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Ontem celebrou-se o dia do trabalhador.
À tarde, fui dar uma volta à beira mar e chamou-me a atenção um homem que se encontrava a trabalhar na construção de um prédio em frente ao mar. Enquanto isso, muitos andavam a correr, a passear e a apanhar sol. Nas televisões, outros manifestavam-se pelos seus direitos nas principais praças. Curioso, três perspectivas sobre o feriado do trabalhador.
- O operário da construção civil
O que mais esforço físico despende, o que menos ganha e o que menos reclama.
Não percebi porque estava a trabalhar no feriado, dado que era a construção de um prédio. Haverá pressa para o acabar a tempo do Verão?
Porém, uma coisa é certa, a ilegalidade na construção é mais do que muita. Seja na legalização dos trabalhadores (muitos deles vindos dos países de Leste ou de África), seja no incumprimento de direitos legais, seja nos baixos salários praticados. Geralmente com pouca escolaridade, sujeitam-se ao que já, faça chuva, faça sol e sem reclamações.
- Os reivindicativos - funcionários públicos
Legitimamente reclamam os seus direitos. Não correm o risco de serem despedidos e têm condições muitos benéficas face à maioria dos trabalhadores privados - ADSE, cumprimento de horários, per si, já reduzidos e sem necessidade de apresentar grandes resultados. Com desvantagem, estão sujeitos a serem ultrapasados pelo Sr./Sra "Cunha"
Agora que as eleições se aproximam e o PCP perdeu muitas Câmaras Municipais, voltaram as manifestações.
- Os trabalhadores por conta de outrem com filhos
Aproveitam o dia para passear, turistar e descansar. Fazer greve? Não dá, porque senão são encostados e convidados a sair. Reclamar? Nos corredores ou de forma muito polite porque senão são encostados e convidados a sair.
- Os trabalhadores por conta de outrem sem filhos
Aproveitam o dia para passear, turistar, descansar e ir ao Linkedin. Com a perfeita noção que não empregos para a vida, não estão com muita paciência para se sujeitar a abusos do empregador.
Outros, viciados em trabalho, aproveitam o dia para ... trabalhar.
Depois há os desempregados que têm de sujeitar ao que aparece e aos que se aproveitam dessa situação.
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