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Mummydaddy blogs ou mummydaddy business?

04.01.17

9053-large.jpg

Sigo apenas um daddy/mummy blog business no meu Facebook pessoal. Na rede de blogs do Sapo, costumo visitar alguns blogs de mães que partilham peripécias e algumas fotos, mas privacidade e reserva q.b. e não se enquadram nesta crítica.

 

Nessa tal página, mais ou menos, um em cada 5 posts tem um link para páginas de marcas: ou do vestido, ou dos sapatos, ou dos brinquedos, ou do cabaz de produtos biológicos, ou disto, ou daquilo. Todos os dias há um post com a cara da criança e meloso.

 

Mas tanto exagero, leva-me a questionar:

   - pode o crescimento de uma criança servir de negócio?

   - esta mercantilização dos filhos é éticamente aceitável?

   - faz sentido colocar uma foto de corpo inteiro de uma criança e colocar 5 links, um para cada peça de roupa?

   - faz sentido colocar vídeos com um agradecimento a um espaço de animação infantil com o link (claro)?

   - faz sentido mostrar fotos diárias de uma criança numa página aberta a todo tipo de pessoas, mesmo até às mais maldosas?  

   - faz sentido esta exposição da criança?

   - até que ponto se usam os filhos para a vaidade e promoção social?

Cada um é livre de postar o que quiser dos filhos. Vê quem quer, mas também critica quem discorda.

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publicado às 22:07


42 comentários

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De HD a 04.01.2017 às 22:46

Ora cá está :)
Da forma como descreves e isentas outras postagens similares, só pode ser aproveitamento claro!
Crianças + links para compras = faturar à pala do pequeno!
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De O ultimo fecha a porta a 04.01.2017 às 22:48

Acho aproveitamento financeiro e social (tipo caça-like e a "minha filha/o é espetacular..."). É só show-off.
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De HD a 04.01.2017 às 22:50

É mesmo isso!
Os pais perdem voluntariamente a sua identidade para serem tutores e educadores especializados de crianças maravilhosas, TODAS! ;)
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De O ultimo fecha a porta a 04.01.2017 às 22:53

era para referir isso tb no post, mas já ficava muito longo. As crianças desses pais bloggers nunca fazem birras, não amuam, nem nunca levam palmadas quando fazem asneirolas... São "maravilhosas"...
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De HD a 04.01.2017 às 22:54

É por aí que me revolto: são perfeitas!
E toda a gente quer crianças serenas, educadas e exemplares :)
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De O ultimo fecha a porta a 04.01.2017 às 22:59

É isso mesmo HD! Representam o estereótipo da perfeição para caçar mais likes e ter mais patrocínios de marcas. É isso que vende.
Quem quer estar associado a uma criança que chora, berra, amua e pinta a manta?
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De HD a 04.01.2017 às 23:00

Ninguém!
Mas ninguém se insurge contra esta questão.
É de mau tom fazer críticas a famílias felizes... :)
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De Robinson Kanes a 04.01.2017 às 23:01

Este tema é tão... mas tão... parabéns ao senhor que fecha a porta! É tão mas tão... que até vou digerir isto para cá voltar amanhã.
Bom tema.
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De O ultimo fecha a porta a 04.01.2017 às 23:04

LOL Passa por cá então para dares a tua opinião :)
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De Robinson Kanes a 05.01.2017 às 09:30

Confesso que é o tipo de blogues que não me atrai, por mero gosto ou opção... acho que se chega a um ponto em que é demais e andamos a "encher papel".

Cada um, contudo, é livre de ter um blog para o que quiser, de facto e... também é livre de financiar o mesmo com publicidade... não é por acaso que as marcas procuram e tentam patrocinar os chamados influencers...

Creio que, patrocinado ou não, o autor do blog se deve posicionar: é um blog publicitário? É sujeito a influências de quem paga? É neutro e apesar dos patrocínios tem independência? Penso que esse esclarecimento é fundamental.

Quando falas da exposição das crianças... vivemos na era da imagem, em que toda a gente quer mostrar, maioria das vezes, aquilo que não é... conheço situações em que as pessoas não vivem realmente... vivem para "postar" e é assim quando vão aqui ou acolá ou até quando estão sem programa.

As crianças? É uma opção, eu não o faria, mas não deixa de ser uma opção... no entanto, ganhar dinheiro com as crianças? Porque é que aqui não se aplica uma conotação com "trabalho infantil"? Eu se tiver um filho de 10 anos e este me ajudar, por exemplo, num supermercado pode ser considerado trabalho infantil...

A Internet confunde-se, hoje em dia, com a realidade, no entanto as leis que regem a realidade não estão, de todo, preparadas para a Internet, mesmo que, muitas vezes, o dolo ou a infracção praticadas sejam semelhantes.

Em tom de brincadeira (mais ou menos), confesso que, tudo o que é demais e forçado é algo que não me agrada...
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De O ultimo fecha a porta a 05.01.2017 às 22:53

Acho estes blogs/páginas de Facebook de show-off, em que forçosamente todos os dias tem de haver uma foto ou um post sobre qualquer coisa (sempre melosa, nada de birras ou amuos) para obter likes, agradar às marcas e satisfazer egos.

Eu vou ainda mais longe do trabalho infantil: a falta de privacidade. Toda a gente sabe o que a criança fala, veste e onde passa o sábado de manhã. Pode o crescimento de uma criança, os seus vídeos e fotos, estarem acessíveis a toda a gente? Tanto exagero acaba por ser enjoativo.

Cada um é livre de postar o que quiser dos filhos. Vê quem quer, mas também critica quem discorda.
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De Robinson Kanes a 06.01.2017 às 09:34

Respondendo à tua questão: pode! Por enquanto ainda pode, isto do ponto de vista legal. As consequências futuras, e mais tarde ou mais cedo estes casos vão começar a surgir como cogumelos, é que podem obrigar a alterações na lei. Para o mal ou para o bem, enquanto menor está sob "jurisdição" dos pais.

Se eu o faria? Mais uma vez, não!
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De Kikas a 04.01.2017 às 22:53

Epá é das coisas que menos gosto nas redes sociais: fotos de crianças acessíveis a uma Internet inteira do mundo inteiro. Nos moldes que descreves ainda gosto menos, aproveitamento infantil para rentabilização de um negócio só me agonia, mas é a minha opinião, se os pais não se opõem à visibilidade dos seus filhos por qualquer e todo o tipo de gente, quem sou eu para criticar!
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De O ultimo fecha a porta a 04.01.2017 às 22:56

Essa iniciativa vem dos próprios pais que criam e fomentam um "negócio" e mim faz-me confusão esta exposição quando exagerada.

É como digo, respeito a liberdade de cada um, mas se criam páginas públicas em que a quantidade de likes contam para as ofertas que recebem, também me dá o direito de opinar :)
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De Kikas a 04.01.2017 às 23:11

Ora aí está! Se expõem as crianças desta forma têm que se sujeitar a todo o tipo de opinião e comentário.
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De Andy Bloig a 04.01.2017 às 23:27

Neste mundo actual, para arranjar "patrocínios" já vale tudo.
Nas redes sociais, qualquer coisa serve. Seja alguém a esbardalhar-se e partir-se todo, uma gaja a "mostrar as curvas", uma figura "cómica", um animal a fazer uma coisa qualquer aparvalhada ou uma criança.
Desde que chame a atenção, ganha likes e os patrocínios oferecem coisas em troca dessa publicidade obtida.
E com o avolumar de pessoas que usa telemóveis (muito mais simples de controlar a forma como a pessoa vê a informação) isto ainda vai piorar mais. É o vale tudo por um like.
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De O ultimo fecha a porta a 04.01.2017 às 23:31

Vale mesmo tudo, até expor os próprios filhos nestas páginas de Facebook que são um negócio. Nessa página que sigo são várias as marcas que "patrocinam" a criança desde roupa, espaços de animação, berçários, peças de coração. Trata-se de uma criança. O que tu dizes é bem real: o sucesso destas crianças é pelo nº de likes e como diz o Hetero Doméstico pela "perfeição" que lhe está associada. Não têm birras, nem amuam, pois se o fizeram as marcas já podem não estar interessadas.
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De Andy Bloig a 04.01.2017 às 23:37

As redes sociais tem dessas coisas. As crianças já são como um produto. Muitos dos vídeos que te mostram, podem já ter sido gravados há 1 mês, porque o que tentaram fazer ontem, a criança fez birra e não apareceu bem.
Isto tudo é reflexo da falta de pensamento que as pessoas andam a ter. Querem obter dividendos dê lá por onde der. Já que a criança tem custos, há que a aproveitar como mercadoria para reduzir as custas.
Muitas crianças nascidas nos últimos 7 anos, vão ter de passar por coisas que nenhum de nós teve de passar. Nem quero imaginar o que acontece quando uma dessas crianças chegar aos 15-16 anos, estar com os amigos e alguém descobrir um vídeo dele/a todo produzido para uma publicidade.
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De O ultimo fecha a porta a 04.01.2017 às 23:51

É uma questão retórica muito pertinente: a invasão da privacidade da criança. Cada pai gere a educação dos filhos como entende, mas não pensam nesse aspeto que referes. A mim deixa-me incomodado.

Alertas e bem para os vídeos e fotos em espera para quando não houver assunto, postar e deixar os seguidores satisfeitos. E claro que esses vídeos não podem conter choros, nem atitudes mais insolentes (porque na verdade nessas páginas nenhum deles tem essas características). Por acaso, nem tinha pensado nisso. Acredito perfeitamente que isso aconteça.
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De Andy Bloig a 04.01.2017 às 23:55

Agora já se encontram situações de jovens que fizeram videos e que acabaram na internet (não só daqueles que deviam ficar em sítios protegidos bem longe de um dispositivo com acesso a uma rede global), que deram problemas aos autores e a quem lá estava gravado.
Imagino daqui a 10 anos, uma dessas crianças que surge com um fatinho todo pomposo, a chegar à escola e a ser motivo de riso, pois todos os colegas estiveram a ver aquela publicidade.
É o não se lembrarem do que é colocado na rede, ficará na rede para sempre.
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De O ultimo fecha a porta a 05.01.2017 às 00:11

Duas questões: será que estes pais não meterão os seus filhos em colégios onde os possam proteger mais?
Será que este show-off não cairá no esquecimento mais dias menos dia, sendo substituído por outros baby-star?
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De Andy Bloig a 05.01.2017 às 00:14

Mesmo nos colégios privados, acontece o mesmo. Os miúdos são cruéis.

O que é colocado na web ficará para sempre na web. Pode ser mais complicado de encontrar para um vulgar utilizador mas, com um pouco de paciência, tudo se encontra.
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De O ultimo fecha a porta a 05.01.2017 às 00:15

São cruéis, são. Por vezes, basta um outro pai ou mãe mais invejoso por este sucesso no Facebook/instragram para fazer a cabeça do filho contra o baby-star.
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De Maria Mocha a 05.01.2017 às 00:20

Por causa das coisas, não sigo nenhum desses blogs ou deixo de seguir. Acho vergonhoso o que se vê em alguns.
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De O ultimo fecha a porta a 05.01.2017 às 00:22

É o que fazes melhor. Eu sigo um porque conheço a mãe da faculdade e depois fico com esta revolta.
Um já me chega e sobra, mas deve haver muitos mais no Facebook e Instagram.
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De Cláudia a 05.01.2017 às 09:07

Assim de repente acho que nem sigo nenhum.
Como não ligo, não acho graça, não me identifico, nem vejo.

Mas sei do que falas e também há coisas que já são de mais.

Beijocas
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De O ultimo fecha a porta a 05.01.2017 às 23:01

Fazes bem em não seguir. Tanto mel até parece artificial e enjoa.
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De Magui Ferreira a 05.01.2017 às 11:18

Costumo seguir dois desses blogs (talvez, os mais famosos), quando os comecei a seguir não se notava tanto essa "tendência" em fazer render o peixe, nestes casos os filhos, não aplaudo, nem critico, é lá com eles. Eu não o faria, nem faço.
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De O ultimo fecha a porta a 05.01.2017 às 22:46

Cada vez mais as marcas apercebem-se do negocio.
Eu respeito esses pais, mas não faria o mesmo.
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De mami a 05.01.2017 às 11:44

retirando o aspeto da privacidade da criança, não acho mal a colocação dos links.
se estás a falar de algo que achas bom e que pode ser útil a alguém o mais fácil e meteres o link assim os teus leitores rapidamente podem lá chegar.
eu faço isso e sou pequenina, sem nenhum tipo de patrocínio, borlas ou lá sei que mais
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De O ultimo fecha a porta a 05.01.2017 às 22:44

É diferente e critico algo diferente. Tu és adulta e dás sugestões como dou, com toda a naturalidade.
Critico os pais que têm blogs com posts diários dos seus filhotes, só com fotografias melosas, são patrocinados por marcas e exageram na exposição. Parece uma utilização da criança para fins comerciais sem qualquer privacidade. É isso que critico.
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De mami a 05.01.2017 às 22:58

Sabes quanto custa criar uma criança ? 😅
Desculpa não me aguentei 😅😅😅
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De O ultimo fecha a porta a 05.01.2017 às 23:04

:)

É o vale tudo! Até vender a privacidade!
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De mami a 08.01.2017 às 12:29

essa é a que mais e melhor devemos preservar!
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De O ultimo fecha a porta a 09.01.2017 às 23:32

Concordo ctg, até porque há de tudo nas redes sociais, imclusivamente pessoas mal intencionadas. Quando se trata de crianças ao assunto ainda é mais sensível.
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De m-M a 05.01.2017 às 11:58

Aos anos que isso se passa...
A alteração da lei da publicidade é que acho que trouxe alguns autores a serem mais claros quantos às proveniências e à alteração de linha editorial...
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De O ultimo fecha a porta a 05.01.2017 às 22:41

Acho que com as redes sociais este fenómeno, acentuou-se mais estas pais/mães-bloggers pois dantes não havia tanta exposição nem fonte de partilha do dia a dia para o público em geral.
Acho que muitos destes pais nem sabem dessas leis. Estão mais preocupados com o show-off.
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De m-M a 06.01.2017 às 16:45

É que uma das novas alíneas da publicidade digital "obriga" o autor a explicitar sempre que o conteúdo for publicitário - daí muitos bloggers "féxon" colocarem asteriscos no final dos textos...

E se vires - os timmings batem muito certinhos... com tanta "experiência" e felicidade e "satisfação" :p
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De Chic'Ana a 05.01.2017 às 16:11

Eu não me consigo rever nessa postura. Acho que nesta era em que a privacidade já é um tesouro, temos de a manter o mais possível... e utilizar crianças, ainda por cima, para serem expostas dessa forma.. Humm acho que não!
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De O ultimo fecha a porta a 05.01.2017 às 22:22

Alinho na tua opinião. A mim faz-me confusão.
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De cheia a 05.01.2017 às 18:51

Tempos de imagens e vaidade.
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De O ultimo fecha a porta a 05.01.2017 às 22:20

As redes sociais propiciam esta vaidade...

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