Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Nos últimos dias, foram várias as noticias que davam conta do "desmantelamento" de lares ilegais que surgem após queixas de violência
doméstica.
Estas notícias são uma alerta para a sociedade!
A população está cada vez mais envelhecida e a verdade é que faltam respostas para esse problema. Pinar mais é uma delas. Mas brincadeiras à parte, por todo o lado se ouve que os lares das Santas Casas estão sobrelotados e escusado será dizer quem ganha prioridade na lista de acesso.
Eis alguns tópicos para reflexão:
- Negligência dos familiares
Os familiares, diretos ou indiretos, que deixam os idosos abandonados à sua sorte, mesmo em lares ilegais e sem controlar o seu bom-tratamento, podem ser considerados culpados? Faz sentido criar penas para essas pessoas?
Por outro lado, para quem tem de trabalhar e não tem outro remédio senão deixar alguém a cuidar dos pais, pode ser considerado negligente?
- Importância dos idosos
Ser idoso significa ser propenso a doenças, mas também sabedoria. Infelizmente muitos são vistos como um encosto. Temos tanto a aprender com eles ...
- O medo da denúncia
A violência doméstica é crime e os maus tratos não têm de ser necessariamente físicos. Estudos mostram que muitos idoso têm pena e sentimentalismo na hora da denúncia, prolongando por isso o inferno que quem toma conta deles transforma a sua vida.
- Papel do Estado e Santas Casas
É justo onerar o Estado no envelhecimento da população, porque fazemos descontos ao longo da nossa vida. Infelizmente, nem todos os idosos têm prioridade nos lares públicos que estão sobrelotados (e o factor ordem de chegada não é o primeiro critério). Com tanto dinheiro vindo das raspadinhas e afins, acho que é legitimo exigir às Santas Casas e ao Estado mais e melhores lares. A população está a envelhecer. É um facto. Se há falta de lares, construam-se lares e contrate-se pessoas com formação. A falta de verbas é o argumento mais fácil, mas os jogos da sorte são uma boa fonte (e nacional) de financiamento.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.