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Uma locutora de rádio, Catarina Moreira da RFM, partilhou esta semana comentários depreciativos que recebeu pela sua pronúncia.
Não criticaram o conteúdo das suas intervenções, a sua respiração ou dicção, mas sim a sua pronúncia!
Li os comentários da sua publicação e havia muitas pessoas a queixarem-se que já foram discriminadas no trabalho, nos estudos e em entrevistas de emprego pela sua pronúncia.
Conheço cinco pessoas que defendem orgulhosamente a sua pronúncia. Curiosamente quatro mulheres e um homem no panorama mediático: Cristina Ferreira, Isabel Silva, Beatriz Gosta, a Catarina Moreira e o político Rui Rio.
Os quatro são linchados nos comentários das redes sociais e pelas rubricas de humor pela sua pronúncia. São apelidados de "saloios", "parolos", "broeiros" entre outras coisas mais depreciativas apenas e só pela forma como falam. Todos eles tiveram e têm dificuldade em singrar no mundo das elites.
A pronúncia é considerada um ponto fraco e por onde os pseudo-humoristas pegam nas suas caricaturas - a começar pela obsessão de Herman José. Será que ter pronúncia do Norte é razão de piada? Porque se associa a pronúncia do Norte a pessoas menos formadas? E pior, quando se satiriza com pessoas do Norte vêm os palavrões associados. Não, nem toda a gente diz palavrões no Norte.
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