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Estes dias têm sido de muito trabalho e por isso tenho andado mais ausente dos blogs e das redes sociais.
Do que fui ouvindo na rádio, houve uma nova investigação jornalistica relacionada com offshores ("Pandora Papers") com os acusados a justificarem o eticamente errado com o facto de estar dentro da lei.
Esta é uma discussão que quero voltar porque merece tempo para escrever: Ética vs legalidade - com prejuízo do erário público cometido por deputados (que por definição gerem e decidem o erário público).
Hoje é o dia do professor. Diz uma notícia que há um protesto sindical " contra o desrespeito pela negociação coletiva."
Insisto no que já escrevi: o problema dos professores "reais" não é o que os sindicatos denunciam. A fuga de talentos para fora do ensino deve-se a muitas outras coisas, sendo uma delas a falta de autoridade do professor perante alunos malcriados e pais selvagens. E isso não é em manifestações que se resolve para justificar a quota.
Este fim de semana foi de eleições, mas também do regresso das corridas.
Ou melhor, eu apenas participei numa corrida pela primeira vez pós Covid este sábado.
O evento era gratuito, promovido pelo IPDJ, mas só com organizações em Lisboa e no Porto.
Estava um pouco receoso, mas achei bem organizada, sem confusões nem empurrões, com o respeito de todos pelas regras sanitárias. O percurso foi nocturno no Parque da Cidade do Porto.
Como fui a meio da tarde levantar o dorsal e a t-shirt, aproveitei para turistar pela Foz do Douro.
Domingo, foi dia de ir a votos.
- Os negacionistas manifestaram-se aos empurrões ao Almirante, estrategicamente colocados, para os diretos das televisões, a contestar nem percebi bem o quê.
Qual foi a parte do "voluntário" ou do "vacina não obrigatória" que não entendera,?
A resposta do Almirante foi estupenda: “o negacionismo mata”.
Ontem foi a descredibilização completa deste movimento que pecou muito ignorância e show-off.
- O Mercadona está em força a abrir aqui na região.
Fui ao de Espinho - prateleiras vazias com um claro défice de aprovisionamento. Preço da fruta elevado (caro), pouco sortido (só marca própria) mas trouxe uns mini magnuns deles. Bom preço, mas muito doces - não recomendo. Não fiquei nada convencido. Muita publicidade e fama, pouca uva.
Esperava outra coisa, depois desta febre de abertura vamos dar uma 2ª oportunidade.
- Lá por fora, o Afeganistão é notícia e não pelas melhores razões. Os talibãs extremistas e regressistas tomaram conta do país (mal após Donald Trump sair do poder ...). Pouca felicidade e segurança se espera para o mundo e para aquele povo.
- Alguém este fim de semana, alertou para a lei da Paridade nas autárquicas. A lei é cumprida, mas a mulheres são relegadas para posições sem relevo. Olhando para as principais câmaras não se vêm mulheres candidatas com probabilidade de ganhar.
Lisboa - 2 homens
Porto - 1 independente homem + 2 homens
Braga - 2 homens
Aveiro - 2 homens
Gaia - 2 homens
Oeiras - 2 homens
Coimbra (vá, vou incluir aqui nesta lista mas o peso da cidade é cada vez menor) - 2 homens
A única que consegue chamar a atenção e não pelos melhores motivos é Susana Garcia, vá se lá saber o que Rui Rio pretendia com isto. Por outro lado, Rui Rio aposta em Freixo de Espada à Cinta numa presidente com graves acusações e que tentou agredir um jornalista que a investigava. É isto.
- Feriado, 15 de Agosto, dia da Assunção. Foi dia de atividade diferente com ida ao Santuário da NS da Saúde a correr. Brevemente contarei pormenores.
Duas coisas chamaram-me a atenção este fim de semana.
i) a agressão de dois membros do partido CH a um ex-homossexual em Viseu e a reação absurda do seu líder AV.
Em vez de condenar o óbvio, justifica as agressões gratuitas culpando a vítima pela sua opção sexual.
Deixo aqui o print-screen para não acharem que estou a mentir. Teria razão se tivesse havido provocações ou vitimização mas não foi o caso.
Mais uma vez, omito propositadamente os nomes para não entrar nas estatísticas de popularidade nos motores de busca.
Não percebo esta sociedade cada vez mais intolerante, agressiva e radical. O pior é quando vemos coligações políticas de toda a direita com estes partidos preconceituosos.
ii) Boaventura Sousa Santos foi indigitado para presidente da Conselho Nacional de Ética.
E quem é que nomeia para o Conselho? O seu ... filho. Ver aqui
Chegamos à república das bananas.
Ontem fui à minha horta.
- Tem favas, uns corações que não vão nem vêm e as couves que plantei no Verão. Colhi algumas e serviu para o jantar e almoço de hoje (domingo gordo).
- Fiz uma limpeza aos caracois e lesmas.
- A salsa tem resistido ao tempo frio, tal como a hortelã.
- Por outro lado, os raminhos de alecrim que pus em Dezembro parecem pegados.
- Surpreendentemente, os 7 dentes de alho que plantei (dos alhos de supermercado), nasceram!
- Aproveitei e colhi também umas tangerinas do quintal.
Estou mortinho que chegue a Primavera para começar com novas plantações. Curgetes, tomates, o resto da semente de couve galega estão na lista. Gostava que a salsa espigasse para poder colher semente.
Ao pé, vi um muro com este adereço de decoração.
Por fim, este fim de semana voltei às corridas e ao desporto regular (em casa). Parei quando vi os casos todos a aumentar e a verdade é que sinto falta para o meu bem estar. Sinto-me muito melhor desde que voltei na semana passada a fazer uns exercícios e casa. Hoje, fiz 10 km e não fosse haver problemas, levei o cartão de cidadão e o comprovativo da morada nos calções.
Enquanto penso no que escrever, lembro-me deste dia: 1 de Janeiro de 2020. Primeiro banho do ano.
Se nesta data, imaginamos o que iríamos passar o que passamos e que iremos passar...
Será que este banho trouxe um ano abençoado, dentro do possível, a estes corajosos?
Enquanto adaptamos o nosso quotidiano ao aumentos dos infetados com o vírus, assistimos a novas desenvolvimentos da Operação Lex, mostrando o carácter de alguns juízes e dirigentes desportivos. Precisamente os mesmos a quem António Costa, primeiro ministro em funções, manifestou apoio e que são suspeitos de corrupção e manipulação sobre juízes.
O presidente da República parece que "obrigou" Luís Filipe Vieira a criar alguma decência nas suas listas. Independentemente de cores, seria bastante útil, ético e desejável, legislar sobre esta segregação. Está mais que visto que há pouca vontade e sobretudo interesse, mas tem de ser.
Mudando de tema, voltou a chuva.
O Outono está aí.
As folhas vão começar a cair, a escurecer mais cedo e o regresso a uma rotina que forçadamente perdemos. Regressou também o trânsito (honestamente já não sei se é mau...)
Vem também uma enorme incógnita e já se falam dos planos para o Natal. Daqui a 3 meses é que vai ser o GRANDE desafio. Jantares de Natal proibidos, shoppings com muitas limitações, muitas quebras na faturação, empregos temporários inexistentes, muita solidão, famílias afastados com restrições de circulação... Vai ser diferente e espero que se comece a pensar nisso...
Do meu hobbie, a horta, depois da colheita, na semana passada transplantei uns pés de couve galega que tinham nascida já da sementeira de 2020 que colhi em Junho! Esta chuvinha veio mesmo a calhar. Entretanto, os meus amigos predadores caracóis, devem estar a aparecer ...
Este domingo fui até Cortegaça, concelho de Ovar, onde estive com alguns amigos.
Desde o confinamento que ainda não tinha passada as "fronteiras" do concelho, apesar de ser mesmo aqui ao lado.
O tema foi naturalmente o covid e a cerca sanitária ao concelho. Um conceito inédito e desconhecido de todos nós. O povo em casa com as fronteiras terrestres fechadas. Nem o comboio parava e sair de casa só para passear o cão, compras e trabalho.
Três meses depois, as feridas estão abertas, ainda demasiado.
Pelo que percebi mais do que o efeito das paragens de produção e medo de perder o emprego, há o estigma. Uma espécie de rótulo que ficou associada à cidade e às suas gentes que leva a receio de tudo o que está associado à cidade e em situações mais extremas à discriminação.
Em geral, admirou-se a coragem de Salvador Malheiro ao desafiar as ordens do Governo e em isolar o seu município. Os prós da complexa operação superou os contras que vão perdurar no tempo. Defender a saúde pública "contra" o estigma e paragem económica do concelho.
Vai-se vivendo um dia de cada vez, lamentando-se o medo de tudo o que está associado a Ovar.
O tempo dá miopia, para o bem e para o mal.
PS I: Esta semana, achei patética a discussão entre este presidente da Câmara e Fernando Medina.
Bem como acho altamente censurável os ovarenses (e contribuintes) pagarem o Lexus alugado pela Câmara por 2.000 €/mês. Uma coisa (reação perante o covid) não desculpabiliza a outra. Já que se fala em abusos, porque não haver limites no valor de aquisição dos carros por organismos públicos?
PS II: Não senti medo nenhum e usei, claro, máscara e novo normal distanciamento de 2 metros.
PS III: Quem quiser e gostar de dar caminhadas, a mata de Maceda tem uma ciclovia, intervalada por passadiços que unem os longos quilómetros entre Esmoriz e o Furadouro.
Sábado fui aos Passadiços do rio Uíma em Fiães, Santa Maria da Feira.
Os passadiços ficam muito perto da EN1 e do centro da freguesia de Fiães.
Percorrem as margens do rio Uíma. Não tem paisagens espetaculares, mas é essa simplicidade que lhe conferem a característica de uma agradável passeio e sem grandes confusões.
Não sendo muito extensos, permitem uma boa gestão de esforço, têm muitas árvores e sombra.
Um dos parques de estacionamento fica na estrada nacional 326 que vai dar a Arouca e fui o que escolhi. Segundo o GPS são cerca de 4,5 km ida e volta.
Comecei a caminhada para sul. Encontramos parte de passadiço e parte de trilho em terra.
As quedas de água são sempre especiais.
Encontramos estes bancos de madeira.
Muita fauna e flora.
Ao longo de todo o percurso, o rio acompanha-nos.
Terminado o lado sul, fui ver como era o lado Norte dos passadiços.
Tem menos árvores e o percurso é mais curto.
Logo à entrada, depois de descer as escadas da estrada, vemos este ginásio ao ar livre.
Não obstante o bom estado de manutenção, não tem sombra. Nos metros seguintes, junto a esta pérgola tem uma relva que dá para fazer piqueniques.
Seguindo, passamos mais uns bancos em madeira e vemos esta ponte de passadiço. A engenharia deixa-nos sempre impressionados, sendo esta relativamente simples.
Uns metros mais à frente, chegamos a Lobão e ao fim dos passadiços. Porém, vale a pena subir a ponte e atravessar a estrada.
Sabem que aquelas imagens pitorescas das vilas mais interiores, com os plátanos largos e por debaixo o parque de merendas com um coreto ao lado? Encontramos aqui.
Junto à ponte encontramos mais uma queda de água.
Plantas no meio do rio :)
Umas cabrinhas esfomeadas :)
Em frente uma capela com o santo à janela - Capela Nossa Senhora da Livração - Lobão.
À vinda ainda encontrei estes patinhos no rio.
Estes passadiços valem a pena. São curtos, simples, mas exploram um lado menos conhecido da zona de Fiães e de Lobão. Vale a pena conhecer!
Como pontos negativos sublinho um fácil de resolver: não existe passadeira a ligar a parte norte e sul numa Estrada Nacional movimentada.
Neste fim de semana, o tempo esteve mais fresco e aos poucos voltamos à nossa rotina.
Sábado de manhã, fui doar sangue.
Primeiro meteram-se os excessos de Natal, depois o Covid. Apesar de me manter saudável e de ler que as reservas estavam em baixo, tinha algum receio em sair de casa, não sendo estritamente inicial. Assim, fui a Fiães ao posto de recolha.
Com as pessoas à espera à porta e com o distanciamento, a fila estava bem grande. Esperei um bocado e como não andava fui até aos Passadiços do Uíma lá perto. 5ª feira publico a "reportagem" e as fotos .
Antes dos passadiços ainda fui reforçar o pequeno almoço nos eclairs do Alírio lá em Fiães.
À tarde, fui para a horta.
As minhas curgetes e os tomates já têm flor!!!!
Seguindo os vossos conselhos, estaquei-os. Não sei se ficaram bem, mas foi o que se arranjou.
E os feijões que plantei na semana passada? Já nasceram! Super rápidos.
Girassol (e uma alface roxa pequenita)
Tarefas feitas:
- Continuei a transplantar o alface (roxa como foi sugerido no blog)
- Plantei o resto do feijão
- Colhi semente de couve galega e já pus num vaso
Domingo, fui dia do desafio do 5 km da Vodafone virtual race.
Fim de semana de calor, desespero pelo sol, iniciar a "Operação Biquini 20", esticar as pernas e matar saudades
Sem missas, cafés, shoppings e outros eventos, as pessoas foram todas para os passeios marítimos.
Fui junto à praia, já que vivo perto. Muita, muita gente. Caminhei, corri e sentei-me nas escadas a apanhar sol. Fui sozinho, não me aproximei de ninguém a menos de 2 metros.No carro, desinfetei as logo mãos. Pus também já protetor solar.
Muito importante! As nossas peles estão mais sensíveis e já estamos em maio. O protetor solar é imprescindível.
(A DGS só fala do COVID no Facebook - há mais mundo e mais riscos....)
Em geral, vi poucos com máscara e o cumprimento da distância física de 2 metros pouco seguido, mas não é fácil ajuízar pois não sabemos se são amigos e ou família. P
olícia? nem vê-la. Nadadores salvadores? nem vê-los. Sensibilização? Nem vê-la.
Uns tiveram cuidados, outros não, mas a verdade é que as pessoas, depois de terem estado dois meses em caludura, precisam de arejar, precisam de apanhar ar, precisam de socializar com tudo fechado, terá de ser nos passeios públicos mas a cumprir normas.
A questão chave é garantir a nossa segurança e a dos outros.
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