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Leviandades

16.05.21

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Esta semana, dois atos irrefletidos mostraram que estamos a promover uma sociedade cada vez menos inclusiva e estamos piores no pós confinamento.

 

- "Preta" numa notícia da Ag. Lusa

Um jornalista de política que costuma noticiar a extrema direita publicou uma notícia em que numa lista de nomes colocou entre parêntesis o adjetivo "preta" para assinalar que pessoa tinha côr de pele negra. Intencional e racista.

O facto passou despercebido ao editor e a todos os jornais que se limitaram e se limitam a fazer copy paste das notícias de agências para encher páginas e mostrar conteúdos aos anunciantes. Desta vez a preguiça saiu cara (aliás irrita-me os jornais obrigarem a fazer o login num "Nonio" para depois se limitarem, em 90% dos conteúdos, ao copy paste da Lusa - chegamos ao ponto de termos a mesma notícia exatamentr igual em todos jornais). Uma falha grave não foi detetada e levaram todos por tabela. Rolou a cabeça do editor, mas não sei o que aconteceu ao jornalista. O despedimento era o certo numa empresa privada, mas sendo a Agência Lusa...

 

- "Gorda" numa novela

Tanto se quer ter piada, que a graçola se torna em ofensa. Uma personagem ridiculariza e inferioriza as pessoas com excesso de peso, sem qualquer reprovação da contrapersonagem, na circunstância um padre. Representam o "vale tudo" de guionistas e atores que não questionam criticamente o texto apenas para aparecerem na ribalta e captar mais um like ou audiência.

 

Dois exemplos levianos que mostram a sociedade: o preconceito gratuito, o extremismo e repito o que disse no texto da ditadura da imagem do Diogo Piçarra. Neste pós confinamento, estamos a distanciarmo-nos de uma sociedade inclusiva e daquilo que os nossos pais e a escola nos ensina, que é respeitarmos os outros como eles são, a pormo-nos na pele do outro e a não gozar.

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publicado às 13:06


25 comentários

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De Andy Bloig a 17.05.2021 às 15:21

O jornalista foi "dispensado" ou "demitiu-se", dependendo da fonte, ficando a trabalhar até terminar o processo disciplinar, depois de terem aceite a demissão do director. O jornalista Hugo Godinho, é um reconhecido membro do Chega e que está na lista para ser candidato a um cargo de vereação na Câmara Municipal de Lisboa.
Sobre as cópias de notícias, é a forma mais barata de fazer jornalismo... um script instalado em qualquer canto do mundo publica. Ainda há poucos dias, aconteceu o mesmo em quase todos os sites e redes sociais, numa notícia sobre a descoberta de uma aldeia, dos tempos da idade do bronze, no fundo de um lago em Lucerna, Suiça. Quem traduziu aquilo não notou que num dos parágrafos, a noticia original tinha Swiss, em vez do nome completo, o tradutor foi à procura da palavra mais próxima que seja um país... Suécia. Em poucos parágrafos, Lucerna passou a estar num lago, que faz fronteira com a Suécia e que foi uma barragem sueca a encher o lago. Mesmo depois de avisado (creio que o primeiro foi na Rádio Renascença, que corrigiram em poucos minutos, depois das reclamações) a maioria dos sites, ainda hoje, tem a referência à Suécia, como 99,999% dos leitores não chega a meio do texto, poucos reclamam e mais ninguém dá por isso.
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De O ultimo fecha a porta a 17.05.2021 às 21:24

Eu vi uma foto partilhado do jornalista num comício do Chega, mas poderia ser ele a passar no palco e aproveitarem para fazer uma "fake" news. É destas incoerências que não percebo. Porque põe um jornalista que está nas listas autárquicas a ... fazer jornalismo de política.
Possivelmente, o editor até é o menos culpado. Pode-lhe ter sido imposto. Não sei.
É uma forma barata e preguiçosa. :(
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De Andy Bloig a 17.05.2021 às 21:56

Quando existe possibilidade de terem "alguém no palco", é mais fácil arranjar informações. Um membro do partido será uma fonte de notícias antes de todos os outros saberem.

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