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Realmente, este pós covid é de mudanças abismais.
Já o disse e repito a constatação: acabamos bem pior da pandemia do que aquilo que começamos.
Nos últimos dias, muitos casos de violência foram denunciados (desde vários casos de bullying, ajudados pelo abafamento cúmplice de direções escolares até à violência doméstica quer em casas anónimas com mais mulheres mortas, quer em programas de televisões).
Por outro lado, assistimos a um jogo perigoso na Ucrânia com mais uma guerra à vista na Europa. Não tenho memória de ver o continente em guerra (na da Bósnia era uma criança), mas sei que não leva a lado nenhum. Pelo contrário. Gera violência, destruição, pobreza e dor. Os mais fracos são os maiores perdedores.
Neste caso, assistimos a mais um motivo fútil. Existem bons motivos para haver guerra? Talvez... mas neste caso um sonho imperialista de Putin, com a cobertura da China. Até Bolsonaro dá o ar de sua graça ao viajar para a Rússia com vista a negociar ... fertilizantes para a agricultura brasileira, conhecida com o "celeiro do mundo".
Como em tudo na vida, há um preço. Se a Rússia tem o seu sonho do império soviético e o gás natural a favor, tem também uma dependência de importações dos parceiros europeus que a podem deixar em maus lençóis. Nesta pandemia e nos dias que correm, há algo que está a vir de cima - a especialização das economias e a dependência das importações trazem paralisações económicas e sociais quando os transportes falham ou quando o fornecedor dominante aumenta os preços.
Veremos o que os próximos dias reserva.
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