Desconfinamento
27.06.20
Tirei esta foto na cantina da minha empresa este mês. É assim, com acrílicos por todo o lado, que quem por lá almoça se vê confrontado.
Neste S. João, pelo que vi nas redes sociais, o povo não saiu à rua, mas alugou casas e fez lá festas, regressando assim ao convívio social.
Não é o ideal, há risco, mas acaba por ser mais controlado que na rua. Cada um age com mais ou menos cuidado e é aí nessa decisão individual e consciente que pode haver ou não o risco.
Tem de haver um compromisso: dos cidadãos e do governo nas ações de ambos para que "tudo fique bem" e não é quem desenhos nas janelas.
Por falar em ajuntamentos, não percebi muito honestamente o que motivou Marcelo Rebelo de Sousa a ir a ajuntamento no funeral do ator Pedro Lima... porque não foi o PR aos funerais das vítimas de violência doméstica? Ou aos funerais onde o Estado negligenciou por deixar as vítimas em excesso de tempo de espera nas urgências?
A única resposta que encontro é para captar minutos de fama e audiência nas notícias chegando aos eleitores que mais sensíveis e consomem notícias de fofoquices.
Sobre a festa do Avante ir ... avante, estou mesmo para ver o que se vai acontecer, estou, estou. Ainda não percebi a obcessão do PCP em pensar sequer realizá-lo.
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41 comentários
De redonda a 27.06.2020 às 23:48
Talvez o Presidente o conhecesse e tenha sido por isso que foi.
(para já tenho levado para almoçar um pão do dia anterior com queijo e uma barra de cereais No primeiro dia pareceu-me óptimo, no segundo dia mais ou menos. Neste momento está-me a parecer que odeio pão com queijo mas vou manter a barra de cereais).
(para já tenho levado para almoçar um pão do dia anterior com queijo e uma barra de cereais No primeiro dia pareceu-me óptimo, no segundo dia mais ou menos. Neste momento está-me a parecer que odeio pão com queijo mas vou manter a barra de cereais).
De O ultimo fecha a porta a 28.06.2020 às 15:42
O argumento dado não foi esse, foi o de que "era uma pessoa que todos gostavamos" daí a minha crítica.
De João Silva a 28.06.2020 às 11:43
Começando pelo fim, a festa ir avante assenta numa ideologia política de "fomos calados durante muitos anos e agora não deixamos que o façam novamente". Ainda assim, em tempos de exceção, medidas de exceção.
E isso serve para todo o resto do teu post.
Sou de uma terra onde o São João é muito popular (Figueira) e eu próprio comemore muitos anos com participações em marchas populares. No entanto, estava fora de questão para mim fazer o que quer que fosse este ano.
Concordo que o risco de cada um deve ser assumido por si. Por outro lado, importante é assegurar que esse risco não passa para os outros. Grande abraço
E isso serve para todo o resto do teu post.
Sou de uma terra onde o São João é muito popular (Figueira) e eu próprio comemore muitos anos com participações em marchas populares. No entanto, estava fora de questão para mim fazer o que quer que fosse este ano.
Concordo que o risco de cada um deve ser assumido por si. Por outro lado, importante é assegurar que esse risco não passa para os outros. Grande abraço
De Por detrás das palavras a 28.06.2020 às 20:07
A realização da Festa do Avante num ano em que tudo foi cancelado é algo que me inquieta. A mensagem que a realização da festa passa é contrária àquela que é passada para a população. Acho de uma enorme irresponsabilidade 
Espero estar enganada, mas lá para outubro/novembro o estado de emergência estará de regresso e o país terá um nova paragem.
Espero estar enganada, mas lá para outubro/novembro o estado de emergência estará de regresso e o país terá um nova paragem.
De O ultimo fecha a porta a 01.07.2020 às 00:03
Espero que não. O futuro é uma verdadeira incógnita. Hoje mais que nunca.
De Cláudia a 28.06.2020 às 20:15
Disseste tudo, minutinhos de fama...
Olha, ao menos pensaram em algo. Na minha empresa almoçamos todos ali ao monte =/
Beijocas
Olha, ao menos pensaram em algo. Na minha empresa almoçamos todos ali ao monte =/
Beijocas
De Pedro Coimbra a 29.06.2020 às 05:11
O que irrita é haver gente a abusar da sensatez de tantos outros.
Que podem vir a ser vítimas da estupidez dos apressados.
Aquele abraço, boa semana
Que podem vir a ser vítimas da estupidez dos apressados.
Aquele abraço, boa semana
De Andy Bloig a 29.06.2020 às 14:10
O funeral do Pedro cumpriu todos os preceitos legais para ser realizado. Foi por isso que o presidente lá foi. Era alguém público, que era uma figura reconhecida e que partiu (ainda sem razão aparente).
Ainda não percebi se pensas que a Festa do Avante é igual à do Pontal, em que 90% das actividades são feitas dentro de restaurantes e hotéis... é que na Quinta da Atalaia, 12km2, os espaços fechados são só os WC, pois até as barracas tem os telhados para proteger do calor (ou da chuva). O recinto é muito grande e mesmo que tenham os 107000 visitantes, há espaço para muitos, mantendo as regras de segurança.
Sabes que as feiras (e parte das festas tradicionais) podem ser realizadas, desde 23 de Maio, desde que apresentem plano de emergência e tenham meios para socorrer alguém, potencialmente, infectado? É aqui que está o busílis... a maioria das feiras e festas não tem capacidade financeira (ou os espaços) para suportar isto. Se o PCP têm, qual é o problema?
A festa daqui da cidade (a mesma onde se situa a quinta da atalaia) onde vivo está para ser realizada, com uma redução de 3 para 1 palco e o limite de 1500 pessoas a assistir, quando o limite do jardim era de 4700. A junta vai ter de gastar dinheiro em meios médicos, bombeiros e ter um mini-hospital preparado para responder a qualquer suspeita de infectado. Isto para uma média de 250000 visitantes nas 5 noites da festa. Quase tudo é uma feira à beira da marginal, mais o espaço de diversões e os palcos. Cancelaram o cabeça de cartaz (Pedro Abrunhosa) por causa de levar muita gente para a rua, e vão contratar artistas, do distrito de Setúbal, para actuar no palco disponível. (Digo eu, que a razão é para poupar dinheiro, pois boa parte dos vendedores não vão comparecer) As procissões não se realizam nem serão feitos desfiles de motards (ícones das festas locais).
Na aldeia onde nasceu o meu avô materno (distrito da Guarda) as festas foram canceladas (também em Agosto) porque a maioria dos emigrantes já cá estiveram e não vão regressar neste verão (sem emigrantes não há receitas).
Ainda não percebi se pensas que a Festa do Avante é igual à do Pontal, em que 90% das actividades são feitas dentro de restaurantes e hotéis... é que na Quinta da Atalaia, 12km2, os espaços fechados são só os WC, pois até as barracas tem os telhados para proteger do calor (ou da chuva). O recinto é muito grande e mesmo que tenham os 107000 visitantes, há espaço para muitos, mantendo as regras de segurança.
Sabes que as feiras (e parte das festas tradicionais) podem ser realizadas, desde 23 de Maio, desde que apresentem plano de emergência e tenham meios para socorrer alguém, potencialmente, infectado? É aqui que está o busílis... a maioria das feiras e festas não tem capacidade financeira (ou os espaços) para suportar isto. Se o PCP têm, qual é o problema?
A festa daqui da cidade (a mesma onde se situa a quinta da atalaia) onde vivo está para ser realizada, com uma redução de 3 para 1 palco e o limite de 1500 pessoas a assistir, quando o limite do jardim era de 4700. A junta vai ter de gastar dinheiro em meios médicos, bombeiros e ter um mini-hospital preparado para responder a qualquer suspeita de infectado. Isto para uma média de 250000 visitantes nas 5 noites da festa. Quase tudo é uma feira à beira da marginal, mais o espaço de diversões e os palcos. Cancelaram o cabeça de cartaz (Pedro Abrunhosa) por causa de levar muita gente para a rua, e vão contratar artistas, do distrito de Setúbal, para actuar no palco disponível. (Digo eu, que a razão é para poupar dinheiro, pois boa parte dos vendedores não vão comparecer) As procissões não se realizam nem serão feitos desfiles de motards (ícones das festas locais).
Na aldeia onde nasceu o meu avô materno (distrito da Guarda) as festas foram canceladas (também em Agosto) porque a maioria dos emigrantes já cá estiveram e não vão regressar neste verão (sem emigrantes não há receitas).
De O ultimo fecha a porta a 30.06.2020 às 23:59
Não concordo com a ida do presidente. Acho que foi um chamariz para captar a atenção e promover ajuntamentos. Não me revejo minimamente nos argumentos apresentados.
Honestamente, acreditas mesmo que a festa do avante não pode ser um meio de propagação do vírus com ajuntamentos? Se ainda fosse uma aula de exercício físico em que tínhamos de estar distanciados, até acreditava, mas achas que o povo não vai apinhar-se para a beira do palco? Ou não vai estar tudo a cantar músicas abraçado? Ou não se vai empurrar havendo contacto físico na saída no fim dos concertos? Acho que o que está em causa não é a capacidade financeira do Partido em assegurar os protocolos de segurança, mas sim eles serem estritamente cumpridos dada a natureza do evento.
Honestamente, acreditas mesmo que a festa do avante não pode ser um meio de propagação do vírus com ajuntamentos? Se ainda fosse uma aula de exercício físico em que tínhamos de estar distanciados, até acreditava, mas achas que o povo não vai apinhar-se para a beira do palco? Ou não vai estar tudo a cantar músicas abraçado? Ou não se vai empurrar havendo contacto físico na saída no fim dos concertos? Acho que o que está em causa não é a capacidade financeira do Partido em assegurar os protocolos de segurança, mas sim eles serem estritamente cumpridos dada a natureza do evento.
De Andy Bloig a 02.07.2020 às 09:35
9 em cada 10 festas/feiras estão a ser canceladas, não por causa do Covid mas, por outras razões. Tanto por agendamento e, muito principalmente, por 2 razões: poupança para investir MUITO MUITO fortemente no próximo ano e por não esperarem adesão que compense os custos da realização (além dos habituais, há as medidas de segurança que são bastante caras). Os santos populares não tiveram festejos porque era tudo muito próximo, sem contar que foi tudo desmarcado entre Março e Abril.
O Avante parou a venda de bilhetes para definir a lotação do recinto e alterar o cartaz (foi apresentado ontem) já a contar com as medidas, além disso, falas da festa como se fosse acontecer amanhã... a festa é entre 4 e 6 de SETEMBRO. Faltam 65 dias para a realização. Se as autoridades não são capazes de prever para a próxima semana (e os parvalhões da comunicação social nem para o dia seguinte), como é que podes achar que existem uns milhões de infectados em Setembro?
PS- Estive no velório do Pedro Lima. Era um amigo de há mais de 30 anos, já o conhecia antes de se ter tornado "famoso". Não me cruzei com o Marcelo, porque fui cumprimentar a família e tinha outro sítio onde estar, ao mesmo tempo das exéquias.
O Avante parou a venda de bilhetes para definir a lotação do recinto e alterar o cartaz (foi apresentado ontem) já a contar com as medidas, além disso, falas da festa como se fosse acontecer amanhã... a festa é entre 4 e 6 de SETEMBRO. Faltam 65 dias para a realização. Se as autoridades não são capazes de prever para a próxima semana (e os parvalhões da comunicação social nem para o dia seguinte), como é que podes achar que existem uns milhões de infectados em Setembro?
PS- Estive no velório do Pedro Lima. Era um amigo de há mais de 30 anos, já o conhecia antes de se ter tornado "famoso". Não me cruzei com o Marcelo, porque fui cumprimentar a família e tinha outro sítio onde estar, ao mesmo tempo das exéquias.
De Daniela a 29.06.2020 às 22:36
O povo nunca seguirá as regras na totalidade..aliás nem na totalidade nem na meia..
O Marcelo que comece não é?
O Marcelo que comece não é?
De O ultimo fecha a porta a 30.06.2020 às 23:25
Está-me a desiludir pq parece só querer chamar a atenção.
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