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A aversão às árvores

17.07.22

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Esta semana precisei de me deslocar a um serviço na cidade. Um calor abrasador e com o estacionamento todo pago nas ruas principais, tive de estacionar um pouco mais afastado.

Uma rua que outrora tinha árvores, que além da questão ambiental, faziam sombra, deram lugar a uma ciclovia. Asfalto e cimento.

 

Em 2020, quando ainda estávamos atordoados pela pandemia, a Câmara cometeu um arboricídio. Comentei o seguinte: 

Para fazer a obra de "regime" e inaugurá-la a tempo das eleições autárquicas, a Câmara decidiu abater todas as árvores da Rua 19, o já chamado "arboricídio" em nome de uma ciclovia. A notícia do Público é desgastante:  "árvores colidem com ciclovia e Câmada manda arrancá-las".  Levou-me refletir: se queremos cidades mais verdes, qual o custo em termos de segurança, localização e sacrifícios que é preciso fazer para ter as ciclovias? Até que ponto a sua localização é exequível para as pessoas circularem em segurança? Até que ponto faz sentido "plantar" no meio da cidade e do caos do trânsito ciclovias de poucos metros? Já morreu pelo menos uma pessoa? Em Espinho, custou a vida a dezenas de árvores saudáveis.

 

Nas eleições, o partido que tomou esta decisão foi corrido da Câmara. Não sou arquiteto paisagista, mas sinto duas coisas: i) aversão à presença de árvores nas novas empreitadas públicas; ii) a aversão dos políticos que aprovam a ausência de verde.

Nestes dias de calor, senti falta dessa sombra. Uma ciclovia parece valer mais que sombra e oxigénio. 

Ontem, em zapping cruzei-me com um programa da RTP que estava numa cidade a fazer um direto de um parque municipal. Relva (seca devido ao calor) e sem árvores. Um parque que mais parecia um descampado. 

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publicado às 11:59


19 comentários

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De Maria Araújo a 19.07.2022 às 19:33

Que raiva que sinto quando as árvores dão lugar a espaços de lazer sem sombra.
É mesmo um arboricídio

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