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A Etiópia fez história, ao nomear a única mulher presidente em África actualmente.
Já aqui tinha elogiado o princípio de paz que este país tinha assinado com a Eritreia.
Agora, chegam-nos mais boas notícias.
Além da eleição de Sahle-Work Zewde para o cargo de presidente (com o "patrocínio" da ONU), sabemos que metade do governo eleito em Abril é composto por mulheres e ainda que está a promover o exercício de oposição partidário democrática.
E assim a Etiópia é notícia por ótimas razões.
Estamos a falar de um país paupérrimo, onde a guerra, os egos, os fundamentalismos religiosos e políticos são um dos principais entraves ao desenvolvimento.
Lembram-se que em Junho relatei aqui no blog que tinha visto uns turistas com o pirilau de fora a urinar em plena rua das Carmelitas no Porto, na noite, e que não havia WC públicos por perto?
Pois bem, Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, respondeu a esta sugestão no Facebook.
E assim se faz a diferença do poder político.
Há dois anos fui a Lisboa em trabalho.
Cheguei às 21 h à Estação do Oriente, deixei as coisas no hotel (percorri 200 metros de rua), fui ao Vasco da Gama trabalhar, voltei e no dia seguinte de manhã apanhei o comboio das 9 h de regresso ao Porto.
Estive na cidade 12 horas, a maioria em propriedade privada. Como dormi num hotel, paguei 1 € de taxa turística.
Pergunto: se uma taxa pressupõe uma contrapartida, o que provoquei à cidade para ter de a pagar?
Porque razão paguei uma taxa "turística" se dormi em Lx para "trabalhar"?
Isto vem a propósito da taxa turística que querem colocar em Fátima. Para o bem ou para o mal, é mina de fazer dinheiro e a pergunta é: o turismo religioso também deve ser taxado? Em que é que a Câmara de Ourém vai aplicar a receita da taxa?
Faz sentido um peregrino vir a pé e quando chega à catedral, se quiser uma cama para descansar, ter de pagar o "extra"? Tem de pagar uma taxa "turistica" se quiser dormir em Fátima na noite da procissão das velas?
Já aqui o disse, que vi uns turistas a urinar na rua na noite do Porto e mesmo com a taxa a ser cobrada não vi ainda colocados mais WC públicos ...
Ou seja, tenho sérias dúvidas se a receita da taxa turística é aplicada naquilo que se diz que é, ou é para outros fins ... não turisticos.
A TAP vai reinvestir no Porto, apostando em novas rotas a partir do Aeroporto Sá Carneiro.
Isto dois anos depois dos últimos cortes nas rotas, devido à falta de rentabilidade das mesmas.
Os cortes foram em 2016 e as eleições autárquicas foram no seguinte.
Agora, um ano depois essas mesmas eleições as linhas vão ser relançadas.
Então, se há dois anos não eram rentáveis, agora já são?
É muito questionável estas coincidências e as motivações por detrás da decisão das rotas de TAP. Ocorre-me uma palavra: centralismo.
Quem ganhou com esta decisão foram as operadoras privadas e low-cost.
O presidente Marcelo anda a visitar e a promover como destino turístico algumas praias e locais do Interior do país. Até aí, parece-me muito bem.
O que não me parece bem é um jornalista da SIC ir no banco de trás do carro de Marcelo a fazer perguntas vazias ao presidente, ao estilo reality show.
Duas questões:
- Não é a Internet que mata o jornalismo. É o jornalismo que auto se destroi com conteúdos vazios, patrocinados camuflados e ao serviço das marcas (três exemplos da SIC que já relatei no blog)
- Marcelo foi promover o Interior ou foi-se autopromover?
É que não encontro uma razão lógica para a presença do jornalista na sua viatura! E não percebo como é que há sempre jornalistas que sabem onde Marcelo anda.
P.S. Do Sudão do Sul, terra de atrocidades, guerra e na cauda dos indicadores de bem estar e desenvolvimento, chegam notícias de um acordo de paz. Que assim seja!
Sobre o salvamento da Tailândia, fiquei naturalmente feliz pelo êxito da operação.
Porém, vejo com estranheza o excesso de mediatismo com que se olha para a Tailândia (a TVI até enviou a sua diretora adjunta para fazer a reportagem e esta ainda se veio queixar/contar/seja lá o que quiser chamar, que, coitada, teve de dormir no chão).
Isto tendo em conta que há refugiados que todos os dias morrem nas águas do Mediterrâneo, alimentados por um sonho e ilusão europeia ou guerra civil da Nicarágua que fez 351 mortos ou a guerra na Síria. Ou seja, são mais vidas em causa, mas com muito menos atenção.
P.S.: Na Eritreia e Etiópia chegou ao fim o conflito entre os dois países. Esta boa notícia para o Mundo e para a Humanidade não abriu noticiário.
Vi uma reportagem da visita de Angela Merkel ao Porto e houve várias coisas que chamaram a atenção.
- Visita ao Porto
Incluir uma cidade que não Lisboa numa visita de estado é novidade. Portugal não é Lisboa. Existe mais país.
- A cosmética da amostra
Foi à Bosch, a laboratórios cientificos, passeou pelo Porto e ... o resto do país? O Portugal profundo? O Portugal que foi incendiado em Outubro?
Ainda assim, concordo com os exemplos mostrados.
- A língua
Não percebi a razão de falar alemão, quando muito pouca gente sabe falar alemão em Portugal.
Vá lá, que António Costa também falou na língua nativa, mas haveria necessidade de tradutor se fosse o inglês?
- O fecho da ponte D. Luís
O turista e morador comum tem que ir nos passeios curtos e perigosos da ponte. Para a visita de estado fechou-se a mesma. Mais um exercício de cosmética, numa altura em que surgem cada vez mais queixas do perigo dos passeios.
Ao que parece, os animais de companhia poderão entrar nos restaurantes, com a devida concordância dos proprietários. Ainda não está claro se ficarão numa zona própria ou se estarão junto dos donos.
Eu pergunto: qual a pertinência da questão?
Não haverá outras coisas mais graves para legislar sobre os animais de companhia?
Ou seja, acho que os nossos deputados, pagos com os meus impostos, dever-se-iam preocupar com coisas que realmente importam e afetam o bem estar do animal e dos humanos do que essa questão, que a meu ver, é menor.
Já que a ministra se demitiu e tudo fica resolvido, vamos lá mudar de tema.
O imposto sobre alimentos com excesso de gordura e sal constitui uma poupança futura de impostos. E isso é bom porque vamos deixar de pagar pelos maus hábitos alimentares dos outros.
Porquê?
Porque desincentiva o consumo de alimentos preduciais à saúde, que contribuem para a obesidade, hipertensão, diabetes, entre outras doenças, levando as pessoas a opções mais saudáveis. Assim, no presente e futuro recorrerão menos ao Serviço Nacional de Saúde e por isso pagaremos menos impostos para corrigir os erros alimentares do vizinho.
Nota: um partido político da geringonça está contra medida. Partilho este exercício teórico e de retórica
"“Não acompanhamos a perspetiva do Governo de abordagem desses problemas por via fiscal".“O Governo considera que o caminho fiscal é uma das abordagens possíveis e necessárias”, mas “nós discordamos, porque entendemos que não é por via fiscal” “nomeadamente ao nível da prevenção e do reforço da capacidade do SNS de fazer essa prevenção, através de campanhas ou de outros mecanismos que levem a uma redução do consumo excessivo de alimentos com sal”. Ver aqui
Sim, senhor, estou espantado com a solução proposta. Há quantos anos há doenças com o excesso de consumo de sal? Estamos em que ano? Enfim... quando se quer ser do contra, saiem estas teorias extremante ... eficazes
Hoje sim, podemos falar em demissões e avaliar o que correu mal.
Os fogos estão apagados, já chove e o pior já passou (porque efetivamente não há muito para piorar).
Aos terroristas, Espanha declarou guerra. Ontem o discurso era de revolta e de perseguição aos criminosos (minuto 2)
Em Portugal, andou-se (e anda-se) com paninhos quentes e os opinion makers pediram demissões, mesmo com populações em perigo.
Mais uma vez one step below. Será cultural?
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