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É um livro de Batista Bastos.
História
Existem duas personagens: o Centauro e o Rémora. Ambas se encontram no tempo e fazem um percurso solitário enquanto calceteiros.São descritos alguns episódios do nomadismo e solidão desta profissão.Conseguimos localizar-nos no tempo. A ação passa-se durante a instauração da 2ª República, com a asceção do Estado Novo ao poder e inclui alguns relatos da criação da legião portuguesa.
Opinião
Tenho dificuldades em elogiar o livro, pois não é muito percetível a história, nem a mensagem que pretende transmitir. Nem sequer consigo dar a minha interpretação o título. Talvez o problema seja meu, mas achei-o muito filosófico.
Porém, existem passagens interessantes sobre a instauração do regime Salazarista. Podia ser tão mais explorada...
Pontos positivos
- Algumas (mas poucas) descrições da implementação do Estado Novo em Portugal e o que era a "legião Portuguesa".
- Algumas descrições pormenorizadas do carater nómada dos estradeiros - penso que seja essa uma das mensagens do livro (?)
Pontos negativos
- Não tem história, fio condutor e a mensagem não é clara. O autor tem um extenso vocabulário, mas torna a narrativa muito complexa, indireta e eu, pessoalmente, não aprecio o estilo. Gosto de histórias claras em que se consegue facilmente resumi-la e que gera vontade a página seguinte. Não foi o caso.
- Fica a impressão que a história poderia ter sido muito mais desenvolvida e explorada, como o porquê do nome das personagens, episódios ligados à chegada do Estado Novo, o percurso errante e duro dos calceteiros.
Uma grande desilusão.Valeu (apenas) pela noção do que era a mocidade portuguesa.
P.S.: Têm aqui uma opinião diferente da minha. Foi a única crítica que encontrei.
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