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Volta e meia, somos surpreendidos com uma espécie de pânico coletivo.
Esta correria aos testes, nalguns casos "porque sim", faz-me lembrar o pânico gerado pela greve dos motoristas de combustível.
É uma espécie de stress emocional que vem abalar o normal funcionamento das nossas vidas.
Os dirigentes do país ordenaram "testar, testar, testar", instruindo as pessoas com o medo e alguns postos gratuitos. A população aderiu, mas como é habitual faltou o planeamento: não se garantiu pontos de testagem suficientes e, pior, não se reforçou a linha Saúde 24.
Vemos pessoas que se vão testar por medo e que não têm qualquer sintoma, tirando a vez a pessoas que contactaram infetados ou que estão sintomáticas.
O pior vem a seguir: há um entupimento da linha Saúde 24 e esta não responde a casos não covid, bloqueando as urgências.
As restantes doenças e maleitas das pessoas ficam por tratar, sobretudo os que não podem aceder aos hospitais e clínicas privadas. Por aqui se vê uma das formas de como o covid pode aumentar as desigualdades sociais.
Mais uma falta de planeamento e de comunicação sempre a pensar nas eleições. Enquanto se fala no COVID, não se fala de outras coisas.
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