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Na semana passada, no trabalho, tive uns colegas estrangeiros e chefias que vieram a Portugal. Tivemos que fazer as refeições com eles.
Fomos desde um hipermercado até restaurantes de topo no Porto, passando pelo "menu do dia" e pelo shopping. No fim, há sempre aquela curiosidade em saber se gostaram do país e como o vêm. Naturalmente que não esperamos que digam críticas aos nativos, mas ... também gostamos de saber o que valorizam.
-clima
-segurança
-boa comida
-bons preços
Adoram vir ao país. É claro que os preços "bons" estão adequados aos salários "baixos".
Uma coisa é visitar, outra são as condições de vida com os salários praticados.
PS: Pediram à minha equipa para escolher um bom restaurante no Porto para irmos todos juntos. São aqueles restaurante "trend" onde por minha iniciativa, nunca iria por ser desajustado em termos de preço e só vou em contexto de trabalho (valorizo outras coisas, como sabem).
Na marcação, pediram os dados do cartão de crédito com um valor mínimo de 35 €/pessoa. Honestamente acho bem criar este compromisso no cliente.
Depois do jantar, no talão conta uma sugestão de gorjeta e logo 6% (nem sequer era arredondamento). Já não basta ser um restaurante com preços elevados ainda querem ir buscar mais aos turistas seguindo a cultura de outros países. Espero que a moda não pegue, porque quando dou gorjeta é porque quero e não porque sou "obrigado" e muito menos com um valor pré estabelecido. E atenção que estou a falar de um restaurante onde os preços são muito elevados e dá margem e mais que margem para pagar bons salários. Não fui eu quem pagou, mas ... era menino para pedir para tirar essa linha. Não gosto desses abusos.
Há um ano - Agosto de 2022 - escrevi a minha opinião sobre o que achava do evento.
Um ano depois, mantenho a minha opinião. Será bom para o país, deixará uma boa herança em termos de infraestruturas e reabilitação da Zona Norte de Lisboa, mas a opacidade dos contratos públicos característica do nosso país constitui uma neblina.
Hoje, o JN na edição impressa, traz um estudo sobre os jovens. Curiosamente ou não, incluo-me na maioria das respostas.
Sobre o evento em si, não vou participar, nem me interessa particularmente, embora reconheça a sua importância para o país.
Em termos de problemas que enfrentamos, é unânime a instabilidade financeira e a habitação, embora achemos que Portugal é um bom país viver (só 17% acha que não). Como alguém diz, pobres mas felizes. Um país calmo, seguro, bom clima onde se vai vivendo. Metade dos inquiridos considera a possibilidade de emigrar e a importância das contribuições para a Segurança Social.
Em termos de participação cívica, também me incluo na maioria - não estou partidarizado e muito menos sindicalizado.
Sobre temas fraturantes, mostramo-nos liberais e progressistas: concordância com o aborto e casamento do mesmo sexo (pelo menos nesta sondagem).
Sobre hábitos, o Instagram detonou o Facebook do top das redes sociais (também tenho feito esta mudança progressiva) e o twitter é residual (confesso que é uma rede social que me assusta sempre que lá entro pela agressividade e insultos gratuitos que por lá se escrevem). As redes sociais ocupam 75% do tempos nos ecrãs e ... 65% diz que recicla. Não sei se é bem assim esta parte, mas vamos acreditar que sim.
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