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Apagão

30.04.25

Ups, falhou a luz!

À volta, tudo a ver o que se passava. Em pleno horário de trabalho, todas as reuniões, produções e tarefas ficaram suspensas. O computador continuou a trabalhar com a bateria. O instinto imediato foi ir ao carro e ligar a rádio. A Antena 1, rádio pública, foi a escolha intuitiva . Fiz um zapping por outras rádios, mas só falavam de Lisboa.A rádio pública tinha repórteres em todo o país. Um excelente trabalho de improviso de todos os profissionais do Grupo RDP.

 

Às tantas, para desmarcar compromissos, apercebi-me que não havia rede de telemóvel. O almoço foi improvisado e durante a tarde, fui à praia.

O meu velhinho de guerra, já com muitos anos, o MP4 da Sony fez-me companhia (foto da direita). Por acaso estava carregado de bateria e fui ouvindo pela rádio as novidades, ou falta delas. 

Muda a cor do Governo, mas a comunicação não melhora. Critiquei o Governo socialista na altura do Covid pela comunicação confusa.

Agora, muda o Partido, mas a comunicação com a população não existia. Chegou-se ao ridículo de o Primeiro Ministro passar informação (segundo a rádio) pelo Twitter, quando ninguém tinha acesso à Internet e muito menos ao Twitter. Nisto, veio a loucura do povo a correr feito doido para os supermercados e postos de abastecimento. Mais uma vez os egoístas a açambarcarem o que podiam (Foto da direita retirada de influencers). Nem com o Primeiro Ministro a assegurar que seriam apenas horas, a inteligência prevaleceu. Hoje, uma cidadã dizia na televisão que ia devolver o que comprou em excesso...

Sem redes sociais, as pessoas tiveram de se socorrer à vida primitiva: ao contacto social físico, à luz das velas, ao amor e ida para a cama "sem televisão" e acho que as pessoas mais velhas do Interior devem-se ter rido do desespero da vida citadina que não conseguiu sobreviver sem eletricidade nem telemóvel durante 12 horas.

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publicado às 16:38

A pronúncia do Norte

20.04.25

Uma locutora de rádio, Catarina Moreira da RFM, partilhou esta semana comentários depreciativos que recebeu pela sua pronúncia.

Não criticaram o conteúdo das suas intervenções, a sua respiração ou dicção, mas sim a sua pronúncia!

 

Li os comentários da sua publicação e havia muitas pessoas a queixarem-se que já foram discriminadas no trabalho, nos estudos e em entrevistas de emprego pela sua pronúncia. 

Conheço cinco pessoas que defendem orgulhosamente a sua pronúncia. Curiosamente quatro mulheres e um homem no panorama mediático: Cristina Ferreira, Isabel Silva, Beatriz Gosta, a Catarina Moreira e o político Rui Rio. 

Os quatro são linchados nos comentários das redes sociais e pelas rubricas de humor pela sua pronúncia. São apelidados de "saloios", "parolos", "broeiros" entre outras coisas mais depreciativas apenas e só pela forma como falam. Todos eles tiveram e têm dificuldade em singrar no mundo das elites. 

A pronúncia é considerada um ponto fraco e por onde os pseudo-humoristas pegam nas suas caricaturas - a começar pela obsessão de Herman José. Será que ter pronúncia do Norte é razão de piada? Porque se associa a pronúncia do Norte a pessoas menos formadas? E pior, quando se satiriza com pessoas do Norte vêm os palavrões associados. Não, nem toda a gente diz palavrões no Norte.

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publicado às 18:28

O Manu

18.04.25

No passado fim de semana, às 5 da manhã, um jovem de 19 foi morto à facada quando denunciou e tentou pôr fim à colocação de droga em bebidas de raparigas num bar em Braga.

O tema passou despercebido, numa espécie de sobranceria de alguma imprensa, para quem noticiar o crime é desprestigiante e fica apenas a cargo da CMTV.

 

Adiante, o Manu fez o que qualquer pessoa de bem faria (?)

Ao antecipar um crime e algo que prejudicaria inocentes, procurou pôr fim à manipulação das bebidas. Resultado: acabou morto à facada pela tribo, para quem a noite não é para se divertir, é para violar mulheres. Quando comecei a sair à noite, um dos conselhos que me deram foi não largar o meu copo e não aceitar bebidas de estranhos. Não é de hoje que este risco e estes tarados existem. Surpreende a forma tribal como agem e a frieza como se mata uma pessoa.

 

Lembro-me daquele programa do "E se fosse consigo?" em que se media as reações de anónimos perante discriminações e crimes públicos. A tendência é julgar quem não age por inérica ou por medo. O Manu foi destemido e pagou com a própria vida.

 

Não é mais um crime da noite! Não houve condecorações póstumas do Presidente da República. E logo Marcelo que espalha selfies e medalhas a torto e aditeito. Nem houve sequer uma palavra do Ministério da Juventude, de Administração Interna nem do Ministério dos Heróis. Diz-e que dos fracos não reza a história e é verdade.

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publicado às 18:16


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