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Leituras: Eliete de Dulce Maria Cardoso

14.02.23

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Por mero acaso, comentei uma foto do Jogos de Raiva do Rodrigo Guedes Carvalho, onde referia que era um dos melhores livros que tinha lido ultimamente e que retratava a sociedade portuguesa da década de 20 dos anos 2000.

Sugeriram-me este livro, como sendo também marcante.

 

Não conhecia a autora, mas identifico-me mais quando são narrativas em Portugal, com a nossa cultura. A simplicidade da história cativa.

A personagem principal, Eliete, é uma mulher com 40 anos com uma vida rotineira, agente mobiliária em Cascais, com as filhas crescidas, um marido caseiro que gasta de caçar pokemons e um perfil do Facebook onde se entretem.

Escreve sem pudores da inveja que tem das melhores vendedoras da sua agência, escreve sem pudores que aparenta uma família feliz nas redes sociais para marcar pontos na agenda social e descreve sem pudores que vai ao Tinder engatar homens casados para contornar a rotina da sua vida sexual com sexual.

Ao introduzir estes temas tão contemporâneos, ou melhor anos 2015-2019 com personagens tão banais, que facilmente identificamos alguém conhecido, torna o livro muito curioso.

No livro, houve outra coisa que me tocou: relação entre avó e neta. Vemos o desprezo da mãe da personagem que abandona a sua mãe com Alzeimer, a dificuldade da neta em cuidar e trazer a sua avó para casa e o dilema de lhe escolher um "bom" lar.

Se acho o livro brilhante. não acho. Se cria suspense, também não. Se é excitante, não, mas é uma escrita simples, portuguesa e um retrato da influência das redes sociais na vida das pessoas comuns.

 

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publicado às 22:13

Judite

11.02.23

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Este fim de semana, cruzei-me com a entrevista de Judite de Sousa.

Não sou apreciador do tipo de programas em causa. Acho que as pessoas já lá vão com o intuito de chorarem e comoverem os espetadores. São raros os convidados que não falam de mortes de pessoas próximas, numa espécie de interesse comum. O entrevistador quer ter histórias comoventes para captar audiências e o entrevistado presta-se ao papel do coitadinho para ganhar a empatia do público.

Porém, no caso da Judite de Sousa, acho que foi um pouco diferente.

Vi uma mulher frágil, mas bastante consciente da situação em que está. Tão consciente que não escapou a nenhuma polémica falando no programa líder de audiências, escolhendo alvos cirúrgicos nas suas críticas. 

 

Mas vamos ao que interessa.

Não sou pai, não consigo imaginar a dor de perder um filho único de uma pessoa divorciada. Que sentido tem a vida depois disto? Onde se buscam forças para seguir em frente e o que é o seguir em frente? A forma como cada um vê se renova é muito diferente. Há pessoas que fecham a nuvem da dor, outras procuram dar novo sentido à vida. 

Espero que encontre o equílibrio que lhe falta, que saia da solidão, negrume e resignação e que nunca nenhum de nós nunca se encontre nessa situação.

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publicado às 20:41

Raspadinha: apostei 1 Euro e ganhei 1 Euro

06.02.23

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escrevi sobre o tema em 2016 e passados sete anos tive exatamente o mesmo sentimento.

 

Esta semana, enquanto ia ao ginásio (a pé), passei por uma tabacaria com raspadinhas. Confiante, comprei uma de 1 Euro. Raspei e saiu-me prémio ... 1 Euro.

Continuo com a mesma frustração e sem perceber qual é a piada de ganhar exatamente o que apostei... 

 

Tal como em 2016 e depois de ouvir uma manhosices sobre a sequências das raspadinhas premiadas na Casa dos Segredos (nunca mais me esqueci), preferi ter o euro de volta.

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publicado às 17:23

A perpetuação do preconceito

04.02.23

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Nos últimos dias cruzei-me com duas stories patrocinadas no Instagram que não gostei e explico porquê.

 

A primeira era de um shopping que publicitava uma marca de calças ganga portuguesa com loja nas suas instalações. A modelo correspondia a todos os estereótipos: loira, alta muito magra, com o rabo empinado virado para a foto.

A segunda era um do ginásio que convidava o utilizador a juntar-se à "tribo". O modelo de meia idade (vá lá!) correspondia aos estereótipos: morenaço e todo musculado.

 

Não gostei do facto de ambos os anúncios nos apresentarem, como perfeitos, corpos que não representam o português comum e nem o 100% saudável nem recomendável.

 

No caso das modelos, visto por muitas jovens o passaporte para a fama e para as novelas, quantas vezes vemos denúncias de pessoas que sofreram bulímia, anorexia e complexos por não atingirem o que consideram corpos perfeitos? Quantas têm uma alimentação pouco saudável para não engordar? Passam por privações alimentares? A marca portuguesa e shopping poderiam ter escolhido alguém mais "comum" e não tão magro.

 

No caso do ginásio, para atingir os corpos musculados, vemos (por ex. nas redes sociais) muitas pessoas a tomar e a promover empresas de suplementos cuja eficácia e necessidade é muito questionável. A maioria das pessoas que vai para os ginásios não ambiciona ser "musculada" nem o objetivo dos ginásios deveria ser para musculados. Deveria ser antes para atrair mais pessoas para o exercício físico e uma melhor saúde (aliás esse é o argumento para chorarem por apoios e incentivos fiscais - Portugal tem das taxas mais baixas da União Europeia de praticantes de desporto e estes anúncios contribuem precisamente para essa desmotivação).

 

As empresas são livres de escolherem quem quiserem, bem como eu também sou livre de não me identificar com as mensagens.

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publicado às 18:52

Arrepiar caminho

02.02.23

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Hoje acabei de poupar 70 €/ano.

Fui fechar a conta no segundo banco onde tenho aberta. Venceu-se um depósito a prazo antigo, zerei e resolvi fechar a mesma. 

Os juros mal cobriam as comissões (que aumentarão +10 € em 2023) e por isso agora só tenho conta num banco.

 

Já não ia ao balcão há algum tempo. Agora, tem uma rececionista à porta onde regista a nossa entrada. Disse ao que vinha, pediu-me o NIF e para aguardar nuns sofás todos bonitinhos. Talvez pelo assunto ser o encerramento de conta, esperei, esperei e esperei. Não chamavam o meu nome. Com o balcão quase vazio, ao fim de 30 minutos (na minha hora de almoço), reclamei.

O colega que estava ao lado chamou-me logo e ali na receção (sem qualquer isolamento) em 5 minutos encerrou a conta. Fiquei sem perceber porque não me atendeu antes se estava livre ... Quer dizer até percebo.  Quando concluiu comigo, outra senhora também reclamou e também estava para encerrar a conta. Só hoje foram dois...

 

Não sendo a conta do dia-a-dia, com as comissões é apenas para perder dinheiro.

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publicado às 18:33


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