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Estes dias estive fora a fazer uma das coisas que mais gosto e para as quais faço mealheiro: viajar.
Os últimos dois meses têm sido muito intensos no trabalho e ainda bem que tinha esta viagem já marcada. Já a tinha marcado em Julho para aproveitar os preços dos voos.
Aqui vai uma coisa que reparei: ou é impressão minha ou este procedimento dos hotéis terem alguém a servir os pequenos almoços (em vez do clássico e valorizado buffet) é boa forma de pouparem (€) na comida.
É que é um bocado constrangedor ter o funcionário a controlar o que comemos e se é as vezes que repetimos (já para não falar na fila que podemos ter de ficar, desincentivando ainda mais)
Não ligo muito ao Halloween, nesta espécie de Carnaval antecipado.
Uma tradição importada que será uma das primeiras festas temáticas pós covid para a maioria das pessoas.
Quem anda no "Doce ou travassura" são os nossos políticos que andam a forçar eleições antecipadas. Nesta fase de recuperação, precisaríamos de uma classe mais unida, com menos arrogância e papo cheio. Discutem-se lideranças (o que é bom haver diálogo, mas em casa em que não há pão, todos ralham e ninguém tem razão).
Não sei o que vai acontecer, mas não gosto desta instabilidade. Estamos com tempos de indefinição, escassez de matérias primas, inflação e em que há muitas incertezas. Uma crise política provocada por partidos que perderam as eleições autárquicas não me parece uma boa previsão.
Cruzei-me com este vídeo da Vanessa Fernandes e achei interessante esta perspetiva da alta competição: o reverso da medalha.
A iniciativa de fazer greve aos combustíveis num determinado dia tem boas intenções, mas não resolve nada se as pessoas andarem de carro. Muito menos a escolha de determinadas marcas para abastecer. Até tem um efeito preverso.
Isto porque não abastecem no dia, mas abastecem a mais no dia anterior ou deixam ir à reserva no dia seguinte.
Uma verdadeira greve passa por não usar carro nesse dia, optando-se pelo teletrabalho, uso de transportes públicos ou bicicleta.
Vamos ao que interessa ao cidadão comum: o tempo que perde no trânsito para o emprego, o aumento do preço dos combustíveis, como pagar as despesas ao final do mês, o tempo de espera nas urgências para ser atendido, que por vezes quem toma as decisões se esquece disso.
Ouvi alguém dizer que "o povo está do lado dos enfermeiros porque foi a palavra do ano e isso legitima uma greve".
Fiquei boquiaberto. Em que país vive esta gente?
As pessoas querem é ter qualidade no atendimento, terem as suas consultas, terem o hospital aberto e não irem para casa doemtes, filas de espera intermináveis, etc. Todos elogiamos o empenho dos profissionais de saúde na pandemia, mas isso não pode retirar noção a esses profissionais,
Diz-se que a minha geração, os "Millenials" é das gerações mais recentes a passar por duas crises: a Troika e a do Covid 19.
Contextos e consequências diferentes, onde cada um sente à sua maneira.
Na crise da Troika tive a sorte de ter começado a trabalhar 6 meses antes e onde aprendemos da pior maneira a segurar o emprego. Não se falava na saúde mental da geração à rasca, onde a palavra precariedade laboral era a que melhor se aplicava.
Quem tinha um emprego, tinha de o aguentar pois para onde quer que olhássemos, víamos/conhecíamos alguém a procurar emprego, despedido, ou qualificado mas com salário baixo e instável. Outros, por sua vez, tiveram que emigrar, numa fuga de talentos inacreditável (sobretudo na área da enfermagem e para Angola). 4 longos anos até o mercado melhorar (2011-2015).
Veio a bonança, com muitas empresas multinacionais a instalarem-se em Portugal, sobretudo na área financeira e na informática. Muitas vagas de emprego, muita rotação de trabalho e um bom estado de espírito da sociedade em geral.
No ano passado, vivemos a crise do covid. Uma crise mais mental que financeira. Vimo-nos privados das nossas liberdades. De repente, fomos forçados a ficar em casa sabe-se lá em que condições, a fazer filas no supermercado, a justificar a polícias na rua porque estávamos no exterior e a fazer das nossas salas/quartos, escritórios. Perdemos o contacto social e passamos a viver num pânico de contágio constante, muito também imposto pelas medidas restritivas e pelos anúncios diários do nº de mortes.
Hoje, na minha opinião saímos mais fracos destas crises.
Quem estava fraco, aniquilou-se nas crises. Quem estava forte, aguentou-se. Isto aplica-se às empresas, à nossa vida social, familiar e emocional.
Saímos mais egoístas, mais radicais, com muitos aproveitamentos políticos pelo meio.
O preços dos combustíveis está a aumentar e também já senti na minha carteira.
Habitualmente gasto 20 € por semana, mas já em Setembro tive que abastecer num dia diferente e esta semana já tive que antecipar ainda mais um dia.
Geralmente costumo variar as bombas onde abasteço, não sendo muito fiel. Porém nestas últimas semanas tenho optado pelas marcas de supermercado.
Com o aumento dos preços nos mercados internacionais, já se exigia uma diminuição da carga fiscal.
Ah, ontem o pessoal da CP fez mais uma greve.
Ou seja, não há alternativas onde quem tem de se deslocar para trabalhar não tem outra opção senão apanhar trânsito e empobrecer.
Estes dias têm sido de muito trabalho e por isso tenho andado mais ausente dos blogs e das redes sociais.
Do que fui ouvindo na rádio, houve uma nova investigação jornalistica relacionada com offshores ("Pandora Papers") com os acusados a justificarem o eticamente errado com o facto de estar dentro da lei.
Esta é uma discussão que quero voltar porque merece tempo para escrever: Ética vs legalidade - com prejuízo do erário público cometido por deputados (que por definição gerem e decidem o erário público).
Hoje é o dia do professor. Diz uma notícia que há um protesto sindical " contra o desrespeito pela negociação coletiva."
Insisto no que já escrevi: o problema dos professores "reais" não é o que os sindicatos denunciam. A fuga de talentos para fora do ensino deve-se a muitas outras coisas, sendo uma delas a falta de autoridade do professor perante alunos malcriados e pais selvagens. E isso não é em manifestações que se resolve para justificar a quota.
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