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Nos últimos dias cruzei-me com duas stories patrocinadas no Instagram que não gostei e explico porquê.
A primeira era de um shopping que publicitava uma marca de calças ganga portuguesa com loja nas suas instalações. A modelo correspondia a todos os estereótipos: loira, alta muito magra, com o rabo empinado virado para a foto.
A segunda era um do ginásio que convidava o utilizador a juntar-se à "tribo". O modelo de meia idade (vá lá!) correspondia aos estereótipos: morenaço e todo musculado.
Não gostei do facto de ambos os anúncios nos apresentarem, como perfeitos, corpos que não representam o português comum e nem o 100% saudável nem recomendável.
No caso das modelos, visto por muitas jovens o passaporte para a fama e para as novelas, quantas vezes vemos denúncias de pessoas que sofreram bulímia, anorexia e complexos por não atingirem o que consideram corpos perfeitos? Quantas têm uma alimentação pouco saudável para não engordar? Passam por privações alimentares? A marca portuguesa e shopping poderiam ter escolhido alguém mais "comum" e não tão magro.
No caso do ginásio, para atingir os corpos musculados, vemos (por ex. nas redes sociais) muitas pessoas a tomar e a promover empresas de suplementos cuja eficácia e necessidade é muito questionável. A maioria das pessoas que vai para os ginásios não ambiciona ser "musculada" nem o objetivo dos ginásios deveria ser para musculados. Deveria ser antes para atrair mais pessoas para o exercício físico e uma melhor saúde (aliás esse é o argumento para chorarem por apoios e incentivos fiscais - Portugal tem das taxas mais baixas da União Europeia de praticantes de desporto e estes anúncios contribuem precisamente para essa desmotivação).
As empresas são livres de escolherem quem quiserem, bem como eu também sou livre de não me identificar com as mensagens.
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