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Um estudo do Eurostat demonstrou que apesar dos rios de dinheiro que a União Europeia enviou para Portugal, o país não os conseguiu capitalizar e em vez de convergir, divergiu. Ou seja, as regiões mais pobres em vez de se aproximarem das mais ricas, ficaram mais distantes.
É inegável que tem havido progressos no país mas várias razões o explicam:
- investimentos centralizados nos grandes centros urbanos
- investimentos desenhados em gabinetes e por pessoas pouco conhecedoras da realidade
- falta de controlo (muitas vezes por conveniência) da aplicação dos fundos,
- gastos que vão apenas para os bolsos de alguns (incluindo os restaurantes com lagosta e os stands da Porsche)
- cultura de corrupção e más práticas (em que alguém lucra) na gestão autárquica e na troca de favores
- No caso das auto estradas, elas até foram feitas, mas são tão caras que as pessoas não as conseguem usar. Diga-se que as grandes construtoras dominam os dividendos distribuídos pelas concessionárias em regime de PPP.
O país que está tão preocupado em antecipar dois anos, a mudança de sexo para os 16 anos, é o mesmo país que acha normal a má utilização das viagens pagas a deputados insulares ou aos ajustes diretos a empresas de deputados e vereadores municipais.
Ainda hoje o JN traz vários exemplos disso, mas a prioridade é a vitória do Benfica.
Com tão pouco espírito crítico, como podemos viver melhor?
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