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Domingo de Páscoa, dia das mentiras. Fui correr com o grupo de manhãzinha, não comi iogurte, não fosse o "Diabo tecê-las", cheguei a casa, tomei banho, detei-me no sofá, liguei a TV e o que estava a dar: os Morangos com Açúcar!!!
A terceira edição e senti-me a fazer uma retrospetiva temporal.
Hoje, ir a um bar ou a uma discoteca, é notório que o que está a dar é kizomba e funk brasileiro. Ainda esta semana, foi uma loucura para assisitir a um concerto desses cantores da moda em Aveiro (com o preço 4 xs superior à venda no mercado negro). A industria do Facebook, youtube e até a insuspeita rádio RFM promovem essas músicas.
Há 10 anos atrás, na minha adolescência era o tempo da New Wave (passava na SIC) e dos Morangos com Açúcar (na TVI), de ouvir os Coldplay, vibrar com os U2 (recordo-me do êxito do lançamento do Vertigo), saber quem são os UHF, os Expensive Soul... Recordo-me de em 2010, ter ido à Queima no dia do Franz Ferdinand e dos Buraka.
Quando encontrei o meu MP4 há uns tempos, recordo-me da "pirataria" bem menos sofisticada que a atual. Comprei-o em 2009, ainda funciona. Hoje os phones estão conectados ao telemovel, às apps e ao Spotify.
Hoje os miúdos estão dependentes do telemovel, cuscando-se tudo e mais alguma coisa nos Instastories e até se fala em Youtubbers. Há 10 anos atrás, falava-se no Hi5, mas não havia dependência (nem o negócio) das redes sociais.Cuscava-se q.b. até porque ficava o registo das visitas. Quem tinha telemovel, usava-o com cartões pré pagos para avisar os pais dos horários e mais tarde surgiram os pacotes com sms's e chamadas grátis dentro da rede. Ao nível musical, parece que só há espaço para kizomba, Ansemo Ralph, Matias Damásio, Kevinho, Anitta, etc,etc,etc.
Não estou a dizer que é bom ou mau, mas sinto um certo afunilamento nas preferências. Será só impressão minha?
Não sei se a geração da Kizomba e das músicas brasileiras está melhor preparada para o futuro, mas a dos Morangos com Açúcar consegue ver essa passagem.
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