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Ups, falhou a luz!
À volta, tudo a ver o que se passava. Em pleno horário de trabalho, todas as reuniões, produções e tarefas ficaram suspensas. O computador continuou a trabalhar com a bateria. O instinto imediato foi ir ao carro e ligar a rádio. A Antena 1, rádio pública, foi a escolha intuitiva . Fiz um zapping por outras rádios, mas só falavam de Lisboa.A rádio pública tinha repórteres em todo o país. Um excelente trabalho de improviso de todos os profissionais do Grupo RDP.
Às tantas, para desmarcar compromissos, apercebi-me que não havia rede de telemóvel. O almoço foi improvisado e durante a tarde, fui à praia.
O meu velhinho de guerra, já com muitos anos, o MP4 da Sony fez-me companhia (foto da direita). Por acaso estava carregado de bateria e fui ouvindo pela rádio as novidades, ou falta delas.
Muda a cor do Governo, mas a comunicação não melhora. Critiquei o Governo socialista na altura do Covid pela comunicação confusa.
Agora, muda o Partido, mas a comunicação com a população não existia. Chegou-se ao ridículo de o Primeiro Ministro passar informação (segundo a rádio) pelo Twitter, quando ninguém tinha acesso à Internet e muito menos ao Twitter. Nisto, veio a loucura do povo a correr feito doido para os supermercados e postos de abastecimento. Mais uma vez os egoístas a açambarcarem o que podiam (Foto da direita retirada de influencers). Nem com o Primeiro Ministro a assegurar que seriam apenas horas, a inteligência prevaleceu. Hoje, uma cidadã dizia na televisão que ia devolver o que comprou em excesso...
Sem redes sociais, as pessoas tiveram de se socorrer à vida primitiva: ao contacto social físico, à luz das velas, ao amor e ida para a cama "sem televisão" e acho que as pessoas mais velhas do Interior devem-se ter rido do desespero da vida citadina que não conseguiu sobreviver sem eletricidade nem telemóvel durante 12 horas.
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