Ao que parece, os animais de companhia poderão entrar nos restaurantes, com a devida concordância dos proprietários. Ainda não está claro se ficarão numa zona própria ou se estarão junto dos donos.
Eu pergunto: qual a pertinência da questão?
Não haverá outras coisas mais graves para legislar sobre os animais de companhia?
- Quantos casos de maus tratos chegam-nos todos os dias pelos voluntários e clínicas veterinárias que se chocam com a maldade humana perante cães e gatos. Chegam-nos fotografias de animais com foucinhas espetadas no focinho, cães enterrados vivos, gatos atirados pela janela, etc.
Será que a legislação é suficientemente penalizadora com comportamentos lesivos para o bem estar do animal? Quantas condenações já se teve conhecimento público? I.e., será a lei suficientemente delatória?
- Sobre os animais, existem ainda os crimes cometidos por donos de cães de raça perigosa que continuam irresponsáveis.
Em Abril de 2017, um cão que andava à solta, atacou e desfigurou uma criança e o dono fugiu. Presente a juiz, foi posto em liberdade. Na altura, defendi, aqui no blog, uma pena exemplar para a irresponsabilidade do dono. Acusei a Justiça de ser impune para estes casos e alguns comentadores sugeriram para ter calma, que a condenação não era imediata. Passaram 6 meses Pesquisei e não encontrei nada nas noticias sobre o caso. Ou já houve condenação e não foi pública pelos media, ou continua em águas de bacalhau, ou então não houve condenação.
- Se for para a frente, acho que cabe aos donos o bom senso em saber se o cão se vai comportar no restaurante ou não. Sinceramente, não estou disposição de ir a um restaurante e ter um cão a cobiçar e lamber a beiça com o meu bife.
Ou seja, acho que os nossos deputados, pagos com os meus impostos, dever-se-iam preocupar com coisas que realmente importam e afetam o bem estar do animal e dos humanos do que essa questão, que a meu ver, é menor.