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Quando oiço o valor astronómico que o Estado pretende injetar na TAP até me arrepiam os pêlos do meu corpo.
Porquê?
Primeiro, pelo valor em si (1,2 mil milhões no mínimo).
Segundo, pelas dúvidas quanto eficácia da ajuda. Se fosse algo temporário e com perspectivas de rentabilidade ou não prejuízo no curto/médio prazo era uma coisa, mas não é. A TAP é um buraco sem fundo. Sempre foi e vai ser.
Pelos valores em causa, há sérias dúvidas se vale a pena o investimento
Terceiro, sendo uma empresa pública a qualidade dos "gestores" deixa sempre dúvida se estão lá pela competência ou para encher a conta bancária de alguns com as "senhas de presença".
Quarto, porque há dúvidas na estratégia "nacional" e "regional" da TAP.
Quinto porque há setores como a Saúde, a ferrovia com fortes constrangimentos orçamentais e desigualdade social, não sendo justo nem racional esbanjar dinheiro numa companhia aérea e deixar bens essenciais sem financiamento.
Sexto porque me lembro de há uns anos, um Primeiro Ministro que escorraçou talentos nacionais para a emigração e que chamou a população que representava de "piegas", nos ter feito um "brutal aumento de impostos" e nos ter sacado 50% do nosso salário.
Ah, agora já não temos o CR7 das Finanças Públicas.
PS: Muitos vezes critico a centralização existente em Portugal, mas hoje elogio a criação do Centro de Arte Contemporânea em Coimbra inaugurada ontem. Lá constam as obras de arte que o Estado comprou ao antigo BPN. E Coimbra bem que precisa de um abanão.
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