Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Em 2022, pós pandemia, com uma guerra a rebentar e o mercado de trabalho em ebulição (até ver...), discute-se a semana de trabalho de 4 dias.
Ora, um dos problemas em Portugal e que ajuda a justificar os baixos salários é a reduzida produtividade. Se se vai reduzir a semana de trabalho em mais um dia, corre-se o risco de ficarmos menos competitivos, os salários não aumentarem (e atenção que o salário mínimo está cada vez mais próximo do salario médio) e haver uma fuga das empresas melhor pagadoras para outras paragens.
Há quem defenda que ao reduzir-se o nº dias de trabalho se torne mais produtivo nos outros dias, tornando-se neutral o efeito. Honestamente não acredito. Pode acontecer nos primeiros 2 ou 3 meses, mas depois a motivação inicial esvai-se.
Já vi uma empresa a dar a tarde 6ª feira se o trabalhador ficasse mais uma hora nos outros dias.
Já que se fala em trabalho, o presidente (CEO) da Tesla criticou fortemente o teletrabalho. Não podia estar em mais desacordo.
Há de tudo: quem se dê bem com o teletrabalho e seja produtivo, como há quem preguice e não interaja.
Acredito que como em tudo na vida, no meio está a virtude. Felizmente, na minha empresa pude optar pelo regime flexível.
Estes dias um anónimo comentava aqui no blog que "Os trabalhadores que ficam em casa são os mais bem pagos em Portugal porque criam valor e tem skills muito procuradas." Não é verdade, mas presunção e água benta cada um toma a que quer.
Tem coisas boas e coisas más. Falo por experiência própria: o teletrabalho tem vantagens como a conveniência e a poupança de tempo e dinheiro. Tem desvantagens como a falta de socialização e quebra do ambiente de equipa (sobretudo para quem está a começar).
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.