Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Hoje vou falar de 3 casos de ciclovias e como elas podem ser vistas.
Será sobre 3 cidades diferentes, de 3 cores políticas diferentes e não sou eleitor em nenhuma delas.
Ponto prévio: não sou urbanistas, nem arquiteto, mas procuro ver as coisas com bom senso.
Sou um defensor de ciclovias e equipamentos públicos que propiciem uma vida mais saudável, ativa e ecológica. Já o manifestei várias vezes e procuro fazer por isso.
Lisboa
Presidida pelo PS.
O caso que menos conheço, mas foi onde morreu uma jovem de 16 anos ao circular na ciclovia cumprindo todos os requisitos de segurança (avançou no sinal verde do semáforo). Deu-se pouca importância ao caso porque é o que convém.
Dá para refletir sobre até que ponto há a prevenção e informação necessária, bem como a localização das ciclovias. Será que colocá-las nas ruas mais movimentadas das cidades é a mais segura?
Porto
Presidida por um independente
Na 6ªf precisei de passar pela Rotunda da Boavista. Ao sair para o Bom Sucesso, surge do nada linhas contínuas e logo a seguir ao desvio e "camuflados" pelo trânsito uns pinos a marcar o começo de uma ciclovia. Andam-se uns 300 metros e acaba a ciclovia.
Como condutor, além da confusão ao sair da rotunda de várias faixas, esse bloqueio dá origem a acidentes, buzinadelas e insegurança.
Fiquei sem perceber a necessidade de colocar ali aquela faixa amarela sem ligação a lado nenhum. Parece uma ciclovia plantada do nada numa rua movimentada em que a segurança antes e depois não é assegurada apenas para constar nos boletins municipais.
Quem conhece a zona, sabe que na rua por trás da rotunda junto ao cemitério de Agramonte é muito mais tranquila e "ciclável".
Espinho
Presidida pelo PSD
Para fazer a obra de "regime" e inaugurá-la a tempo das eleições autárquicas, a Câmara decidiu abater todas as árvores da Rua 19, o já chamado "arbocídio" em nome de uma ciclovia. A notícia do Público é desgastante: "árvores colidem com ciclovia e Câmada manda arrancá-las".
Em 2020, isto aconteceu - ver aqui. Levou-me refletir: se queremos cidades mais verdes, qual o custo em termos de segurança, localização e sacrifícios que é preciso fazer para ter as ciclovias?
Até que ponto a sua localização é exequível para as pessoas circularem em segurança? Até que ponto faz sentido "plantar" no meio da cidade e do caos do trânsito ciclovias de poucos metros? Já morreu pelo menos uma pessoa? Em Espinho, custou a vida a dezenas de árvores saudáveis.
Até que ponto uma fita para cortar em véspera de eleições prevalece sobre o bom senso.
No Facebook, vi esta foto tirada esta manhã:
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.