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O mundo do trabalho é perfeito e eu não sabia

27.02.17

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 Enquanto que hoje só se fala momento Humberto Bernardo no Óscares, vou falar de coisas mais sérias. Apareceu-me uma notícia "PATROCINADA" no Facebook.

 

A notícia chama-se " Como é trabalhar nas melhores empresas em Portugal?" Cativou a minha atenção.

 

O site escolheu as duas melhores empresas para trabalhar em Portugal eleitas por uma revista. Reparei que não há nenhuma crítica nem ponto de melhoria apontado aos Recursos Humanos daquelas duas multinacionais (Robinson, já viste que maravilha?). As declarações parecem escolhidas a dedo e expõem o melhor do mundo empresarial. Ora, será só o meu mundo que não é perfeito?  

 

Esta análise crítica fez-me reflectir sobre a dificuldade que uma empresa com má reputação pode ter em atrair talento. Uma empresa sem recursos talentosos, críticos e criativos não vai a lado nenhum.

 

Na área em que trabalho, há uma short list de departamentos em empresas que é a "evitar" (pelo menos no Norte). São empresas muito reputadas a nível nacional, mas a experiência de colegas anteriores é muito negativa, registando uma rotação assinalável, mesmo com um pacote salarial razoável.

Dizia-me uma amiga minha que, num desses departamentos críticos, no último ano passaram cinco pessoas altamente qualificadas em três postos e que não estavam a conseguir contratar, mesmo pagando acima da média. A razão é simples: os defeitos começam a ser falados em jantares e no passa a palavra. Quando se muda, quer-se mudar para melhor e não para pior. A imagem reputacional começa a ser extremamente importante.

 

Acho que não, sendo o conteúdo patrocinado no Facebook, a minha dúvida está praticamente desfeita. Já posso ir para o Carnaval. 

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publicado às 21:07


4 comentários

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De Robinson Kanes a 28.02.2017 às 19:05

O mundo das organizações empresariais não é perfeito! E quem pensar ou apregoar o contrário não deve passar muito tempo a trabalhar. Há coisas boas, há coisas más, há organizações melhores e organizações piores. A partir daí é um mundo… eu já recusei trabalhar com empresas (todas elas portuguesas) porque não me identifiquei minimamente com a visão e missão das mesmas. Para mim, estar numa organização é para estar a 100%. Em Portugal, o mundo dos Recursos Humanos também é pequeno, são sempre os mesmos e (não fui eu que disse, mas um eslovaco, um checo, dois alemães, um americano e uns quantos portugueses) péssimos profissionais (segundo os mesmos, ou são tecnicamente fracos ou juntam a isso uma fraca formação humana, no entanto são unânimes em afirmar que são óptimos a vender a sua pessoa). Ainda é tabu falar destes temas com abertura e, sinceramente, é um erro enorme.
Cada organização tenta fazer o melhor para caçar talentos obviamente, e acredito que, se a postura que se pode ver em alguns países existisse cá, este tema, ou era debatido ou muitas organizações ficariam sem colaboradores.
Em relação aos colaboradores, desenganem-se se pensam que existe a organização perfeita, pois no mundo, seja em que área for, poucos sistemas o são.
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De O ultimo fecha a porta a 01.03.2017 às 23:21

É mesmo. Achei curioso este marketing para passar uma imagem perfeita e quiçá ajudar captar talento. Acho que mais cedo ou mais tarde as nossas organizações vão acordar para esse problema. Não basta só um cheque chorudo para atrair um bom profissional porque ninguém vai querer mudar para pior devido à má reputação gerada no mercado de trabalho. No fim do dia, o trabalho pode aparecer feito, mas a qualidade é cada vez mais importante.

Como dizes, por muito que tentem patrocinar o contrário não há empresas perfeitas, há umas melhores, outras piores. Mesmo dentro da mesma empresa, há departamentos muito díspares em termos de condições e chefias.

Percebo a tua crítica aos "recursos humanos" empresariais, pois muitas administrações e patrões vêm esse departamento como: os processadores salariais, os controladores das faltas (para saber quem é preguiçoso absentista ou quem amada sempre a chegar atrasado), ou então o tipo que faz entrevistas. Descura-se todo o outro lado "b".
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De Robinson Kanes a 02.03.2017 às 10:00

É tudo uma questão de visão. O oferta de emprego, sobretudo em países como Portugal, vai continuar inferior à procura e isso tem sempre consequências boas e más. Associado a isto, num país como o nosso, onde a aparência é deveras importante, as pessoas estarão dispostas a tudo para ter um salário ao fim do mês, mesmo que não gostem do trabalho. Aí, cabe às organizações empresariais filtrarem essas pessoas ou até acolher as mesmas, depende muito do que a organização pretende.
Em relação aos RH, a minha critica, que espero construtiva ainda vai mais longe… penso que é a própria área que se desvaloriza a si própria e carece de bons profissionais.
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De O ultimo fecha a porta a 05.03.2017 às 11:59

Algumas empresas podem-se dar ao luxo de fazer essa triagem, mas acho que a imagem é importante para ambos os lados. Uma empresa com má reputação, não consegue atrair o (bom) talento e arrisca-se a ficar com que aparecer. E aí entra a gestão de risco de quem quer mudar. Por exemplo uma pessoa que queria trocar de emprego, vai arriscar deixar um seguro (ainda que insatisfeito), por uma empresa em PER ou com rotação elevada de quem se ouve dizer que tem mau ambiente? Só em desespero o faz.

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