. Um ensino muito orientado para o exames e confirma-se agora que empola as notas nas restantes disciplinas.
Já tinha falado disso aqui há dois anos atrás.
E o que foi detetado:
É por esta razão que eu defendo os exames. É a forma possível de garantir alguma equidade dos alunos.
Se os pais que pagam a mensalidade, anseiam por estes atropelos é saudável e justo que haja punições para o xico espertismo dos que acham que o dinheiro tudo justifica e tudo compra. Mesmo que isso signifique injustiças.
O Centro de voluntariado Sol Nascente de Castelo de Paiva criou um conjunto de trilhos no concelho - Payva a Pé.
Aproveitando as vistas maravilhosas dobre o Rio Douro, percorremos o trilho PP07 - Raiva.
O trilho é circular ecomeça junto à Igreja de Raiva e é só seguir as setas azuis. Tem estacionamento para se poder ir à vontade e sem pressas.
O percurso começa logo com uma descida um pouco acentuada sendo mesmo a parte mais perigosa. Por azar, tinha umas canas numa zona mais sombria, logo mais escorregadias. Daí, sobe-se novamentepara a entrada do Hotel Douro 41 e segue-se em direção à Capela da Senhora das Amoras. Nesse largo bastante arranjado, temos também a Junta de Freguesia de Raiva.
Virando à direita, seguimos pelas ruelas de Raiva entrando uma zona rural, com campos, árvores de fruto, vinha e animais doméstico. Aquelas paisagens verdes e campestres típicas do Interior Norte português.
Para quem gosta de caminhar e se distrair com o que vai encontrando é ótimo.
Nisto chegamos às antigas minas do Pejão Velho.
As minas estão naturalmente desativadas, estando o edíficio mineiro para contar a história. Na foto de cima vê-se as tais setas azuis. O percurso está muito bem sinalizado.
A partir daqui é sempre a trepar até ao Santuário de São Domingos, o auge do percurso. Pelo meio de árvores, o trilho faz-se bem. É seguro, sem declives agressivos e bastante interessante para treinar os glúteos e pernas .
Chegamos à estrada principal para logo depois entrarmos numa pequena aldeia onde tem um fontanário para abastecer.
Num ápice fazemos a subida final já em asfalto e encontramos o primeiro cruzeiro que dá acesso ao Monte de São Domingos e respetivo miradouro. Dá naturalmente para ir de carro, tendo bastante estacionamento.
Lá em cima é disfrutar da paisagem:
Depois, é sempre a descer até à Igreja de Raiva.
Um percurso muito bonito, seguro e acessível numa localidade que associamos de imediato à queda da ponte. Há mais para além disso como estas paisagens e estes trilhos para explorar.
"Por opção" fizemos em correr, numa espécie de trail, a correr. Claro, que por vezes parei o GPS para descansar, beber água, tirar fotos e juntar o grupo. Deixo o tempo que demoramos e respetiva distância. Mais info aqui.
Continua o caos nas medidas da COVID 19.e respetiva comunicação.
Então agora, para ir comer a um restaurante ou num centro comercial sem esplanada tem que se ter teste negativo (e pagar por ele) ou estar vacinado ...
Honestamente, acho absurdo.
Vou estar a pagar um teste porque não tenho vacina.
Não tenho vacina porque como qualquer cidadão normal, esperei pela minha vez.
Não passei à frente de ninguém, nem em happy hours com informação privilegiada, nem por ter padrinhos médicos, nem porque sou xico experto. Agora, se quiser ir a algum lado comer ou dormir sem ter de pagar 5 € diários, não o posso fazer.
Então e quem tem de almoçar em shoppings por estar em trabalho, se ainda estiver em lista de espera devido à idade, não pode comer? Eu ainda não fui vacinado porque não pude e porque fui bom cidadão. Agora, a consequência são mais restrições.
Concluo, que o xico espertismo e falta de vergonha ao desrespeitar a ordem da vacinação compensa.
Não sei qual a intenção do Governo, mas se é pregar mais um prego na restauração e hotelaria, estão no bom caminho.
Já agora, vão deixar deduzir as despesas com testes comprados em hotéis/restaurantes em IRS como despesa de saúde?
Este sábado fui tomar a primeira dose da vacina.
Fiz por auto agendamento, escolhendo o dia e o centro de vacionação e num curto espaço de tempo recebi a SMS de confirmação.
À hora marcada compareci e vi uma fila longa, mas bem organizada, a andar e sem reclamações. A Polícia Municipal estava a orientar as pessoas e em 40 minutos estava a fazer o check-in.
Nesta foto dá para ver a pala que protegia as pessoas do sol.
Estava a contar ser apenas vacinado em Outubro, mas ainda bem que que se conseguiu antecipar.
Calhou-me em sorte a Moderna.
Duas notas:
i) O Espaço Mais Grijó é o antigo Grijó Outlet. Um dos maiores flops de centros comerciais. Numa das lojas usadas para centro de vacinação ainda tinha um autocolante do ... Euro 2004. Era muito miúdo mas da altura aquilo que me lembro é que tinha lojas pouco conhecidas e muito caras, daí o fiasco. Curiosamente pertence aos fundos imobiliários do Novo Banco.
Assim, está-se a tentar dar uma 2ª vida àquele enorme edifício onde abriram recentemente algumas lojas para quem este vírus foi uma ... benção.
ii) Os xico espertos
Estava no check-in e um senhor nos 40's/50's pede para passar "só para pedir uma informação".
Nisto, sentou-se duas cadeiras depois de mim... Pois, se era só pedir uma informação, porque não foi para o fim da fila como o resto das pessoas?
A partir de 1 de Julho, também se paga os sacos de papel nas lojas.
Não sei até que ponto se está a entrar num extremismo e quase retrocesso de comodidade.
Sou contra o desperdício. Havia situações exageradas de coisas que cabiam num bolso ou numa carteira e dava-se um saco.
Agora, até para a um centro comercial temos de andar com a saquinha atrás...
Uma das sugestões seria as lojas disponibilizar saco para compras de mais de 1 produto por exemplo.
Nem 8 nem 80
Os moínhos de Jancido localizam-se na Foz do Sousa, concelho de Gondomar, bem perto da barragem de Crestuma.
Tratam-se de moínhos dispostos ao longo do rio Sousa.
Neste pequeno trilho vamos identificando os moinhos, entretanto batizados, e que tem uma particularidade muito interessante. A desbravura do caminho, limpeza, criação do percurso, colocação de escadas, cordas e sinalização resultou da descoberta, criatividade, do tempo livre e do suor de voluntários locais.
Está um resultado muito giro, bem conseguido e em segurança.
Os moinhos encontram-se bem localizados, com estacionamento, havendo mais que um acesso (fui pelo que fica junto à ponte do Centro de Saúde da Foz do Sousa). Junto a essa ponte, tem um parque de merendas onde se pode piquenicar com o rio ao lado.
Nota: Fui com o meu grupo de corrida de domingo e fizemos este percurso que este autor também fez. Ou seja, há muita coisa para explorar naquelas redondezas, incluindo as Lagoas de Midões às quais não tirei fotos.
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