Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Este livro foi-me emprestado por uma amiga das corridas depois de irmos a falar na Quinta dos Animais do mesmo autor durante o treino.
1984 é um romance numa sociedade/país imaginário que vive sob a opressão de um partido único e que controla a vida ao mais ínfimo pormenor da sua população. Esta distopia baseia-se na vida de um funcionário público, entenda-se do Governo único da sociedade, que tem o "Grande Irmão" a vigiá-lo em todos os seus atos e pensamentos.
Entre as suas funções, contam-se por exemplo: o reescrever da história ou das notícias dando conta que as estatísticas de previsão da produção económica do Governo estavam sempre certas; a revisão constante de dicionários com a introdução de novas palavras e mudança de significado consoante os apetites do Presidente; a censaura; a manipulação das notícias da guerra imperialista em que a sua nação está sempre a vencer ou por cima do adversári e o apagar das estatísticas o nome dos opositores políticos como se "nunca tivessem existido".
O nome dos ministérios do Governo são um eufemismo, por exemplo o Ministério do Amor ou Ministério da Memória, mostrando que o Partido único se preocupa com o bem da sociedade e que sem ele, ela não funcionaria.
A subversão do pensamento, primazia da tirania e da ignorância, porque o conhecimento promove a mudança, continua mais atual que nunca.
Toda a narrativa se baseia no sentido figurativo onde conseguimos identificar facilmente os regimes totalitários (de esquerda e direita) vigentes na Europa do Século XX.
Um livro um pouco pesado pelas suas descrições sobretudo na parte final com a descrição das agressões físicas na prisão da personagem, mas inteligentemente bem escrito.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.