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Há temas que escrevo várias vezes porque me incomodam. Normalizar e ficar em silêncio é perpetuar a negligência.
Hoje acordei com a notícia de mais uma mulher morta às mãos do marido e um lar ilegal encerrado por maus tratos. Contava a reportagem que era frequente os idosos fugirem do lar a pedir aos vizinhos água e comida. As famílias pagam 1.000 Euros ao cuidador.
Como é possível? O que faz esta gente masoquista ao dinheiro se nega alimento e água a quem está ao seu cuidado e dependente?
Não consigo ficar indiferente e espero que haja punição para estes maus tratos.
Mais uma vez o Estado falha ao obrigar as famílias a recorrerem à ilegalidade por falta de vagas.
Mais uma vez a responsabilidade falha dos vizinhos que sabiam e sentiram os pedidos de ajuda dos idosos. Ignoram e não denunciam (medo de retaliações, talvez).
Mais uma vez, masoquistas se aproveitam do desespero das famílias e da falta de resposta do Estado para maltratar os mais velhos.
Em Janeiro escrevi isto sobre a loucura dos preços praticados no Algarve:
Fico chocado com os preços pedidos pelos nossos hotéis e com esta antecedência.
Os nossos hoteleiros andam loucos, com preços absurdos para o bolso do português comum. Na pandemia souberam apelar ao turismo interno, mas se já no ano passado me queixei, este ano queixo-me outra vez (e estamos em Janeiro).
Procurei inclusivamente fora do Algarve.
Se esta ganância significasse melhores salários para os funcionários, ainda havia uma razão, mas nem isso...
Agora vejo os empresários a queixarem-se que não têm procura. Mas... estavam à espera de quê?
Preços absurdos, onde fica mais barato ir para fora do que ficar no nosso próprio país. Não tenho pena dos empresários algarvios. Estão a colher o que semearam. Pena tenho dos trabalhadores que recebem baixos salários e alguns ainda ficam sem emprego.
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