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Venham mais pipocas! A novela TAP tem um episódio novo a cada que passa. Um pior que o outro.
Se isto não fosse tão grave, mexendo com tanto poder e dinheiro, até dava vontade de rir.
No meio disto, houve mais uma política a assumir a sua homossexualidade. Mais uma pessoa, que sentiu a necessidade de o assumir publicamente por se sentir perseguida. A própria imprensa deu eco dessa revelação, como se isso fosse notícia. Pior, foi a própria estação de TV a ter uma notícia no site com o título e rótulo à pessoa em causa (a mesma estação que fez um notícia de si própria quando promoveu um jovem negro a pivot de noticiários)...
Jamais deveríamos avaliar um político, seja de que partido for, pela sua orientação sexual. ninguém tem nada a haver com isso. As pessoas são livres de estar com quem querem.
Vem isto na sequência do tema da imagem. É exatamente a mesma coisa. Tudo está errado, quando se julga uma pessoa pelos kg's que pesa ou pela flacidez dos braços.
Em vez de avaliarmos pelas suas ideias, ações governativas, projectos de lei, andamos a perder tempo a comentar se é hetero, homo ou bissexual...
Ainda somos um país de brancos costumes e pensamentos.
6ª feira santa, dia de "Junta-te à seita e vem treinar à Freita".
Assim foi, pelo segundo ano consecutivo, em que fomos dar uma corrinhada pelas lindas paisagens da Serra da Freita.
O ponto de encontro foi junto à Praia Fluvial de Albergaria da Serra, mesmo junto à majestosa Frecha da Mizarela.
O espaço estava verdejante com a Primavera a dar-lhe o colorido especial. Uma praia muito catita, ótima para fazer piqueiniques e dar um mergulho em águas cristalinas.
Começamos em direção à aldeia, com o seu coreto amarelo e os habitantes a dar os bons dias.
De lá fomos pelas Pedras Broeiras em direção às torres eólicas. A Serra da Freita caracteriza-se pelo seu piso árido e pela vegetação rasteira.
Pouco depois chegamos ao Miradouro do Destrelo da Malhada. Claro, sítio para parar, tirar fotos e ajuntar. Seguimos, depois em direção ao próximo miradouro, o de São Pedro Velho. Também acessível de carro, tem de subir as escadas em caracol. A vista é bonita.
Descemos em direção ao Parque de Campismo do Mejural, icónico desta Serra. Daí, visitamos a aldeia do Mejural. Bonita, pintada com cores primaveris.
Subimos em direção à Frecha da Mizarela com mais um miradouro.
Voltamos à praia fluvial, com as cabrinhas dos habitantes locais a fazerem companhia.
Pela natureza do evento, o percurso foi fácil e acessível.
Desde o início que não tenho confiança nesta medida do IVA zero.
Primeiro, porque são meros centimos, segundo porque nem todos vão baixar e terceiro porque já há muitas denúnicas de supermercados que aumentaram os preços nas últimas semanas porque não o vão poder aumentar nas próximas.
Ou seja, tal como em Espanha, não vai dar em nada.
Vamos continuar a pagar o mesmo com este aumento prévio.
Há coisas que me deixam chocados.
Cada um pode escrever o que quiser, como eu sou livre de discordar.
A economista Susana Peralta, raínha das avenças do comentário televisivo, propôs uma ideia espetacular.
Vamos nacionalizar as heranças privadas com mais um imposto (já se paga pouco 0.8% de Imposto de Selo atualmente, 10% se legitimários...).
Ou seja, quem trabalha uma vida inteira e faz sacríicios para deixar alguma coisa e património aos seus descendentes vai ter de entregar uma parte ao Estado porque sim.
Defende a raínha que é uma forma de acabar com as desigualdades. Acho precisamente o contrário. É limitar ainda mais, num país pobre como Portugal, alguém de de subir na escala do poder económico e ter património.
Já não basta a elevadíssima e penalizadora carga fiscal em IRS sobre quem ganha mais e tem aumentos salariais, tornando-nos mais pobres, como ainda depois de mortos nos quer tributar. Caso a Susana Peralta não saiba, já há o IMI que tributa a propriedade das pessoas.
Adicionalmente, é algo cultural em Portugal: as heranças dos mais velhos passarem para os filhos como forma de lhes assegurar o futuro. Seja, muito, seja pouco.
Talvez para uma pessoa que mais ganhou com o COVID em honorários, isso possa fazer sentido. Para mim, não faz.
O que se tem visto e ouvido nas audições da TAP é chocante.
Impacta a forma promiscua como as empresas públicas se confundem com a política.
Onde o interesse comum é sobreposto pelos lobbies, tricas, mexericos e partidos. Bem revelador de como país funciona e do que nunca deveria acontecer.
O povo paga e continuará a pagar com os seus impostos.
Porém, acredito que a TAP não seja a exceção e seja transversal aos vários partidos que estão no poder, seja no Governo, seja nas Autarquias, Juntas de Freguesia, cooperativas ...
Enquanto se desbaratam milhões na TAP, a saúde continua com muitos problemas. Relatos chocantes no Hospital do Algarve de terem de ser os familiares dos doentes a terem de trocar fraldas a vários idosos nas macas da urgência perante a “notória falta de assistência.
Após 5 anos de PS no poder, para que país estamos a caminhar? Onde anda o PSD? Chateia-me ainda mais a incapacidade de Luís Montenegro, que está a corresponder às expetativas residuais que tinha.
Ao mesmo tempo, continuamos afogados numa especulação inflacionista, com partilhas recorrentes de situações manhosas da grande distribuição para fazer o consumidor pagar mais, enganando-o. A maior parte delas é confirmada pelos sites de "fast-check" que se limitam a ir questionar os supermercados em vez de ir ao terreno comprovar se é verdade ou se é mentira. Infelizmente, é comum às várias cadeias. As rendas continuam em valores inacessíveis. Os comboios não funcionam por greves sistemáticas.
Tenho muito receio se caso o desemprego começa a aumentar, do que vai acontecer ao nível social, sendo uma coisa certa: os extremos são o pior que pode acontecer. Palavras de ordem como tenho lido em manifestações e agressões anárquicas à polícia podem ter consequências desastrosas.
Que futuro espera o país?
O tema desta semana foi o preconceito contra o excesso de peso e a ditadura da imagem.
Já por várias vezes critiquei a forma como os media e a publicidade discriminam e perpetuam a obsessão do corpo "perfeito". Por isso estou à vontade para voltar ao tema.
- Maio 2021 - critiquei o texto de uma novela da TVI em que zombava com os "gordos" a troco da gargalhada fácil. A forma acrítica como foi interpretada pelas atrizes e o despudor dos autores em menorizar os outros.
- Abril 2021 - critiquei o cantor Diogo Piçarra por se ter sujeito a um "tratamento" atroz de perda de peso para ... ser capa de uma revista masculina. O ridiculo chegou ao ponto da própria esposa se vir queixar em público da performance sexual do marido dado o seu estado de exaustão física.
- Fevereiro 2023 - critiquei a escolha dos modelos pela marca Salsa e respetiva publicitação do shopping Alameda, bem como o modelo escolhido pelo Fitness Hut na promoção dos seus serviços. A marca de roupa portuguesa por alguém extremamente magro e o ginásio português por alguém demasiado musculado.
Esta semana foi um cronista já reformado, com um discurso preconceituoso e discriminatório a criticar o peso de uma apresentadora (já nem vou pela questão de não ter referido nenhum apresentador masculino). Esta ideia de corpos perfeitos, de que só quem é magro é que é bom não significa nem mais saúde e muito menos mais auto estima. São estes discursos e crónicas que levam a que as pessoas se sintam infelizes, frustradas e distúrbios como a anorexia.
Não posso deixar de criticar ainda duas coisas:
- mesmo depois da visada se ter sentido ofendida, o cronista não pediu desculpa. Mostra falta de humildade, conservadorismo e teimosia. Sou defensor do respeito pelos mais velhos e que idade não significa inutilidade. Ter espaços de opinião para vir com discursos do tempo da "outra senhora", ofender pessoas e nem sequer reconhecer os erros não é bom. Ainda há tempos, houve uma situação semelhante com um discurso machista de José António Saraiva contra a seleção de futebol feminino.
- A perseguição vil, doentia e maldosa do Correio da Manhã durante toda a semana à apresentadora. O mesmo jornal que paga ao Facebook para "patrocinar" notícias invasivas de um jogador de futebol que viu a sua privada e sexual devassada por uma ex-namorada.
Uma falta de respeito enorme pelos outros!
Esta 6ª feira, fui sair com os meus amigos. Fomos jantar e depois à discoteca.
À saída, surpreendeu-me o modo "profissional" com que o pagamento era feito: em computador, com fatura, com multibanco e com contribuinte. Fiquei admirado!
Reparei no IVA aplicado. Então cobraram-me:
- 6% de IVA pela entrada
- 13% de IVA pela bebida (água)
Fiquei chocado, então temos alimentos a 23%, temos protetores solares a 23%, a água, um alimento vital a 13% e uma entrada para a discoteca é a ... 6% ?!
PS: Alguém sabe porque é que os homens pagam mais que as mulheres na diversão noturna? Já não é o primeiro nem segundo que vou que isso acontece.
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