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Li uma notícia muito interessante sobre o retrato do mercado de trabalho antes e depois da crise.
Genericamente:
- Maior peso das mulheres
- Mais peso dos trabalhadores qualificados
- Envelhecimento dos trabalhadores
- Mais trabalhadores por conta de outrem
Se me surpreende? Nada
Com a crise, sobretudo em Lisboa, Porto, Braga e Fundão, houve um fenómeno invulgar.
Chegaram muitas empresas internacionais que trouxeram para Portugal os seus centros tecnológicos e de serviços partilhados, procurando pessoas licenciadas (sobretudo nas áreas da engenharia e da economia). Vêm atraídas pela versatilidade em línguas dos portugueses, pela qualidade da formação académica e salários mais baixos face a outros países. O meu atual emprego insere-se neste lote.
Com o aumento da independência, igualdade de oportunidades e haver menos homens na área financeira, o peso das mulheres aumenta, ainda que não em posição de chefias.
Por outro lado, estas empresas procuram trabalhadores já com alguma experiência de modo a que, na fase de implementação de projeto, seja mais eficiente e existe uma geração mais velha de licenciados que não houve no passado
Outra razão que na minha opinião justifica este envelhecimento do trabalhador é outra, que já ouvi de várias pessoas: a geração de licenciados pós crise, que já foi educado no mundo da Playstation, Facebook e Youtubbers, não é (geralmente) muito comprometida com o trabalho.
Como não passou pelo crise, dizem que não dá valor às oportunidades e não querem saber. Já tinha escrito sobre isso há dias.
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