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Bullying

28.02.22

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Matosinhos, Entroncamento, Arcos de Valdevez e Torres Novas. Quatro concelhos onde houve denúncias (via pais e via vídeos) de violências nas escolas de bullying.

 

Aqui há tempos, num blog, alguém dizia que "bullying" é o estrangeirismo e a forma moderna de se dizer "andar à porrada" na escola. Na altura, contestei. Bullying é muito mais que levar porrada. E é essa negligência e desvalorização que leva a suicídios, traumas e perturbações macabras como a que assistimos nas últimas horas.

Bullying é a violência física, verbal, psicológica e cibernética em quem um elemento mais forte se impõe a outro.

 

Nisto, chateia-me o silêncio das direções escolares.  Em vez de darem o exemplo, condenarem os casos, defenderem os mais fracos e promoverem o fim deste flagelo, preferem o silêncio. O silêncio é proteger o agressor. O silêncio é contribuir para que haja impunidade. O silêncio é evitar casos futuros. 

 

Nos Arcos de Valdevez, uma pessoa de 15 anos atirou um paralelo à cabeça de outra pessoa da mesma idade. 15 anos! Não estamos a falar de crianças. Já sabem o que fazem, têm idade para ter juízo e responsabilizados.

 

Estes dias contava-me uma amiga professora que teve um colega professor que denunciou um caso às autoridades e que a direção da escola tentou abafar. No fim do ano letivo, de vigança essa mesma direção não lhe renovou contrato e só lhe faltava um ano para se tornar efetivo. Mais uma vez, o país de gente pequena que se aproveita e se vinga dos mais fracos.

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publicado às 17:05

A falta de paciência

26.02.22

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Esta semana estava a chegar a casa, dirigia-me para a garagem para guardar o carro e vi a Polícia Municipal e uma vizinha.

Pelos carros à volta, das duas uma: ou tinha batido ou alguém tinha estacionado a bloquear o caminho.

 

Fui dar a volta para estacionar o carro, ver o que se passava e oferecer ajuda.

 

Era a segunda opção: um carro estacionou no caminho de servidão que dá acesso às traseiras do prédio, bloqueando a passagem. O facto de ser escuro na hora de Inverno, levou a que o condutor não reparasse. Quando me aproximei, já estava o reboque a caminho e com peixeirada entre o polícia que tentava suavizar e remediar  (com um irritante, diga-se, tom de chateado, nem percebi o porquê, porque é o seu trabalho) e a vizinha que queria o acesso desimpedido.

Sugeria o polícia que para evitar situações futuras, os moradores deveriam ir à Câmara Municipal pedir à vereadora para colocar linhas amarelas e sinalização vertical.

 

Se fosse eu não chamaria a polícia. Para quê? Não poderia esperar um pouco a aguardar o fim do evento?

Se a pessoa estivesse para sair para algum compromisso ou até para ir trabalhar fazia todo o sentido, mas não foi o caso.

As pessoas andam muito impacientes e às vezes do "contra".

 

Retirei-me. Não sei se entretanto o dono chegou...

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publicado às 14:38

Leitura

23.02.22

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A Fundação Gulbenkian divulgou um estudo em que refere que 61% dos portugueses não leu um livro impresso em 2020 (ano da pandemia).

Não sei quão rigorosa é a amostra, mas não me surpreende a conclusão.

 

As razões podem ser várias, sendo uma delas seguramente o encerramento das bibliotecas públicas. Sou um defensor e utilizador deste equipamento público pois é um meio de ler livros de forma gratuita . Por incrível que pareço em pelo 2022, há ainda concelhos sem bibliotecas (Alzejur, Marvão, Terras de Bouro, Vila Viçosa e Calheta). Já aqui critiquei que na altura de alívio das restrições, a Biblioteca de Espinho mantinha-se encerrada ao sábado de manhã, horário que o comum trabalhador tem tempo para lá ir.

 

Por outro lado, há alguma falta de cultura de leitura, o contexto familiar e as dificuldades económicas. Um livro numa loja ronda os 15 € que se lê e depois vai para a estante ganhar pó (para esta desculpa, respondo com as bibliotecas).

 

A falta de leitura tem consequências no pensamento crítico e na capacidade de intervenção pública e cívica. Ajuda-nos não só escrever melhor, a enriquecer o nosso vocabulário, a nossa ortografia e a aumentar o nosso conhecimento. Isto numa era em que por tudo e por nada escrevemos nas redes sociais. Penso fazer falta pensar mais além, longe do curto prazo e numa perspectiva futura.

O último livro que li já faz algum tempo, foi nas férias e de Valter Hugo Mãe. Não sou o melhor exemplo e faço a minha mea culpa.

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publicado às 16:44

Acaba o Covid, começa a guerra

20.02.22

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Realmente, este pós covid é de mudanças abismais.

Já o disse e repito a constatação: acabamos bem pior da pandemia do que aquilo que começamos.

 

Nos últimos dias, muitos casos  de violência foram denunciados (desde vários casos de bullying, ajudados pelo abafamento cúmplice de direções escolares até à violência doméstica quer em casas anónimas com mais mulheres mortas, quer em programas de televisões).

 

Por outro lado, assistimos a um jogo perigoso na Ucrânia com mais uma guerra à vista na Europa. Não tenho memória de ver o continente em guerra (na da Bósnia era uma criança), mas sei que não leva a lado nenhum. Pelo contrário. Gera violência, destruição, pobreza e dor. Os mais fracos são os maiores perdedores.

 

Neste caso, assistimos a mais um motivo fútil. Existem bons motivos para haver guerra? Talvez... mas neste caso um sonho imperialista de Putin, com a cobertura da China. Até Bolsonaro dá o ar de sua graça ao viajar para a Rússia com vista a negociar ... fertilizantes para a agricultura brasileira, conhecida com o "celeiro do mundo".

 

Como em tudo na vida, há um preço. Se a Rússia tem o seu sonho do império soviético e o gás natural a favor, tem também uma dependência de importações dos parceiros europeus que a podem deixar em maus lençóis. Nesta pandemia e nos dias que correm, há algo que está a vir de cima - a especialização das economias e a dependência das importações trazem paralisações económicas e sociais quando os transportes falham ou quando o fornecedor dominante aumenta os preços. 

 

Veremos o que os próximos dias reserva.

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publicado às 16:26

Apontamentos - 16 Fevereiro

16.02.22

- A última cabritada

O canto do cisne do Minsitro Cabrita e do seu planeamento das eleições foi a incompetência (sem punição) dos votos da emigração e mais uma trapalhada que subverte todas as regras. Trata-se da eleição de um Primeiro Ministro de um país democrático! Estas situações impensáveis justificam a queda do país nor anking da transparência e de combate à corrupção. Votos anulados, regras pouco claras,d esorganização. Culpado? Nem vê-los...

 

- Penalizações para consumos mínimos de água

É mais uma daquelas que não lembram a ninguém. Então uma entidade monopolista de um bem público como água obriga a existência de um consumo mínimo de água senão aplica uma taxa? Onde andam os reguladores? Será que vai haver mudança de regras? Será que essas taxas vão ser devolvidas como ato de boa fé e reconhecimento do erro moral?

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publicado às 19:24

Já em 2017 houve o Wannacry

13.02.22

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Quando ouvi as notícias dos ataques informáticos, lembrei-me de um post que já tinha escrito há 4 anos atrás. Fui recuperá-lo hoje.

Foi sobre o Wannacry em 2017.

O Wannacry  foi um ataque informático a algumas empresas de telecomunicações que levou á sua paralisação.

Em 2018, tornou a ser notícia em Portugal a questão da proteção da informação com passwords - escrevi sobre isso aqui.

 

Passados três anos, escrevo novamente sobre o tema depois da Vodafone ter sido fortemente atacada ao ponto de afetar o país inteiro e serviços essenciais. Ao mesmo tempo, a Impresa, os Laboratórios Germano Sousa e a Cofina foram também alvo de ataque.

Os hackers, piratas dos novos tempos, ainda gozam do desconhecimento, impreparação e desleixo dos novos tempos.

Estamos cada vez mais expostos e não é por falta de aviso. 4 anos depois do Wannacry é tempo mais do que suficiente para as empresas se preparem para protegerem os seus ativos, os seus serviços e os dados dos clientes. Se há setor que me preocupa particularmente é o bancário porque mexe com dinheiro (dados muitos sensíveis) e já que pagamos comissões...

 

Hoje ficamos a saber que só existem 60 agentes policiais para investigarem crimes cibernéticos desde hacker às burlas no MBWay. 60 para 10 milhões de habitantes. Mais uma herança de 6 anos do Ministro Cabrita. Os resultados estão à vista.

Já que a casa roubada, espero que haja trancas à porta (que a maioria absoluta sirva para reforçar estas equipas). Mesmo ao nível das empresas, que haja reforço na proteção da informação.

Nós próprios também devemos ser mais vigilantes e ter antivírus no computador. Por acaso tenho esse cuidado - pago todos os anos a subscrição por vinte e poucos euros.

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publicado às 17:29

Meia furada

11.02.22

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Este ano estava à espera que o Pai Natal me presenteasse com umas meias de Inverno.

Daquelas grossitas de algodão que habitualmente se chamam de "desporto". São as que uso no dia a dia porque são transpiráveis, não causam bolha nem cheiram a cholé. Customo ir à Feira de Espinho, mas devido ao COVID foi suspensa no dia que podia ir. As meias da feira são "Made in Portugal", baratas e de boa qualidade.

 

Como precisava mesmo, resolvi procurar online.

A minha primeira escolha foi a conhecida marca italiana e soube que vão descontinuar as meias de desporto (as minhas favoritas). O meu número estava esgotado. 

Depois, deixei-me levar pelo Google. 

Apesar de termos imensas empresas têxteis, temos pouquíssimas marcas ou lojas online de meias. É inacreditável.

 

Bem, encontrada uma pequena lista de sites/lojas, esbarramos no segundo problema: os portes de envio. As poucas lojas que há, só oferecem portes acima de 25 a 50 €, ficando muitas vezes mais cara o frete do que o produto. Quando lemos a disponibilidade em lojas físicas, é inexistente (uma delas nem o click and collect tem - levantamento da compra nline na loja física).

 

Posto isto, acabei por ir ao outlet de Vila do Conde às multinacionais desportivas onde consegui reabastecer o meu stock.

 

Posto duas conclusões: 

i) as compras online para pequenas coisas não compensam porque os fretes encarecem o produto

ii) a falta de ambição dos nossos empresários leva a muita dificuldade em encontrar venda ao público e quando há, não é acessível ou apenas em feiras.

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publicado às 18:01

O regresso à normalidade

09.02.22

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Nas últimas semanas, o que tenho visto no meu círculo mais próximo de amigos e colegas têm sido muitos casos de covid, mas com sintomas e consequências muitos semelhantes às de um resfriado normal de apanhar no Inverno.

Aos poucos vai-se voltando à normalidade, sendo inegável o sucesso da vacina e da vacinação.

São duas coisas diferentes, que em Portugal resultou bem. Para o bem e para o mal somos bem mandados.

 

Espero que algumas restrições sejam levantadas, bem como que passe a moda dos testes.  Ainda não percebi bem a real utilidade nalgumas situações. Parece-me mais excesso de zelo...

 

Quanto à obrigatoriedade das máscaras, honestamente não me choca nada se continuarem preventivamente. Da minha sensibilidade, penso que até nos espirros, por exemplo, controla mais a propagação de vírus de constipação. 

 

Posto isto, e se não aparecer uma nova variante, oxalá continuemos o regresso à normalidade e que consigo reconstruir os cacos que os confinamentos nos deixaram.

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publicado às 12:00

Seca e o abate de pinheiros na mata de Maceda

05.02.22

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Este mês de Janeiro foi surpreendentemente quente. Já no ano Novo andávamos de manga curta, com muita gente a tomar o primeiro banho do ano porque o tempo assim o convidava.

E essa surpresa é uma má surpresa. 

Primeiro porque não respeita a ordem natural do clima, segundo porque está a colocar o país numa situação de seca com imagens atípicas das nossas barragens secas, terceiro porque são já várias disfunções climáticas num espaço muito curto de tempo e quarto porque são os reflexos do aquecimento global (fenómenos extremos climáticos com tendência para ficar mais quente). 

Ao longo do tempo está-se a confirmar.

Da parte política, a resposta que nos prometem é encarecer o preço da água. Será que vai reduzir o desperdício? Será que quando uma conduta rebenta e se liga para os serviços municipais estes irão ser mais rápidos na resposta e na reparação? Como sempre, vai afetar os mais pobres e as regiões mais desertificadas.

 

Por outro lado, estamos a assistir em Ovar a um abate massivo de pinheiros na mata de Maceda. Ainda não percebi o argumento, mas a CM Ovar desresponsabiliza-se. Se Salvador Malheiro tivesse tanta vontade em defender o ambiente como está nas tricas do PSD, talvez já se teria acabado com essa aberração.

Honestamente parece que às vezes em vez de se andar para um país mais verde, tomam-se decisões avulsas e há sempre alguém que ganha com estes atentados. Leio que vai ser para construir um campo de ténis, quando há um enorme complexo às moscas no concelho vizinho de Espinho.

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publicado às 11:49


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