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Melilla

27.06.22

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Vejo muitas virgens ofendidas a teclar com o faitdiver do momento: uma cantora que pegou na bandeira de Espanha no Rock in Rio. Muitas das partilhas das redes sociais são de pessoas que não viram o momento. Limitam-se a gerar e comentar seguindo as indicações extremistas e depreciativas de site de fake news.

 

Enquanto isto, em Melilla, aqui ao lado, aconteceu um massacre neste fim de semana.

37 mortos (oficiais), elevada violência, maus tratos e um massacre sobre muitos migrantes que tentaram passar a fronteira entre continentes, vítima de mafiosos que prometem o que não podem cumprir. Tiram o pouco que esta gente tem.

 

Curiosa, a empatia que as pessoas têm pelos refugiados ucranianos (vítimas de uma guerra que não pediram, muitos deles com formação superior e capital) e a falta dela pelos refugiados magrebinos (pobres e vítimas de extorsão).

 

Crimes destes não podem ser ignorados.

 

P.S.: Sobre o crime da pequena Jéssica, mais uma vez parece haver falhas do Estado. Claro que não se adivinha o futuro, porém é de uma crueldade muito chocante. Um horror.

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publicado às 22:03

A semana de 4 dias

22.06.22

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Em 2022, pós pandemia, com uma guerra a rebentar e o mercado de trabalho em ebulição (até ver...), discute-se a semana de trabalho de 4 dias.

 

Ora, um dos problemas em Portugal e que ajuda a justificar os baixos salários é a reduzida produtividade. Se se vai reduzir a semana de trabalho em mais um dia, corre-se o risco de ficarmos menos competitivos, os salários não aumentarem (e atenção que o salário mínimo está cada vez mais próximo do salario médio) e haver uma fuga das empresas melhor pagadoras para outras paragens.

 

Há quem defenda que ao reduzir-se o nº dias de trabalho se torne mais produtivo nos outros dias, tornando-se neutral o efeito. Honestamente não acredito. Pode acontecer nos primeiros 2 ou 3 meses, mas depois a motivação inicial esvai-se.

Já vi uma empresa a dar a tarde 6ª feira se o trabalhador ficasse mais uma hora nos outros dias.

 

Já que se fala em trabalho, o presidente (CEO) da Tesla criticou fortemente o teletrabalho. Não podia estar em mais desacordo.

Há de tudo: quem se dê bem com o teletrabalho e seja produtivo, como há quem preguice e não interaja.

Acredito que como em tudo na vida, no meio está a virtude. Felizmente, na minha empresa pude optar pelo regime flexível.

Estes dias um anónimo comentava aqui no blog que "Os trabalhadores que ficam em casa são os mais bem pagos em Portugal porque criam valor e tem skills muito procuradas." Não é verdade, mas presunção e água benta cada um toma a que quer.

Tem coisas boas e coisas más. Falo por experiência própria: o teletrabalho tem vantagens como a conveniência e a poupança de tempo e dinheiro. Tem desvantagens como a falta de socialização e quebra do ambiente de equipa (sobretudo para quem está a começar). 

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publicado às 14:02

Por Coimbra

20.06.22

Ganhei um passatempo no Instagram de uma corrida em ... Coimbra. É daquelas coisas que participamos, pois até parece perto.

Quando ganhamos, pensamos duas vezes se fizemos bem em concorrer. Hesitei até à véspera se haveria de fazer a viagem de carro. Além da distância, os combustíveis estão caros. Ainda procurei pelo comboio mas a CP estava de greve domingo de manhã e os autocarros partiam apenas do Porto onde não há estacionamento. Mas pronto, como era um evento diferente e não paguei nada, lá fui.

O Multisports durou dois dias, com triatlo, duatlo, aquabike e outros desportos no Rio Mondego, como a corrida. Quando vi os preços que estavam a praticar, percebi porque estavam a precisar de encher blocos de partidas e a oferecer passatempos...

Lá fui, cheguei a Coimbra, fui levantar o dorsal, onde ofereceram uma garrafa e um porta dorsais e fui dar uma volta ao Parque Verde do Mondego.

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Ainda não foi desta que vi o urso. Descobri mais tarde que está do outro lado da ponte.

Bom ambiente, mas a corrida começou às 11h. Ora estava um calor infernal. O percurso foi bonito e por zonas que não conhecia. Percorreu o Parque Verde, o Choupal e veio pela Zona Histórica. No fim, um belo repasto (só tinha visto nos trails) para a malta. A t-shirt da praxe não faltou, mas foi a primeira vez que vi ofereceram só aos finalistas na meta. Quem quisesse podia dar mais que uma volta, fazendo uma meia ou a maratona. Porém, correr na hora de maior calor não é saudável, nem havia necessidade disso.

Isto para dizer que um evento que poderia ter mais adesão perdeu-se no preço elevado e nas condições adversas a que sujeitou os participantes pela hora em que foi marcado.

Para completar, dizer que o Choupal pareceu-me muito bonito e agradável. Um dia que volte a Coimbra irei percorrê-lo (mas a caminhar ).

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publicado às 18:34

O SNS no pós covid

19.06.22

Nos últimos dias temos sido confrontados com problemas no SNS. Não são greves (agora que o PCP saiu do Governo os sindicatos acordaram), mas a falta de médicos e a contínua agressão a esses profissionais.

 

Mais do que em qualquer dos outros meses, a comunicação social está a dar amplo destaque ao caos que reina na Saúde. Entre falta de médicos, escalas mal feitas, uma coisa parece certa: uma enorme falta de planeamento, desorganização e muito desleixo.

Se na pandemia, todos elogiamos o desempenho dos lideres da saúde em Portugal, mesmo sabendo o custo que teve ao nível da desvalorização de outras doenças e da camuflagem de problemas crónicas, agora a bomba explodiu. Uma crise simultânea em vários hospitais.

Será que alguém já parou para pensar o que sente a família do bebé que morreu nas Caldas da Raínha? 

Haver problemas é normal, mas é preciso saber resolvê-los.

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publicado às 18:18

Caminhada Santa Rita (Valongo)

16.06.22

Quando vimos que iria haver uma caminhada à Santa Rita, em dia de feriado, nem hesitamos. Inscrevemo-nos logo. Seriam 25 km desde Seixezelo (VN Gaia) até Ermesinde. A maioria dos caminhantes não foi cumprir promessa, foi na desportiva.

Na véspera deixei tudo pronto: protector solar, roupa clara, colete refletor, mochila, água, meias de caminhada e o chapéu com abas.

06h30min e estavamos todos junto à Igreja de Seixezelo, ponto de encontro. Já se sentia quente na aurora do dia.

Começamos a pôr pés a caminho e seguimos pela EN 1 até Santo Ovído, passando pelos Carvalhos e pela Rechousa. Descemos a Avenida da República e cerca das 8h30m já tínhamos percorrido 10 km e paramos no Jardim do Morro para beber água, comer qualquer coisa e, claro, tirar fotos.

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A perspetiva da linha do Metro do lado de Gaia é muito sui generis

Atravessamos a ponte e já com o sol a brilhar deixamo-nos deliciar pelas vistas da Ponte D. Luís I.

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Fotos tiradas, seguimos pela Praça da Batalha, onde alguns colegas pararam para tomar café. Eu aproveitei para tirar mais umas fotos.

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Seguimos caminhada pela Rua Santa Catarina, Bonfim e prosseguimos pela Areosa onde faríamos a segunda paragem. Hidratar, comer qualquer coisa e seguir. O sol estava alto e muito quente. A partir daí foi seguir em frente e virar para Ermesinde. Por volta das 11h30 chegamos. 

Ir à igreja, descansar à sombra, comprar uns docinhos para trazer para casa e voltar no autocarro que o grupo alugou.

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publicado às 17:58

Coisas que me chateiam

07.06.22

Mais de dois anos depois, ainda se usa a desculpa da pandemia para justifcar falhas nos serviços de apoio ao cliente.

Que conveniente. 

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publicado às 21:40

As estatísticas incompletas

02.06.22

Há duas semanas, os meus pais apanharam covid. Tiveram os sintomas e fizeram o autoteste que deu positivo. Não contaram para as estatísticas porque do lado da Saúde 24 ninguém atendeu. O bicho passou com Bruffen e Benouron.

 

Apesar dos cuidados, 5ª feira chegou a minha vez. Primeiro uma dor de garganta e na 6ª feira febre ao fim do dia. Sábado engripado, Benouron e Bruffen. Na 2ªf já estava bem e já trabalhei (em teletrabalho naturalmente), embora com dor de garganta. Foram as primeiras a vir e as ultimas a ir. Consegui os códigos pela Saúde 24, seguindo as indicações do atendedor automático. Hoje, 5ª feira, já estou totalmente recuperado.

 

Entretanto também a minha avó começou a sentir moleza e falta de apetite. Fez o auto teste e ... positiva. Eficaz a vacina que não lhe deu sintomas quase nenhum. É a mais velha, mas a com mais defesas. A minha mãe tentou ligar para a Saúde 24, um enfermeiro reencaminhou para outro e depois ... 90 minutos de espera até que desligou.

Como os sintomas não agravaram não houve PCR, nem chamadas para 112.

 

Conclusão: 3 pessoas com COVID em casa, mas nenhuma rastreada pelo Saúde 24.  Nenhum entrou nas estatísticas.

Para as pessoas mais velhas, andar com emails, sms's, códigos e complicómetros não dá...

Se o Governo direciona as pessoas para a linha telefónica tem de lá colocar meios... 

 

Já dizia o Trump que a solução para baixar o nº de novos casos era não testar. O nosso Governo parece ter aprendido... a melhor forma de não ter más estatísticas é não ter meios de acompanhamento junto dos mais velhos.

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publicado às 20:59


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