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O JN lança o alerta que Portugal está a perder cada vez mais dadores de sangue. Não me admira.
Comecei a ser dador após a M-m ter exposto a situação da sua irmã. Tive que pesquisar e só consegui fazer uma doação a mais de 20 km de casa, nas férias, pois em horário laboral é impossível.
Mesmo ao fim de semana, por exemplo no distrito de Aveiro só há uma brigada a cobrir a parte acima de Aveiro que tanto pode estar em Espinho como em Vale de Cambra. Ou seja, há pouquíssimas brigadas e muito longe. Ao longo das últimas semanas, tenho constatado que ao sábado nunca estão nos grandes centros urbanos do norte do distrito.
Não basta lamentar, nem gastar rios de dinheiro em consultores e agências de comunicação. Sugiro sim ter mais mais centros de recolha, de análise e em horários compatíveis com a maioria dos trabalhadores.
No mesmo dia em que meio mundo discute a agressão (e banalização) num palco mundial como o dos Óscars, há mais coisas a acontecer:
- As relações familiares num governo de maioria absoluta saem reforçadas. Uma ministra e um secretário de Estado são irmãos.
- A dança da "cunha" manifesta-se nas autárquicas. os assessores de Fernando Medina ganham lugar noutras autarquias da Grande Lisboa. Eu nem digo que para consultoria, assessorias e amizades há sempre dinheiro.
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- Uma jovem de 17 anos foi esfaqueada numa escola pública pelo ex-namorado - violência no namoro, mulheres mortas - porque são ignoradas.
- Um grupo de 4 embriagados (cuja etnia não se pode escrever) espancou militares da GNR que os faziam cumprir a lei. Já há poucos dias aconteceu o mesmo no Hospital de Famalicão mas a enfermeiros.
- Um bate-boca infantil entre um deputado do Chega e o outro do BE na cerimónia da tomada de posse do novo parlamento com o microfone da RTP colocado à sua frente a demonstrarem porque não podem ser levados a sério. Parecia a escola primária.
- Nas urgências do Hospital S. João, recordes de assistência. mesmo após a pandemia (e as promessas de mais contratações, investimento, etc), a população continua com dificuldades em ter acesso aos serviços de saúde.
Este fim de semana, fui pela primeira vez a uma discoteca pós pandemia.
Pelos vistos já não é preciso máscara.
Como estava entre amigos, nem me chegou sono. Apesar de mais velhos, estão muito mais calejados que eu.
Ia bocejando, mas estava agradável e lá me aguentei/disfarcei .
Malta de todas as idades (receava que estivessem demasiados miúdos, mas os meus colegas já conheciam o espaço), músicas conhecidas, mas a certo ponto vieram as músicas brasileiras. Estavam uma miúdas perto de mim que sabiam as letras e coreografias todas. Eu sou sincero: não conhecia quase nenhuma música. Só os grandes hits da rádio. Deixei-me dançar pelo ritmo e lá tentei disfarçar.
Um dos maiores flagelos da nossa sociedade e que me choca é a violência doméstica. Esta violência pode ser de marido para esposa, esposa para marido, para com idosos, crianças ou nos casais homossexuais. Pode ser física, verbal ou psicológica.
Semanalmente chegam-nos relatos de mulheres mortas nas mãos de maridos violentos.
Está estudado que a violência doméstica atinge todas as idades (com a agravante de ser cada vez mais precoce entre os casais) e todos os estratos sociais.
Na semana passada, uma notícia prendeu a minha atenção. O ex-ministro foi condenado por violência sobre a sua mulher, uma conhecida apresentadora de TV.
Este foi um dos casos mais chocantes do atraso intelectual que ainda existe em Portugal até entre juízes, quando uma juíza que tratou o agressor por "Doutor" e a agredida pelo nome próprio "Bárbara". Em tempos também tivemos o juíz Neto de Moura com disparates num acórdão, validadas também uma colega juíza.
Também esta semana um conhecido assessor de imprensa do futebol nortenho foi detido por violência doméstica (não física) ficando com medidas de coação.
A violência deve ser combatida (e provada, porque há pessoas capazes de tudo) e não deve cair no esquecimento.
Este fim de semana foi o dia do Pai.
No sábado, fui com o meu buscar o kit da Corrida do dia seguinte a um Alameda Shopping. Algumas lojas fechadas e calmo como é habitual. Talvez seja dos centros comerciais com mais dificuldade em vingar, faltando ali claramente "lojas- âncora".
À vinda, paramos no horto para começar a operação Horta 2022.
Comprei 5 pés de curgete e tentei o tomate chucha mas já estava esgotado. Tinha pés de tomate maçã e coração de boi, mas como esses implicam algum engenho de estacamento optei por não trazer indo noutra altura. Trouxe também semente de salsa e coentros.
Estes 5 já estão na terra.
No domingo, fui à Corrida do dia do Pai. Ganhei um dorsal duplo ainda em 2020 (antes do covid), mas como a prova foi adiada deixaram-me usar este ano, no regresso. Ofereci o outro dorsal ao meu pai pelo simbolismo (ainda que comercial) da data.
Muita animação e pessoal. Correu tudo bem. Ao almoço, estava sintonizado no Porto Canal e o organizador queixava-se que havia menos afluência do que em edições anteriores, atribuindo as culpas ao covid.
Discordo dele.
As pessoas não aderem devido às restições. A maioria não está é disposta a pagar os preços elevados que as organizações pedem. Eu só fui porque era oferta de passatempo, senão não iria. A inscrição custaria 12 Euros logo na primeira fase. Se a isso somarmos as portagens e o transporte para quem não é de Matosinhos, é pesado. A vida está cara!
E continuo a defender que a t-shirt deveria ser opcional devendo haver preços diferentes.
Esta semana, fui a uma gelataria, pedi uma bola de gelado e à pergunta "copo ou bola", perguntei se poderia ser num copo de vidro pois iria consumir no estabelecimento.
Foi-me dito que teria de consumir mais, ao que respondi que era para lhes poupar o desperdício do copo de papel. Mas não.
Num altura em que se fala de aumento do preço das matérias primas, encarecimento do papel, poupança de recursos, sustentabilidade e economia circular, procuro pôr em prática os 3 "R"s mas nem todos estão para aí virados.
emA minha empresa deu flexibilidade aos colaboradores para adotarem um de três modelos: presencial, teletrabalho ou híbrido. Optei pelo híbrido.
O que seria uma medida de liberdade, acabou também por se revelar motivo de mau-estar entre as diferentes equipas. Uns colaboradores a puxarem pela normalização do ambiente presencial e outros que só vão ao escritório quando lhes convém serem vistos (e a pouparem nas deslocações mas com aumentos salariais semelhantes)... Adiante...
Quando achava que me tinha livrado do teletrabalho obrigatório, e já estava a ter um clima de normalização, eis que este aumento enorme dos custos com combustível nos está a fazer ponderar o nº de idas ao escritório por semana. Felizmente tenho a possibilidade de teletrabalho e posso ficar em casa, mas acho que vou ter de ficar mais vezes por opção.
Prefiro trabalhar no escritório porque a rede é mais rápida, por questões emocionais de sair fora das quatro paredes e por questões sociais: estar com os colegas e criar dinâmicas na equipa. De vez em quando sabe bem ficar por casa: não temos o desgaste das viagens e temos flexibilidade nos horários.
Esta inflação vai fazer com que fique mais vezes por casa porque daqui a pouco estaremos a pagar para trabalhar.
E quem não tem essa possibilidade? Sem aumentos salariais, ou mete baixa ou corta no resto, gerando-se a bola de neve.
No fim de semana, tinha referido que estava a pensar seriamente em retomar a horta da minha avó, que já tinha construído durante a pandemia.
Apesar da chuva, fui ver como ela estava. Pensei que já não tivesse nada, mas ainda se mantém os três alecrins que tinham vingado de uns galhos que espetei, as morangueiras, a hortelã e as couves. Da salsa, infelizmente não vingou nada. Queria apostar nos tomates e nas curgetes que correram bem no ano passado.
Aqui fica a foto panorâmica (as favas não são minhas) - há muito trabalho pela frente: limpar a terra das ervas daninhas
Ao pormenor
- Alecrins (muito viçosos e bonitos)
Uma das primeiras coisas que vou fazer esta ou na próxima semana é limpar esta hortelã, coitadinha, sufocada pelas ervas daninhas. As morangueiras, do ano passado, ainda têm flor.
Estas couves já estão espigadas.
Primeiro banho do ano de 2022 - mal imaginavamos o que aí vinha há semanas atrás
Estou muito preocupado com esta escalada absurda dos preços em tão poucas semanas. Começou na energia e nos combustíveis e vai chegar em dias aos alimentos. Segue-se uma bola de neve. Se os salários não subirem, as pessoas não têm dinheiro para consumo, gerando falências e desemprego. Hiperinflação sem crescimento económico vai gerar uma crise ENORME.
Já há empresas em lay-off e a guerra ainda começou há dias (nem "semanas" se pode falar).
Os preços dos combustíveis assumem valores incomportáveis (muita ganância, diga-se, das distribuidoras que aumentam mais do que o preço do petróleo) e os mais pobres e piores remunerados são os mais expostos. As desigualdades sociais, fome e criminalidade vão aumentar. Todos os investimentos seja de empresas, sejam os nossos, têm de ser muito prudentes dada a incerteza que se vive. Veremos o que faz o partido com maioria absoluta no poder.
Há uns meses fizemos um confinamento pelo covid, agora vamos fazer confinamento para não gastar em combustível.
Esta semana, já deve haver gente a ter de pagar para trabalhar. Com as medidas de Passos Coelho em encerrar linhas de comboio, greves constantes e uma fraquissima rede de transportes públicos, quem trabalha perto de casa pode ir a pé ou de bicicleta. Quem trabalha longe e ganha pouco, pode ter de recorrer aos "atestados médicos", sobrecarregando o Estado e porque acaba por ter mais poder de compra de baixa do que a trabalhar.
Com as preocupações que se ouvem lembrei-me outra vez da horta do quintal da minha avó. recuperei-a há dois anos no tempo do Covid. Com o abandono das restrições sanitárias, abandonei-a também. Não sei se não a terei de recuperar outra vez....
Neste fim de semana, participei na primeira corrida de 2022.
Costumo participar neste tipo de eventos que começam a voltar em grande força. Depois do abuso de preços nos primeiros meses pós covid, só agora com a "normalização" dos mesmos é que comecei a participar.
Assim, participei na São Silvestre de Espinho. Por ser perto, pelos factos dos meus colegas participarem, por participar nas atividades do grupo que organizou e pelo preço razoável.
Bom ambiente, muitas caras conhecidas dos meus treinos, boa organização e um espírito positivo.
De resto, estive a escrever poesia para um concurso da empresa para o Dia Mundial da Poesia e estive a planear uns dias fora na zona de Sintra onde irei este mês. Já agora, alguém tem sugestões nessa zona? Gostava muito de ir à Quinta da Regaleira.
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