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O repúdio foi geral e depois do mal estar feito, cancelou-se a licença de caça (muito bem!) e o Ministério Público vai investigar (muito bem!).
Porém duas reações a quente merecem o meu comentário.
- Uma a criticar ferozmente o lobby da caça, sem se saber se foi uma "mera" caça. Não é por acaso que a caça ao javali por exemplo é permitida e há alturas do ano determinadas. O que tem de ver é a razoabilidade para o meio ambiente da caça e isso deixo para os técnicos.
- A segunda a prontidão com que o Ministro do Ambiente desligou a relação entre esta assassinato e os interesses económicos envoltos da construção fotovoltaica.
O Ministro armou-se em juíz e isso levanta muitas dúvidas. Como é que passado 1 dia, ele sabe que não há relação causa-efeito?
Não apreciei esta pressa. Só depois da investigação se pode saber.
Deve haver independência entre o poder político e o económico. Nesta reação não houve!
- Passados uns dias, quando se levanta o tapete, além do estudo do impacto ambiental da influência destes animais nos interesses económicos dos promotores, começam a surgir até dúvida do destino da carne dos animais, até dos elevados valores pagos pelos caçadores (7 a 8.000 €) e do nº de animais já mortos em Portugal pelo "grupo".
Diz o povo "onde há fumo, há fogo".
Que se investigue tudo o que se passou os culpados sejam punidos. Pelo sim, pelo não, a central fotovoltaica deveria ser suspensa no sentido de servir de exemplo.
Por último, somos sensíveis a este crime como fomos com os cães de Santo Tirso, mas o nosso SEF matou um homem estrangeiro no aeroporto de Lisboa. Terão todos reações coerentes?
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