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Já passado o choque da greve dos transportadores de combustíveis, que apanhou todos de "calças nas mãos", muito se discutiu das semelhanças com a Venezuela, o pânico gerado, um novo perfil do sindicalismo (menos político [PCP] e ainda que dirigido por um advogado de Maseratti) e o papel dos partidos políticos.
A dependência de Portugal do automóvel (e combustíveis fósseis) dificilmente mudará nos próximos anos:
- as petrolíferas têm um lobby demasiado forte.
São poucas mas MUITO influentes. A maior portuguesa até viagens de políticos a campeonatos de futebol pagam.
- Os governos cobram impostos.
Seja pelo IUC, seja no IVA dos combustíveis e outros tantos impostos e impostinhos escondidos no preço.
- Uma grande teia de empresas precisa das receitas das portagens.
São muitas as empresas (inclusivé cotadas) que detêm participações e vão buscar dividendos às concessões das auto estradas e PPP's.
- As seguradoras cobram os prémios e o seguro automóvel é obrigatório.
- A industria automóvel vale demasiados empregos, comissões e circuito económico para ser desprezada.
Posto isto, nos transportes públicos, assistimos cada vez a maior desprezo: greves constantes, muitas supressões e atrasos, uma desconfiança generalizada quanto ao cumprimento do serviço e encerramento contínuo de troços ferroviários no interior do país.
Por outro lado, começam a surgir veículos mais ecológicos e wifi gratuito nos mesmos.
Levantaram-se também legitimamente questões sobre a inexistência do oleoduto que ligasse o aeroporto de Lisboa a Aveiras e o seu reduzido custo. Esse oleoduto supriria o recurso (e respetivos custos) a transporte rodoviário e reduziria o susto. Parece uma obra elementar, mas na semana passada viu-se quem beneficiou até agora da sua inexistência.
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