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Este fim de semana, cruzei-me com a entrevista de Judite de Sousa.
Não sou apreciador do tipo de programas em causa. Acho que as pessoas já lá vão com o intuito de chorarem e comoverem os espetadores. São raros os convidados que não falam de mortes de pessoas próximas, numa espécie de interesse comum. O entrevistador quer ter histórias comoventes para captar audiências e o entrevistado presta-se ao papel do coitadinho para ganhar a empatia do público.
Porém, no caso da Judite de Sousa, acho que foi um pouco diferente.
Vi uma mulher frágil, mas bastante consciente da situação em que está. Tão consciente que não escapou a nenhuma polémica falando no programa líder de audiências, escolhendo alvos cirúrgicos nas suas críticas.
Mas vamos ao que interessa.
Não sou pai, não consigo imaginar a dor de perder um filho único de uma pessoa divorciada. Que sentido tem a vida depois disto? Onde se buscam forças para seguir em frente e o que é o seguir em frente? A forma como cada um vê se renova é muito diferente. Há pessoas que fecham a nuvem da dor, outras procuram dar novo sentido à vida.
Espero que encontre o equílibrio que lhe falta, que saia da solidão, negrume e resignação e que nunca nenhum de nós nunca se encontre nessa situação.
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