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Lisboa vai acolher daqui a um ano e por 5 dias as Jornadas Mundiais Juventudes da Igreja Católica.
Um grande evento para o país e com altas expetativas. Portugal tem acolhido grandes eventos e tem corrido sempre tudo bem desde a organização à segurança. Além da dinâmica económica que vai trazer à região, o país vai sair beneficiado e bem que precisamos destes eventos. Nem que seja para aumentar a nossa autoestima.
Estas jornadas vão implicar alguns investimentos, nomeadamente infraestruturas e vão deixar com a (boa) herança, espera-se, na reabilitação da zona norte da Ponte Vasco da Gama. Serão em parte pago pela receita fiscal adicional, desde mais IVA do consumo em hotéis, restaurantes, táxis, etc (embora muitos devam fugir porque não vai ser pedida fatura com NIF), a mais IRS (por força das horas extra que terão necessárias - as que forem declaradas, claro) a mais taxa turística.
O problema reside, como sempre em Portugal, na opacidade e falta de cálculo dos custos totais do eventos.
Ninguém sabe ou quer declarar o que vai custar para o erário público.
Os ajustes diretos já foram aprovados e ... como é habitual deve haver derrapagens (ainda hoje, 20 anos depois, há litígios dos estádios do Euro 2004).
É esta desorganização, incoerência e falta de transparência que teima em estar sempre a acontecer no nosso país e em particular em obras públicas. Primeiro ganha-se o projeto e depois se pensa nos custos ...
Não vale a pena vir apelar ao voto no dia das eleições, se depois a classe política falta neste compromisso com a população.
Já agora tenho mais dúvidas se as horas extras que vão ser necessárias nos vários setores de atividade vão ser pagos em proporção do aumento da receita. Não me parece.
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