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Matosinhos, Entroncamento, Arcos de Valdevez e Torres Novas. Quatro concelhos onde houve denúncias (via pais e via vídeos) de violências nas escolas de bullying.
Aqui há tempos, num blog, alguém dizia que "bullying" é o estrangeirismo e a forma moderna de se dizer "andar à porrada" na escola. Na altura, contestei. Bullying é muito mais que levar porrada. E é essa negligência e desvalorização que leva a suicídios, traumas e perturbações macabras como a que assistimos nas últimas horas.
Bullying é a violência física, verbal, psicológica e cibernética em quem um elemento mais forte se impõe a outro.
Nisto, chateia-me o silêncio das direções escolares. Em vez de darem o exemplo, condenarem os casos, defenderem os mais fracos e promoverem o fim deste flagelo, preferem o silêncio. O silêncio é proteger o agressor. O silêncio é contribuir para que haja impunidade. O silêncio é evitar casos futuros.
Nos Arcos de Valdevez, uma pessoa de 15 anos atirou um paralelo à cabeça de outra pessoa da mesma idade. 15 anos! Não estamos a falar de crianças. Já sabem o que fazem, têm idade para ter juízo e responsabilizados.
Estes dias contava-me uma amiga professora que teve um colega professor que denunciou um caso às autoridades e que a direção da escola tentou abafar. No fim do ano letivo, de vigança essa mesma direção não lhe renovou contrato e só lhe faltava um ano para se tornar efetivo. Mais uma vez, o país de gente pequena que se aproveita e se vinga dos mais fracos.
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