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Nepotismo

27.07.19

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Nos países irmãos, tem sido notícia a nomeação de familiares para cargos públicos.

 

Em Portugal nomeia-se a família para cargos públicos e favorecem-se familiares e amigos nesses mesmos concursos. 

No Brasil, o presidente nomeia o filho para embaixador nos Estado Unidos.

 

Dois países com a mesma língua, mas com os mesmos vícios. No Brasil, agitaram-se as águas com a nomeação de Eduardo Bolsonaro e com razão. O jovem não tem provas dadas para um cargo tão importante. O mesmo presidente que ataca a corrupção é o mesmo que promove o seu filho só por questões genéticas a um dos cargos mais importantes da nação, dado que ainda não tem currículo para tal.

Por cá, acha-se tudo normal nas nomeações sem familiares sem critério. Abafa-se o barulho porque todos têm o rabo preso. O caso da família César, o caso do genro de Jerónimo de Sousa na Câmara de Loures, a nomeação do filho de Durão Barroso no Banco de Portugal, a mulher de Marques Mendes, etc, etc. 

Em Portugal está mal, no Brasil está mal, mas por cá abafa-se. Lá contesta-se.

 

Update:  Pelos vistos a empresa das golas inflamáveis vendidas ao dobro do preço de mercado é do marido de uma ex-autarca do PS.

 

P.S.: Por falar em política, quando a ministra da Administração Interna Constança Sousa chorou nos incêndios de Pedrogão caíram-lhe em cima. Até Marcelo Rebelo de Sousa a criticou e praticamente pediu a sua demissão.

Agora o seu sucessor, homem, ataca tudo e todos (os autarcas, os jornalistas,...), com muita arrogância no discurso. Ninguém lhe solta os cães. MRS diz que ... tem de se analisar.

Dois pesos e duas medidas porque um homem e outro é mulher. 

Temos moral para criticar os outros? Portugal tem uma mentalidade parada no tempo.

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publicado às 14:12


21 comentários

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De O ultimo fecha a porta a 28.07.2019 às 11:06

Sarin, discordo de ti :)
Ponho em causa a nomeação de familiares políticos no exercício de cargos públicos.

No caso de PCP, continuo a achar que não faz sentido nomear uma empresa de familiares. Distorce o mercado e a ética.
Aliás, a noticia que me enviaste deveria ser "impreciso" e não "falso". Não estou por dentro para dizer se o serviço real englobou ou não a generalidade dos serviços falada, mas acho profundamente errado numa câmara se adjudicar ao genro do padrinho político.

Sobre a nomeação dos familiares é impossível votar para tantos cargos. Mas alguma lei foi à avante? Não. Porque será?
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De Sarin a 28.07.2019 às 11:43

Por essa lógica, nenhum familiar de dirigentes políticos poderia ter empresas - o padeiro não poderia fornecer o pão ao agrupamento de escolas porque o cunhado é presidente de uma das Juntas do concelho; o mecânico não poderia prestar serviço à frota da Câmara porque o primo é presidente da Assembleia que, como normalmente, é da mesma cor que o executivo; o agricultor não poderia concorrer para fornecer a fruta ao refeitório da câmara porque a filha é vereadora no concelho vizinho... absurdo! O que tem de haver é transparência. Houve: houve um concurso, as propostas estão disponíveis para consulta (não acreditas que as outras empresas dessem valores mais altos apenas para ceder a posição, acreditas?), ganhou a mais baixa. Não foi nomeação, foi concurso. Onde a dúvida? Não conseguiram arranjar mais casos domésticos com o PCP? Caiam-lhes em cima pela política externa, mas deixem-nos em paz no que não tem sentido.

As votações não têm que ser populares - a nossa democracia é representativa. Os nomes seriam propostos à Assembleia da República (ou às regionais). Votações populares defendo para PGR, Provedor de Justiça, STJ e todos os reguladores de topo.

Discordar é normal, a democracia faz-se dialogando :)
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De O ultimo fecha a porta a 28.07.2019 às 12:42

O problema é quando o preço é mais baixo e o serviço sai incompleto e ou depois vêm os "extras" acabando por sair caro.

"mas deixem-nos em paz" - nota que não está em causa o partido, porque infelizmente é transversal a todos os partidos. Além disso, no meu blog nunca defendi o partido A, nem B, nem C. Aliás neste post tive o cuidado de referir casos de três partidos políticos :)
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De Sarin a 28.07.2019 às 12:51

Pelo contrário, está em causa o partido - o volume que este não-caso atingiu na comunicação social resultou apenas de visar o PCP, por inédito; e querer colá-lo aos inúmeros casos PS e PSD que vêm a público todos os dias é apenas um ataque político :)

Os problemas que apresentas resultam da ausência de fiscalização por quem de direito, nomeadamente pelos membros da Assembleia Municipal - as contas são públicas, devem ser denunciadas e os crimes participados.
E tais problemas a que aludes não ocorreram no caso, tanto quanto é público. Portanto, mais uma vez, foi um erro tentar colar este caso.

Último, não me referia especificamente a ti e por isso falei no plural ;)
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De O ultimo fecha a porta a 28.07.2019 às 12:56

Independente de ser o partido A, B e C, todos devem ser escrutinados.
Não concordo que se desculpem ingerências/incumprimentos e outras situações mais graves com o argumento de perseguição. Todos têm de cumprir as boas práticas na contratação pública e serem escrutinados, investigados e julgados, seja o bernardino, o jerónimo, o rui, a catarina, o António ou a Maria da Assunção. Ninguém está acima da lei :)
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De Sarin a 28.07.2019 às 13:06

Concordo contigo!
Todos devem ser escrutinados, sem excepções - daí bater-me por transparência nos processos e por votação em vez de nomeação.
Apenas, neste caso de Loures, houve escrutínio e depois difusão de falsidades com intuito político. Por muito que o processo tenha sido transparente e que tenha sido explicado que as notícias eram falsas (falsas, não imprecisas), as pessoas ouvem e retêm o que querem. A NG até tem um artigo sobre isso...

Já agora, o argumento da perseguição é válido quando, depois de os documentos estarem disponíveis e haver desmentidos por parte dos próprios e de terceiros, se continua a usar a notícia. Não há perseguição quando se investiga e até se aclararem as dúvidas - quero dizer, pode haver e há, mas não foi o caso :)

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