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Aqui há umas semanas chamou-me a atenção a capa de uma revista semanal que mostrava as cidades no futuro, com uma montagem de Lisboa. Realçava-se o verde, preveniente de árvores para fazer sombra tendo em conta as vagas de calor.
Em 2020 e 2022, critiquei o arbocidio (foto original retirada deste link) e aversão a árvores que os arquitetos paisagistas das Câmaras Municipais têm. Na altura, dei vários exemplos de que para fazer ciclovias e outras obras de regime se sacrificavam árvores sem critério. Hoje, vemos as cidades áridas, desérticas, com betão e sem espaços verdes. Não existem árvores, seja porque não fica bem nas obras, porque podem cair, porque não dão trabalho aos empreiteiros, porque isto ou porque aquilo.
Referia-me em concreto a Espinho, pela proximidade. A cidade continua nua, cada vez com menos verde (até no espaço da feira semanal as cortaram!) e já passaram 3 presidentes de Câmara de dois partidos diferentes. Nenhum privilegiou o ambiente, os espaços verdes, a sombra, a oxigenação da cidade ou a correção de erros passados. Um advogado, um arquiteto e uma professora de Fisico-Química (está há apenas meio ano, mas já é tempo para mostrar trabalho...)
Assim, é irónico, ver que as sugestões de futuro são ... as árvores para purificar e fazer sombra, como aliás sempre foi assim no passado.
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