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Mais um lar acusado de maus tratos

23.08.23

20230115_093545.jpg

Há temas que escrevo várias vezes porque me incomodam. Normalizar e ficar em silêncio é perpetuar a negligência.

Hoje acordei com a notícia de mais uma mulher morta às mãos do marido e um lar ilegal encerrado por maus tratos. Contava a reportagem que era frequente os idosos fugirem do lar a pedir aos vizinhos água e comida. As famílias pagam 1.000 Euros ao cuidador.

Como é possível? O que faz esta gente masoquista ao dinheiro se nega alimento e água a quem está ao seu cuidado e dependente?

Não consigo ficar indiferente e espero que haja punição para estes maus tratos.

 

Mais uma vez o Estado falha ao obrigar as famílias a recorrerem à ilegalidade por falta de vagas.

Mais uma vez a responsabilidade falha dos vizinhos que sabiam e sentiram os pedidos de ajuda dos idosos. Ignoram e não denunciam (medo de retaliações, talvez).

Mais uma vez, masoquistas se aproveitam do desespero das famílias e da falta de resposta do Estado para maltratar os mais velhos.

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publicado às 10:54


17 comentários

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De Andy Bloig a 27.08.2023 às 12:24

Maior problema é que só se sabe das "situações", depois do estado agir. Antes disso, ninguém fez queixa, ninguém reclamou e ninguém pediu informações sobre a legalidade do lar.
Em várias localidades (principalmente nos arredores das cidades, fora dos grandes centros urbanos) surgem lares, com algum luxo e que as primeiras visitas confirmam que são bons. Com 10 idosos, continuam a correr bem. Com 20, já surgem queixas que há 1 médico, por semana, e 2 enfermeiros que aparecem lá de longe a longe. E que a limpeza é feita dia sim, dia não. Quando chegam aos 30, já não há camas disponíveis, os 3 enfermeiros passam a fazer 12 horas semanais, cada. Mesmo assim, não há queixas formais. Só quando acontece um falecimento, é que o dono do lar anda a correr, pela câmara, junta de freguesia, segurança social e finanças, para registar a empresa e começar os processos para legalizar o lar (que podem demorar mais de 12 meses a serem cumpridos). Não sei se era esse, que a filha de um dos idosos dizia "O dono tem tudo legal, sempre me emitiu recibos 3 dias depois de fazer a transferência." Mostra um recibo onde não há nome do lar, não há NIF, nem o alvará sanitário. Só aparece o nome do proprietário e a morada do lar. Esquisito como não notou que os recibos eram todos iguais, sem qualquer numeração.
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De O ultimo fecha a porta a 09.09.2023 às 18:54

Enfim, o mal é de quem não se pode defender e está dependente :(

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