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A casa dos espíritos de Isabel Allende

31.08.22

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Estas férias li "A casa dos espíritos" de Isabel Allende e que ótima escolha.

Já tinha este livro há vários anos aqui em casa, ainda do tempo em que as revistas/jornais distribuíam livros como brindes. Este é de 2008 e faz parte da Biblioteca Sábado. Ao fim de catorze anos, li-o e só me arrependo de não o ter lido antes.

Lançado em 1982, conta a evolução social de uma família abastada do Chile. A personagem principal é um latifundiário e relata os tempos feudais, a implementação do comunismo e respetiva ditadura de esquerda. Isabel Allende escreve pelo olho das diferentes personagens desde homens, mulheres, agricultores e jovens revolucionários.

As vinganças pessoais na ditadura, a violência doméstica transversal a todas as classes sociais e o movimento socialista nos campos são alguns dos temas abordados.

Surpreendeu-me ter sido escrito ainda nos anos 80 e por uma mulher. Sem dúvida, uma excelente obra que me prendeu na última semana.

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publicado às 17:15

Que tipo de turismo queremos?

28.08.22

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Este ano, tive que tirar férias em Agosto.

Apesar do bom tempo, a confusão e os preços levam-me a evitar este mês. Para fazer o "off" e porque gosto/valorizo passear, optei por ficar em Portugal dado os problemas nos aeroportos. 

 

Fiquei horrorizado com os preços que a nossa hotelaria está a praticar. A maioria dos hotéis na terceira semana de Agosto pedia mais de 200 € por noite só com pequeno almoço. Num hotel, uma noite que em Julho/21 custava 72 €, este ano em Agosto custava 207 €. O hotel é o mesmo e os custos por hospede são (quase) os mesmos. Até nos apartamentos que vi no OLX, os preços dispararam face ao ano anterior.

Mesmo no Interior, os valores rondam os do Algarve. Oiço os empresários contentes com a ocupação e receitas. Como potencial cliente, fico triste. Sendo o salário mínimo português de 700 €, 200 € só para dormir uma noite é absurdo. A isto, temos de juntar combustível, portagens e as refeições, no mínimo.

 

Que tipo de turismo queremos em Portugal?

 

Quando foi a pandemia, os empresários apelaram aos portugueses para passar férias em Portugal. O povo acedeu e os hotéis do Interior registaram taxas de ocupação nunca ocupadas antes.

Os preços praticados em 2022, com  famoso aumento do "preço por estadia" arrisca tornar o país exclusivo para estrangeiros e para ricos. O português de classe baixa e de classe média é escorraçado. É tão seletivo que quando há problemas (covid, incêndios, ...) lá vêm chorar e pedir a mão aos nacionais.

Se estes preços elevadíssimos significassem melhores salários e melhores condições de trabalho, ainda havia uma distribuição de riqueza. Mas não, este fica concentrado nos empresários e nos donos/gerentes das cadeias. E atenção que a qualidade geral dos nossos hotéis são das melhores da Europa. Se acho que se deve pagar a qualidade? sim acho, mas não acho os preços praticados justos nem adequados.

 

Ao sermos enxotados, o que nos resta? Ajustar/reduzir datas, pesquisar as melhores opções, ir de férias para o estrangeiro porque fica mais barato (mesmo com "TI") ou alugar estadias não declaradas onde reina a fraude e as burlas.

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publicado às 16:55

Último olhar de Miguel Sousa Tavares

16.08.22

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Este foi o primeiro livro que li de Miguel Sousa Tavares: Último olhar.

Um livro contemporâneo, de leitura fácil que (já) cria histórias com o covid.

Desenvolve e descreve o relato de um sobrevivente à Guerra Civil espanhola, o que passou num campo de concentração nazi, mas que não resiste ao covid, sendo infectado no lar de idosos onde vive. Envolve também uma jovem médica, que insatisfeita com o seu casamento monótono, trai o marido com outro médico italiano, que conheceu num congresso.

 

A leitura é rolante, interessante, mas achei demasiado previsível e repleta de clichés dos livros de hoje em dia. 

Já há muitos livros no mercado a relatar o horror nazi nos campos de concentração e este é mais um, claro, que acaba em bem. Em vez de ser judeu, é comunista em Espanha. Por outro lado, e outro clichê previsível é o erotismo descrito a uma massagem tantrica com algumas páginas dedicadas ao tema. A novidade é a introdução do tema covid na narrativa.

Gostei, mas esperava mais criatividade de MST. 

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publicado às 15:53

As estimativas da conta do gás

14.08.22

Este mês, esqueci-me de enviar a contagem do gás e notei logo na fatura.

Não sei porque as empresas não usam a média do cliente, em vez do critério seja ele qual for, que usam.

Paguei 3 vezes mais gás que o habitual devido a estas estimativas que no meu caso são sempre por excesso.

 

Por falar nisso, as empresas de energia apresentaram lucros bastante elevados, numa altura em que a população anda sobrecarregada com a inflação gerada precisamente pelos valores precisamente da energia e combustíveis. Notaram-se aumentos nos combustíveis superiores ao aumento do preço do petróleo e descidas inferiores quando o mesmo diminuiu. Justificam que é para as margens da distribuição. Nota-se ...

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publicado às 21:46

Apurar a verdade

12.08.22

O nosso país tem uma particularidade curiosa: tal como a localização geográfica, somos sempre os últimos, seja nos rankings, seja a ter a crise do covid, seja nos escândalos sexuais da Igreja Católica.

.

Crimes muito graves de pedofilia e abusos sexuais são frequentemente denunciados. As vítimas são pessoas frágeis e os padres que denunciam os casos, além de verem os crimes abafados, ainda são perseguidos.Agora, que os casos chegaram às televisões, a estrutura abala e são denunciadas mais situações. É sempre assim em tudo na vida: anda tudo em silêncio e quando surge uma queixa, surgem logo várias de uma vez-

 

Não se pode com isto fazer generalizações que todos os padres são pedófilos. São temas delicados, sobretudo para as vítimas. São temas onde o poder é abalado e bem se viu como "arrumaram" quem fez denúncias. A verdade deve ser apurada, investigada e punir quem cometeu crime e quem foi cúmplice, seja com silêncio, seja na execução.

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publicado às 21:26

O que não aprendemos com os gastos do Euro 2004

10.08.22

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Lisboa vai acolher daqui a um ano e por 5 dias as Jornadas Mundiais Juventudes da Igreja Católica. 

 

Um grande evento para o país e com altas expetativas. Portugal tem acolhido grandes eventos e tem corrido sempre tudo bem desde a organização à segurança. Além da dinâmica económica que vai trazer à região, o país vai sair beneficiado e bem que precisamos destes eventos. Nem que seja para aumentar a nossa autoestima.

 

Estas jornadas vão implicar alguns investimentos, nomeadamente infraestruturas e vão deixar com a (boa) herança, espera-se, na reabilitação da zona norte da Ponte Vasco da Gama. Serão em parte pago pela receita fiscal adicional, desde mais IVA do consumo em hotéis, restaurantes, táxis, etc (embora muitos devam fugir porque não vai ser pedida fatura com NIF), a mais IRS (por força das horas extra que terão necessárias - as que forem declaradas, claro) a mais taxa turística.

 

O problema reside, como sempre em Portugal, na opacidade e falta de cálculo dos custos totais do eventos.

Ninguém sabe ou quer declarar o que vai custar para o erário público. 

 

Os ajustes diretos já foram aprovados e ... como é habitual deve haver derrapagens (ainda hoje, 20 anos depois, há litígios dos estádios do Euro 2004).

É esta desorganização, incoerência e falta de transparência que teima em estar sempre a acontecer no nosso país e em particular em obras públicas. Primeiro ganha-se o projeto e depois se pensa nos custos ...

Não vale a pena vir apelar ao voto no dia das eleições, se depois a classe política falta neste compromisso com a população.

 

Já agora tenho mais dúvidas se as horas extras que vão ser necessárias nos vários setores de atividade vão ser pagos em proporção do aumento da receita. Não me parece.

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publicado às 21:04

Turistando por Braga

07.08.22

Já não ia a Braga há muitos anos. Aproveitei um destes sábados, combinei com a Maria Araújo e fui turistar pela cidade. 

Optei por ir de comboio. A estação fica muito central, junto da zona histórica, onde se concentram mais monumentos e pontos de interesse.

 

Subindo a rua da estação, encontramos logo o Campo das Hortas com o seu icónico chafariz. Aqui temos um dos quiosques clássicos, cada vez menos usuais nas nossas cidades.

Olhando em frente vemos de imediato o Arco da Porta Nova.

Diz a História que esta arco na entrada da cidade nunca teve porta, daí a expressão que quando alguém deixa a porta aberta, diz-se que "é de Braga". A rua pedonal que começa no arco é bastante central e com muito comércio. Um desvio à esquerda leva-nos à Câmara Municipal.

Câmara de Braga.jpg

Virando à direita, chegamos ao sítio mais fotogénico de Braga: o Jardim de Santa Bárbara.

Impecavelmente tratado, completamente florido, foi paragem para umas fotos.

Jardim Sta Barbara0.jpg

Dali fizemos uma pausa para um café e uma vista de olhos na Feira do Livro que decorria na cidade. Num ápice, damos com a secular Sé de Braga. Costumo usar muitas vezes a expressão "mais velho que a Sé de Braga". 

A entrada infelizmente é paga, mas se a pessoa disser que é moradora na cidade já não paga.

Diz-se que Braga é um shopping a céu aberto. Muito comércio de rua desde multinacionais ao comércio tradicional. Uma cidade muito dinâmica com muito para ver e comprar. Calcorreando a zona histórica, chegamos à Arcada e à Avenida da Liberdade.

Arcada.jpg

Muitas pessoas na rua a passear, às compras e a visitar. Paramos junto ao Theatro Circo. Entre as ruelas, vemos igrejas a cada canto até chegar ao Largo Carlos Amarante com um hotel instalado num convento recuperado no fundo das letras da moda com o nome da cidade. Porque está na moda e para nos lembrarmos, com as cores da Ucrânia.

Vila Galé Braga.jpg

A visita não ficaria completa sem irmos à Sameiro e ao Bom Jesus que dispensam apresentações.

No Sameiro, encontramos uma concentração de lambretas. Não conhecia de toda a basílica. Tem um espaço externo enorme muito versátil.

Sameiro.jpg

O Bom Jesus não fica atrás com a sua enorme escadaria. Os seus jardins são lindissimos.

Bom Jesus.jpg

Bom Jesus2.jpg

Por fim o almoço e uma "frigideiras" típicas da cidade para o lanche.

Muito obrigado à Maria pela visita guiada. 

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publicado às 20:56


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