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2022 talvez tenha sido o ano onde tive mais falta de vontade de escrever no blog.
Poder-me-ia desculpar com a falta de tempo, mas não seria totalmente verdadeiro. Se é verdade que com o levantamento das restrições do covid e regresso à normalidade, o tempo passado no computador foi menos, também houve outro fator para me ter afastado deste espaço.
Tenho notado a existência de algumas pessoas que, ora assinando, ora em anónimo, vêm cá comentar apenas para criticar. Não têm opinião sobre nada, nem acrescentam valor. Não me conhecem de lado nenhum.
Lêem um post, criam uma ideia e volta e meia lançam o seu fel. Palavras como "você põe-se a jeito" ou "você que se diz inteligente " ou "você não é livre de fazer no seu blog o que entender" acabam por tornar um hobby numa guerra suja de comentários de redes sociais.
Chegam ao cúmulo de responder a outros comentários apenas para desvalorizar.
Não quero isso nem preciso deste bullying na minha vida.
Para 2023, quero voltar a escrever com assiduidade, mas vou fazer uma coisa que nunca pensei fazer: moderar os comentários. Podem-me acusar de fraco, de excesso de sensibilidade, mas sendo o "meu" blog, ainda tenho essa possibilidade.
Durante o Mundial, foi divulgado um vídeo intimo de um jogador português nas redes sociais.
O jogador em causa tem 21 anos. Já é adulto, informado e sabe dos riscos que têm esse tipo de filmagens. Cometeu um erro de imprudência, mas nenhum crime. A receptora, mal intencionada, aproveitou-se do apogeu do jogador e partilhou a sua intimidade nas redes sociais. Uma partilha certamente não consentida. A situação foi abafada e bem. Mas há quem goste de mexer no podre e alimentar-se dele, tal com os abutres.
Nas minhas stories do Facebook, apareceu-me esta story patrocinada (ou seja o anunciante "CM TV" pagou ao Facebook):
Um grupo de media cotada na Bolsa portuguesa, a pagar para promover uma "notícia" que fere a vida privada de uma pessoa, ainda por cima figura pública.
Se isto nem sequer devia ser notícia, nem partilhado, muito menos ser "patrocinado".
É obsceno este aproveitamento, quer do jornal, quer da rede social.
Há limites do bom senso!
Com esta foto vos desejo umas boas festas, muita saúde e muita energia positiva!
Acabo de entrar no Sapo Blogs e aparece-me uma anúncio de uma empresa de telecomunicações a pedir donativos com o slogan "Não esquecemos os direitos humanos". Se fosse só o dinheiro a fazê-los respeitar...
Diariamente nos chegam relatos de maus tratos a idosos em lares "de horrores", cada vez mais e sem punição à altura.
Diariamente nos chegam relatos de escravatura nos campos alentejanos, com a hipocrisia total das entidades competentes que fazem de conta que nada se passa (inclusivé o Presidente da rRpública)
Diariamente nos chegam relatos da Ucrânia de atrocidades, miséria de valores e ética e crimes de guerra, sem que nada possamos fazer.
Diariamente nos chegam imagens do Catar onde as minorias não são respeitadas nem à liberdade sexual.
Diariamente nos chegam relatos do Irão (extensíveis a outros países onde não há protestos), onde as mulheres são desrespeitadas em toda a sua natureza.
Diariamente nos chegam mensagens e comentários nas redes sociais insultuosos, racistas e maldosos.
Diariamente nos chegam experiências de pessoas em horas em fila de espera nos hospitais portugueses, só para serem vistas por um médico.
Preferia trocar esse peditório, por uma melhoria dos valores que regem algumas partes da sociedade. Porém, estou consciente que este desabafo não passa de um exercício platónico. E se todos o fizéssemos, não viveríamos melhor?
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